O paradoxo levinasiano de uma liberdade heteronômica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AGUIAR, Diogo Villas Boas
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10815
Resumo: Esta dissertação trata do problema da liberdade tal qual elaborado por Levinas. Desenvolve-se a partir do questionamento sobre a possibilidade da articulação entre liberdade e heteronomia e sustenta-se na tese de que a chave desta articulação reside em dois conceitos: hospitalidade e substituição. Tal tese exige que recorramos basicamente a dois textos: Totalidade e infinito e Outramente que ser – textos nos quais encontramos, respectivamente, os dois conceitos supracitados. Esta escolha determina fundamentalmente a divisão feita em três capítulos. O primeiro, dedicado a Totalidade e infinito, fornecerá os principais traços argumentativos delineados por Levinas na formulação do conceito de liberdade investida e acentuará que a forte oposição entre interioridade e exterioridade influi diretamente na oposição entre liberdade econômica e investida. O conceito de hospitalidade será o recurso responsável por minimizar os impactos de tal oposição. Já o segundo capítulo desempenha uma função mediadora. Como lidamos com dois textos separados por mais de uma década e em que houve uma revisão estrutural da argumentação, esse capítulo fornece o elo necessário para que fique claro o motivo pelo qual essa reformulação se tornou inevitável. No fundo, há uma tese tangencial sustentando a ideia de que, ainda que a formulação do conceito levinasiano de liberdade desemboque na anterioridade da responsabilidade, a arquitetura conceitual que permite a elaboração do conceito de liberdade em Totalidade e infinito diverge radicalmente daquela de Outramente que ser. Assim, abrimos caminho para o terceiro e último capítulo, dedicado a uma análise daquele que, ao lado de Totalidade e infinito, ficou conhecido como um dos textos mais importantes de Levinas: Outramente que ser. Aqui expomos como a reinterpretação da identidade em termos de uma passividade radical e desde sempre perpassada pela alteridade exige a formulação do conceito de liberdade finita. Não mais falamos em hospitalidade. Substituição será a chave da articulação entre liberdade e heteronomia. Por fim, concluímos fornecendo uma interpretação possível para o conceito levinasiano de liberdade.
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O primeiro, dedicado a Totalidade e infinito, fornecerá os principais traços argumentativos delineados por Levinas na formulação do conceito de liberdade investida e acentuará que a forte oposição entre interioridade e exterioridade influi diretamente na oposição entre liberdade econômica e investida. O conceito de hospitalidade será o recurso responsável por minimizar os impactos de tal oposição. Já o segundo capítulo desempenha uma função mediadora. Como lidamos com dois textos separados por mais de uma década e em que houve uma revisão estrutural da argumentação, esse capítulo fornece o elo necessário para que fique claro o motivo pelo qual essa reformulação se tornou inevitável. No fundo, há uma tese tangencial sustentando a ideia de que, ainda que a formulação do conceito levinasiano de liberdade desemboque na anterioridade da responsabilidade, a arquitetura conceitual que permite a elaboração do conceito de liberdade em Totalidade e infinito diverge radicalmente daquela de Outramente que ser. Assim, abrimos caminho para o terceiro e último capítulo, dedicado a uma análise daquele que, ao lado de Totalidade e infinito, ficou conhecido como um dos textos mais importantes de Levinas: Outramente que ser. Aqui expomos como a reinterpretação da identidade em termos de uma passividade radical e desde sempre perpassada pela alteridade exige a formulação do conceito de liberdade finita. Não mais falamos em hospitalidade. Substituição será a chave da articulação entre liberdade e heteronomia. 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