Associação de testosterona e praziquantel no tratamento da esquistossomose mansone experimental
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1427 |
Resumo: | Os hormônios sexuais, em especial a testosterona, são implicados como um dos fatores que controlam o estabelecimento e patogênese da esquistossomose, seja modulando a resposta imune protetora, ou regulando a infecção por Schistosoma, afetando a maturação e oviposição do parasita. Além disso, o praziquantel (PZQ) fármaco de escolha para esquistossomose, tem pouca eficácia contra as formas imaturas do parasito, havendo excelentes resultados quando associado à esteróides. Este estudo tem como objetivo avaliar a associação de testosterona e praziquantel no tratamento da esquistossomose mansoni experimental. Camundongos infectados com S. mansoni (cepa BH) foram divididos em grupos tratados com PZQ, PZQ+testosterona, testosterona, e grupo controle infectado. A testosterona foi administrada nas doses 350 e 700μg/camundongo, por via intraperitoneal, duas vezes por semana, começando 10 dias antes da infecção até 1 semana antes da eutanásia. O PZQ foi administrado nas doses 250 e 83mg/kg, que correspondem a 50 e 16% da dose efetiva respectivamente, por via oral, durante três dias consecutivos após 50 dias de infecção. A avaliação foi feita quanto à carga parasitária, produção e viabilidade dos ovos, e alterações histopatológicas. O tratamento com testosterona na dose 350μg/camundongo foi ineficaz em reduzir a carga parasitária, porém sua associação com PZQ (250mg/kg) reduziu em 93,65%, um aumento de 13% na eficácia do último (80,3%). Na dose de 700μg/camundongo, a testosterona sozinha reduziu o número de vermes em 25,90%, o PZQ (250mg/kg) em 73,05%, e a associação de ambos em 95,80%, quando comparados ao controle não tratado. O tratamento dos camundongos apenas com a testosterona aumentou o número de ovos inviáveis em relação ao controle infectado. A associação de PZQ e testosterona induziu uma maior redução no número de ovos nas fezes. O tratamento com PZQ promoveu uma maior preservação dos tecidos hepático e intestinal, não havendo uma potenciação desse efeito protetor pela testosterona. Os resultados sugerem que a testosterona apresenta um efeito benéfico no tratamento da esquistossomose mansoni, aumentando a eficácia do praziquantel |
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CÉSAR, Fernanda Andrade deGALDINO, Suely Lins2014-06-12T15:50:05Z2014-06-12T15:50:05Z2008-01-31Andrade de César, Fernanda; Lins Galdino, Suely. Associação de testosterona e praziquantel no tratamento da esquistossomose mansone experimental. 2008. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1427ark:/64986/001300000n52jOs hormônios sexuais, em especial a testosterona, são implicados como um dos fatores que controlam o estabelecimento e patogênese da esquistossomose, seja modulando a resposta imune protetora, ou regulando a infecção por Schistosoma, afetando a maturação e oviposição do parasita. Além disso, o praziquantel (PZQ) fármaco de escolha para esquistossomose, tem pouca eficácia contra as formas imaturas do parasito, havendo excelentes resultados quando associado à esteróides. Este estudo tem como objetivo avaliar a associação de testosterona e praziquantel no tratamento da esquistossomose mansoni experimental. Camundongos infectados com S. mansoni (cepa BH) foram divididos em grupos tratados com PZQ, PZQ+testosterona, testosterona, e grupo controle infectado. A testosterona foi administrada nas doses 350 e 700μg/camundongo, por via intraperitoneal, duas vezes por semana, começando 10 dias antes da infecção até 1 semana antes da eutanásia. O PZQ foi administrado nas doses 250 e 83mg/kg, que correspondem a 50 e 16% da dose efetiva respectivamente, por via oral, durante três dias consecutivos após 50 dias de infecção. A avaliação foi feita quanto à carga parasitária, produção e viabilidade dos ovos, e alterações histopatológicas. O tratamento com testosterona na dose 350μg/camundongo foi ineficaz em reduzir a carga parasitária, porém sua associação com PZQ (250mg/kg) reduziu em 93,65%, um aumento de 13% na eficácia do último (80,3%). Na dose de 700μg/camundongo, a testosterona sozinha reduziu o número de vermes em 25,90%, o PZQ (250mg/kg) em 73,05%, e a associação de ambos em 95,80%, quando comparados ao controle não tratado. O tratamento dos camundongos apenas com a testosterona aumentou o número de ovos inviáveis em relação ao controle infectado. A associação de PZQ e testosterona induziu uma maior redução no número de ovos nas fezes. O tratamento com PZQ promoveu uma maior preservação dos tecidos hepático e intestinal, não havendo uma potenciação desse efeito protetor pela testosterona. 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