Tempo de tromboplastina parcial ativada como fator associado ao sangramento de mucosas em pacientes com dengue
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
dARK ID: | ark:/64986/001300000036c |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17817 |
Resumo: | A dengue é importante causa de doença febril em países tropicais e de acordo com sua nova classificação a presença de sangramentos em mucosas e alterações hepáticas alertam para possível evolução desfavorável. O envolvimento do fígado manifesta-se principalmente por elevação de aminotransferases ou hepatomegalia e as formas hemorrágicas da dengue associam-se ao prolongamento precoce do TTPA. Foram selecionados 554 indivíduos com diagnóstico laboratorial de dengue a partir de banco de dados formado no período de março de 2009 a maio de 2011, divididos em dois grupos: com e sem sangramento espontâneo de mucosa, e os parâmetros laboratoriais (aminotransferases, TTPA e plaquetas) foram comparados entre eles. Dos 554 indivíduos, 285 (51,4%) eram do sexo feminino e 269 (48,6%) do sexo masculino, com idade média de 27,4 anos, mediana de 22 anos (3 meses a 92 anos), 219 (39,5%) tinham idade ≤ 15 anos e 335 (60,5%) com idade > 15 anos, 166 (30%) pacientes apresentaram manifestação hemorrágica espontânea, contra 388 (70%) que não apresentaram sangramento. Dentre os pacientes que sangraram, 81 (48,8%) eram do sexo masculino e 85 (51,2%) do sexo feminino, predominando na faixa etária ≤ 15 anos com 84/219 (38,4%) versus a faixa etária > 15 anos com 82/335 (24,5%). Pela localização, os sangramentos espontâneos apresentaram a seguinte ordem de ocorrência: gengivorragia, 30,3% (64/166); hematêmese, 26,5% (56/166); epistaxe, 22,3% (47/166); melena, 8,1% (17/166); hematúria, 6,6% (14/166), hemoptise; 3,3% (7/166) e hemotoquezia 2,8% (6/166). O prolongamento de TTPA foi encontrado em 23% (82/358) dos pacientes, enquanto 77% (276/358) tiveram TTPA normal. O prolongamento de TTPA foi mais frequente na faixa ≤ 15 anos com 51,2% versus a faixa etária >15 anos com 48,8% (p<0,05). Apenas 26% (138/524) apresentaram valores de AST maior que 175 e 74% (386/524) apresentaram AST até 175. Os valores de ALT apresentaram a seguinte distribuição: 16% (84/528) apresentam ALT maior que 200 e 84% (444/528) apresentam ALT até 200. Não houve associação entre elevação de aminotransferases e sangramentos (p > 0,05). Com a dicotomização das plaquetas em valores abaixo e acima de 50.000 mm3, o prolongamento de TTPA, apresentou resultado significativo para sangramentos espontâneos condicionado às plaquetas <50.000/mm³. Não foi encontrada associação entre alterações morfológicas do fígado e sangramentos espontâneos. Com a curva ROC foi estabelecido o ponto de corte de 41,3 segundos para a associação do TTPA com hemorragia espontânea de mucosa nos indivíduos estudados, com sensibilidade de 52,8%, especificidade de 69,2%, acurácia de 64,2%, Risco Relativo (RR) de 1,868 e Odds Ratio (OR) 2,511. Na análise multivariada apenas os fatores de risco prolongamento de TTPA e plaquetas apresentaram associação significativa quanto à ocorrência de sangramentos espontâneos (p < 0,05). O prolongamento de TTPA mostrou-se como possível preditor de sangramento, no entanto, faz-se necessário avaliação de outros elementos do coagulograma para que esse dado possa adquirir maior consistência. |
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MADRUGA, Clarissa Barroshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.dohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.doCORDEIRO, Marli Tenório2016-09-08T18:57:32Z2016-09-08T18:57:32Z2015-06-18https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17817ark:/64986/001300000036cA dengue é importante causa de doença febril em países tropicais e de acordo com sua nova classificação a presença de sangramentos em mucosas e alterações hepáticas alertam para possível evolução desfavorável. O envolvimento do fígado manifesta-se principalmente por elevação de aminotransferases ou hepatomegalia e as formas hemorrágicas da dengue associam-se ao prolongamento precoce do TTPA. Foram selecionados 554 indivíduos com diagnóstico laboratorial de dengue a partir de banco de dados formado no período de março de 2009 a maio de 2011, divididos em dois grupos: com e sem sangramento espontâneo de mucosa, e os parâmetros laboratoriais (aminotransferases, TTPA e plaquetas) foram comparados entre eles. Dos 554 indivíduos, 285 (51,4%) eram do sexo feminino e 269 (48,6%) do sexo masculino, com idade média de 27,4 anos, mediana de 22 anos (3 meses a 92 anos), 219 (39,5%) tinham idade ≤ 15 anos e 335 (60,5%) com idade > 15 anos, 166 (30%) pacientes apresentaram manifestação hemorrágica espontânea, contra 388 (70%) que não apresentaram sangramento. Dentre os pacientes que sangraram, 81 (48,8%) eram do sexo masculino e 85 (51,2%) do sexo feminino, predominando na faixa etária ≤ 15 anos com 84/219 (38,4%) versus a faixa etária > 15 anos com 82/335 (24,5%). Pela localização, os sangramentos espontâneos apresentaram a seguinte ordem de ocorrência: gengivorragia, 30,3% (64/166); hematêmese, 26,5% (56/166); epistaxe, 22,3% (47/166); melena, 8,1% (17/166); hematúria, 6,6% (14/166), hemoptise; 3,3% (7/166) e hemotoquezia 2,8% (6/166). O prolongamento de TTPA foi encontrado em 23% (82/358) dos pacientes, enquanto 77% (276/358) tiveram TTPA normal. O prolongamento de TTPA foi mais frequente na faixa ≤ 15 anos com 51,2% versus a faixa etária >15 anos com 48,8% (p<0,05). Apenas 26% (138/524) apresentaram valores de AST maior que 175 e 74% (386/524) apresentaram AST até 175. Os valores de ALT apresentaram a seguinte distribuição: 16% (84/528) apresentam ALT maior que 200 e 84% (444/528) apresentam ALT até 200. Não houve associação entre elevação de aminotransferases e sangramentos (p > 0,05). Com a dicotomização das plaquetas em valores abaixo e acima de 50.000 mm3, o prolongamento de TTPA, apresentou resultado significativo para sangramentos espontâneos condicionado às plaquetas <50.000/mm³. Não foi encontrada associação entre alterações morfológicas do fígado e sangramentos espontâneos. Com a curva ROC foi estabelecido o ponto de corte de 41,3 segundos para a associação do TTPA com hemorragia espontânea de mucosa nos indivíduos estudados, com sensibilidade de 52,8%, especificidade de 69,2%, acurácia de 64,2%, Risco Relativo (RR) de 1,868 e Odds Ratio (OR) 2,511. Na análise multivariada apenas os fatores de risco prolongamento de TTPA e plaquetas apresentaram associação significativa quanto à ocorrência de sangramentos espontâneos (p < 0,05). O prolongamento de TTPA mostrou-se como possível preditor de sangramento, no entanto, faz-se necessário avaliação de outros elementos do coagulograma para que esse dado possa adquirir maior consistência.Dengue is an important cause of febrile illness in tropical countries and according to the new classification the presence of mucosal bleeding and liver changes correlates with possible adverse developments. The involvement of the liver is manifested primarily by increased aminotransferases levels or hepatomegaly and hemorrhagic forms of dengue are associated with the early prolonged aPTT. Information from 554 patients with a laboratory diagnosis of dengue from the database formed from March 2009 to May 2011 were collected, divided into two groups: with and without spontaneous mucosa bleeding, and laboratorial parameters (aminotransferases, aPTT and platelet ) were compared. Of the 554 subjects, 285 (51.4%) were female and 269 (48.6%) were male, mean age 27.4 years, median 22 years (3 months to 92 years), 219 ( 39.5%) were aged ≤ 15 years and 335 (60.5%) aged> 15 years, 166 (30%) patients had spontaneous hemorrhagic manifestation, against 388 (70%) who did not have bleeding. Among the patients who bled, 81 (48.8%) were male and 85 (51.2%) were females, predominantly aged ≤ 15 years with 84/219 (38.4%) versus the age group > 15 years, with 82/335 (24.5%) (p <0.01). By location, spontaneous bleeding showed the following order of occurrence: gingival bleeding, 30.3% (64); hematemesis, 26.5% (56); epistaxis, 22.3% (47); melena, 8.1% (17); hematuria, 6.6% (14), hemoptysis; 3.3% (7) and hemotoquezia 2.8% (6). The extension of APTT was found in 23% (82/358) of patients, while 77% (276/358) had normal aPTT. The enlargement aPTT was more frequent in the range ≤15 years with 51.2% versus age> 15 years with 48.8% (p <0.05). Only 26% (138/524) had values of AST greater than 175 and 74% (386/524) had AST up to 175. ALT values were distributed as follows: 16% (84/528) have ALT greater than 200 and 84% (444/528) have ALT up to 200. There was no association between increased levels of aminotransferases and bleeding (p> 0.05). With the dichotomy of platelets in values below and above 50,000 mm3, the extension of aPTT, showed significant results (p <0.05) for spontaneous bleeding conditioning to platelets <50,000 / mm³. No association was found between morphological changes in the liver and spontaneous bleeding. With the ROC curve was established cutoff point of 41.3 seconds to the association of aPTT with spontaneous bleeding mucosa in studied subjects, with sensitivity 52.8%, specificity 69.2%, accuracy of 64.2% , relative risk (RR) of 1.868 and odds ratio (OR) 2.511. In multivariate analysis, only the risk factors enlargement aPTT and platelets were significantly associated for the occurrence of spontaneous bleeding (p <0.05). The extension of aPTT showed up as possible predictor of bleeding, however, it is necessary to evaluate other coagulation elements so that this data can acquire greater consistency.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Medicina TropicalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDengue. Dengue Grave. Aminotransferases. Tempo de Tromboplastina Parcial. Plaquetas.Dengue. Severe dengue. Aminotransferases. Partial throboplastin time. Bloodplatelets.Tempo de tromboplastina parcial ativada como fator associado ao sangramento de mucosas em pacientes com dengueinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO - CLARISSA BARROS MADRUGA versão digital.pdf.jpgDISSERTAÇÃO - CLARISSA BARROS MADRUGA versão digital.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1181https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17817/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20CLARISSA%20BARROS%20MADRUGA%20vers%c3%a3o%20digital.pdf.jpgb5a8672a3a6946d1b7abbb0ff1cf2bd5MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO - CLARISSA BARROS MADRUGA versão digital.pdfDISSERTAÇÃO - CLARISSA BARROS MADRUGA versão digital.pdfapplication/pdf2723819https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17817/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20CLARISSA%20BARROS%20MADRUGA%20vers%c3%a3o%20digital.pdfae4a199db2f44ecf66614c6242c348b3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17817/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17817/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO - CLARISSA BARROS MADRUGA versão digital.pdf.txtDISSERTAÇÃO - CLARISSA BARROS MADRUGA versão digital.pdf.txtExtracted texttext/plain154099https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17817/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20CLARISSA%20BARROS%20MADRUGA%20vers%c3%a3o%20digital.pdf.txtfa7241aba4b69bf987c72dc617dc771bMD54123456789/178172019-10-25 14:53:18.916oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17817TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T17:53:18Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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A dengue é importante causa de doença febril em países tropicais e de acordo com sua nova classificação a presença de sangramentos em mucosas e alterações hepáticas alertam para possível evolução desfavorável. O envolvimento do fígado manifesta-se principalmente por elevação de aminotransferases ou hepatomegalia e as formas hemorrágicas da dengue associam-se ao prolongamento precoce do TTPA. Foram selecionados 554 indivíduos com diagnóstico laboratorial de dengue a partir de banco de dados formado no período de março de 2009 a maio de 2011, divididos em dois grupos: com e sem sangramento espontâneo de mucosa, e os parâmetros laboratoriais (aminotransferases, TTPA e plaquetas) foram comparados entre eles. Dos 554 indivíduos, 285 (51,4%) eram do sexo feminino e 269 (48,6%) do sexo masculino, com idade média de 27,4 anos, mediana de 22 anos (3 meses a 92 anos), 219 (39,5%) tinham idade ≤ 15 anos e 335 (60,5%) com idade > 15 anos, 166 (30%) pacientes apresentaram manifestação hemorrágica espontânea, contra 388 (70%) que não apresentaram sangramento. Dentre os pacientes que sangraram, 81 (48,8%) eram do sexo masculino e 85 (51,2%) do sexo feminino, predominando na faixa etária ≤ 15 anos com 84/219 (38,4%) versus a faixa etária > 15 anos com 82/335 (24,5%). Pela localização, os sangramentos espontâneos apresentaram a seguinte ordem de ocorrência: gengivorragia, 30,3% (64/166); hematêmese, 26,5% (56/166); epistaxe, 22,3% (47/166); melena, 8,1% (17/166); hematúria, 6,6% (14/166), hemoptise; 3,3% (7/166) e hemotoquezia 2,8% (6/166). O prolongamento de TTPA foi encontrado em 23% (82/358) dos pacientes, enquanto 77% (276/358) tiveram TTPA normal. O prolongamento de TTPA foi mais frequente na faixa ≤ 15 anos com 51,2% versus a faixa etária >15 anos com 48,8% (p<0,05). Apenas 26% (138/524) apresentaram valores de AST maior que 175 e 74% (386/524) apresentaram AST até 175. Os valores de ALT apresentaram a seguinte distribuição: 16% (84/528) apresentam ALT maior que 200 e 84% (444/528) apresentam ALT até 200. Não houve associação entre elevação de aminotransferases e sangramentos (p > 0,05). Com a dicotomização das plaquetas em valores abaixo e acima de 50.000 mm3, o prolongamento de TTPA, apresentou resultado significativo para sangramentos espontâneos condicionado às plaquetas <50.000/mm³. Não foi encontrada associação entre alterações morfológicas do fígado e sangramentos espontâneos. Com a curva ROC foi estabelecido o ponto de corte de 41,3 segundos para a associação do TTPA com hemorragia espontânea de mucosa nos indivíduos estudados, com sensibilidade de 52,8%, especificidade de 69,2%, acurácia de 64,2%, Risco Relativo (RR) de 1,868 e Odds Ratio (OR) 2,511. Na análise multivariada apenas os fatores de risco prolongamento de TTPA e plaquetas apresentaram associação significativa quanto à ocorrência de sangramentos espontâneos (p < 0,05). O prolongamento de TTPA mostrou-se como possível preditor de sangramento, no entanto, faz-se necessário avaliação de outros elementos do coagulograma para que esse dado possa adquirir maior consistência. |
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