Transporte, velocidade efetiva e inclusão social: um estudo para o Recife
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17141 |
Resumo: | Esta dissertação baseia-se na hipótese de que as pessoas não escolhem os seus modos de transporte de maneira efetiva, pois não consideram o tempo adicional gasto para serem capazes de pagar um determinado modo no tempo total de deslocamento. A escolha do tema é justificada pela necessidade de aprofundamento em nível local e nacional, de ferramentas de apoio à tomada de decisão para os usuários e para os planejadores de políticas públicas. O objetivo principal é estimar a velocidade efetiva para diferentes modos de transporte utilizando como objeto empírico o contexto atual dos padrões de deslocamento da Região Metropolitana do Recife de e para o bairro do Recife. Se propõe ainda a avaliar a velocidade efetiva considerando as diferentes classes sociais. A indicação dos modos de transporte mais efetivos para cada nível de renda e sugestões para os gestores públicos e para os cidadãos sobre os modos mais efetivos são apresentados nas conclusões. A partir dos resultados encontrados na pesquisa, espera-se ofertar aos tomadores de decisão uma ferramenta de análise capaz de subsidiar políticas que visem melhor aplicação do recurso público de forma mais justa para a sociedade. O referencial teórico abrange temas como o uso de teorias comportamentais no transporte, o conceito teórico de velocidade efetiva, de acessibilidade e de inclusão social. O modelo de análise escolhido para testar a hipótese foi o da velocidade efetiva dos meios de transporte. A hipótese foi confirmada, pois a escolha do modo de transporte da amostra não coincidiu com o modo indicado pela metodologia. De acordo com o método da velocidade efetiva todas as classes deveriam utilizar o metrô para se deslocar pendularmente até o bairro do Recife. A bicicleta apresentou um desempenho honrável, ocupando o segundo lugar para os níveis de renda 2, 3 e 4 e o terceiro para os níveis 1 e 5. Além disso, muitos dos entrevistados demonstraram desejo em utilizar a bicicleta, reprimido, principalmente, pela falta de infraestrutura adequada e segurança pública e viária. O transporte a pé se destacou para o nível de renda 1, ocupando o segundo lugar e, para os níveis 2,3,4, ainda ocupou a terceira colocação, enfatizando uma necessidade de melhoria das calçadas na RMR. Para os níveis 5 e 6 de renda, o transporte público por ônibus ficou com o segundo lugar. Os veículos particulares motorizados, motocicleta e automóvel, ficaram com colocações baixas para todos os níveis de renda. Como análise desses resultados conclui-se que: (i) os indivíduos não escolhem de maneira efetiva seu modo de transporte, e isso não se dá apenas pelo conforto ou comodidade, mas muitas vezes por se verem reféns de um determinado modo devido à falta de infraestrutura para a viabilização de outros ou a uma restrição financeira; (ii) o poder público não investe nas infraestruturas de transporte dos modos mais efetivos, priorizando sempre a destinação de recursos para o modo que a população mais abastada utiliza indiscriminadamente, o automóvel. Para reverter essa situação são sugeridas políticas públicas de inclusão social, por meio do investimento em infraestrutura de transporte público de média e alta capacidade (ex: metro, BRT ou VLT) e de transporte não motorizado como infraestrutura cicloviária e de pedestres de forma a aumentar o número de pessoas capazes de optar pelo uso desses modos encontrados como os mais efetivos por esse estudo. |
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LIMA, Jessica Helena deMAIA, Maria Leonor Alves2016-06-22T16:47:12Z2016-06-22T16:47:12Z2016-02-15https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17141Esta dissertação baseia-se na hipótese de que as pessoas não escolhem os seus modos de transporte de maneira efetiva, pois não consideram o tempo adicional gasto para serem capazes de pagar um determinado modo no tempo total de deslocamento. A escolha do tema é justificada pela necessidade de aprofundamento em nível local e nacional, de ferramentas de apoio à tomada de decisão para os usuários e para os planejadores de políticas públicas. O objetivo principal é estimar a velocidade efetiva para diferentes modos de transporte utilizando como objeto empírico o contexto atual dos padrões de deslocamento da Região Metropolitana do Recife de e para o bairro do Recife. Se propõe ainda a avaliar a velocidade efetiva considerando as diferentes classes sociais. 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A bicicleta apresentou um desempenho honrável, ocupando o segundo lugar para os níveis de renda 2, 3 e 4 e o terceiro para os níveis 1 e 5. Além disso, muitos dos entrevistados demonstraram desejo em utilizar a bicicleta, reprimido, principalmente, pela falta de infraestrutura adequada e segurança pública e viária. O transporte a pé se destacou para o nível de renda 1, ocupando o segundo lugar e, para os níveis 2,3,4, ainda ocupou a terceira colocação, enfatizando uma necessidade de melhoria das calçadas na RMR. Para os níveis 5 e 6 de renda, o transporte público por ônibus ficou com o segundo lugar. Os veículos particulares motorizados, motocicleta e automóvel, ficaram com colocações baixas para todos os níveis de renda. Como análise desses resultados conclui-se que: (i) os indivíduos não escolhem de maneira efetiva seu modo de transporte, e isso não se dá apenas pelo conforto ou comodidade, mas muitas vezes por se verem reféns de um determinado modo devido à falta de infraestrutura para a viabilização de outros ou a uma restrição financeira; (ii) o poder público não investe nas infraestruturas de transporte dos modos mais efetivos, priorizando sempre a destinação de recursos para o modo que a população mais abastada utiliza indiscriminadamente, o automóvel. Para reverter essa situação são sugeridas políticas públicas de inclusão social, por meio do investimento em infraestrutura de transporte público de média e alta capacidade (ex: metro, BRT ou VLT) e de transporte não motorizado como infraestrutura cicloviária e de pedestres de forma a aumentar o número de pessoas capazes de optar pelo uso desses modos encontrados como os mais efetivos por esse estudo.FacepeThis thesis is based on the assumption that people do not choose effectively their transport modes because they do not consider the extra time spent to be able to pay for a certain mode in the total displacement time. Theme’s choice is justified by the need for strengthening at national and local level, decision-making support tools for users and for public policy planners. The main objective is to estimate the effective rate for different transport modes using as empirical object the current context of displacement patterns in the Metropolitan Region of Recife to and from the district of Bairro do Recife. It also proposes to assess effective speed considering different social classes. Indication of the most effective modes for each income level and suggestions for policy makers and citizens about the most effective transportation modes are presented in the conclusions. From the results found in the survey, it is expected to offer decision-makers an analysis tool capable of supporting policies aimed at better enforcement of public resources in a way that is fairer to society. Theoretical framework covers topics such as the usage of behavioral theories in transport, the theoretical concept of effective speed, accessibility and social inclusion. The analysis model chosen to test the hypothesis was the modes of transport effective speed. The hypothesis was confirmed as the mode of transport’s choice in the sample did not coincide with the mode suggested by methodology. According to the effective speed method all classes should use the metro to commute to the district of Bairro do Recife. The bicycle had an honorable performance, ranking second to income levels 2, 3 and 4 and the third for levels 1 and 5. In addition, many respondents demonstrated desire to use the bicycle, suppressed mainly by the lack adequate infrastructure and public and road safety. Walking stood out to income level 1, occupying second place, and for levels 2,3,4, it still occupied the third place, emphasizing a need to improve the sidewalks in RMR. For income levels 5 and 6, public transport by bus ranked second. Motorized private vehicles, motorcycle and car, ranked low for all income levels. By analyzing these results it is possible to conclude that: (i) individuals do not choose effectively their transport mode, and this is not due to just comfort or convenience, but also because they often find themselves hostages to certain mode due to lack of infrastructure for enabling others or due to some financial constraint; (ii) the government does not invest in transport infrastructure for the most effective modes, as it always prioritizes the allocation of resources to the modes that the most affluent population indiscriminately uses, the automobile. To reverse this situation social inclusion public policies are suggested, by investing in high and medium capacity public transport infrastructure (e.g. metro, BRT or LRT) and non-motorized transport such as cycling and pedestrian infrastructure in order to increase the number of people able to choose to use these modes found as the most effective in this studyporUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Engenharia CivilUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessVelocidade efetiva, transporte, inclusão social.Effective Speed, transport, social inclusion.Transporte, velocidade efetiva e inclusão social: um estudo para o Recifeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertacao_JESSICA_LIMA_23022016_Revbiblioteca.pdf.jpgDissertacao_JESSICA_LIMA_23022016_Revbiblioteca.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1138https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17141/5/Dissertacao_JESSICA_LIMA_23022016_Revbiblioteca.pdf.jpg5de19b114daf12f2fe23ab94616c31d0MD55ORIGINALDissertacao_JESSICA_LIMA_23022016_Revbiblioteca.pdfDissertacao_JESSICA_LIMA_23022016_Revbiblioteca.pdfapplication/pdf2197186https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17141/1/Dissertacao_JESSICA_LIMA_23022016_Revbiblioteca.pdfa7035ddac9611a3c6edef811a7248d14MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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