Projetos parentais ectogenéticos LGBT : o desafio da construção das famílias homoparentais e transparentais perante o ordenamento jurídico brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA NETTO, Manuel Camelo Ferreira da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39299
Resumo: Pode-se dizer que a Constituição de 1988 representou um marco histórico que modificou completamente a interpretação normativa em torno do Direito das Famílias pátrio, instaurando um paradigma pautado na inclusão, na pluralidade de configurações e no respeito entre os membros do núcleo familiar, pondo em cheque o modelo patriarcal anterior. Não obstante, em que pese tais transformações, a base heterocisnormativa, na qual estão sedimentadas as tradições da sociedade brasileira, ainda acaba por interferir no reconhecimento legislativo expresso de direitos por parte da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros). Afinal, a despeito dos nítidos avanços doutrinários e jurisprudenciais na tutela dos direitos dessas pessoas, a exemplo das uniões homoafetivas e da possibilidade de retificação registral sem prévia submissão a procedimento cirúrgico de redesignação genital, a inércia do Congresso Nacional ocasiona um cenário de insegurança jurídica para essas pessoas. Diante disso, o presente trabalho buscou contribuir para o debate da emancipação desses indivíduos, na seara jusfamiliarista, levantando a seguinte problemática: apesar da escassez legislativa na matéria, é possível conferir às famílias LGBT uma autonomia legítima para o exercício do direito fundamental ao Planejamento Familiar na concretização de seus projetos parentais, máxime no tocante a escolha pelo uso das técnicas de reprodução humana assistida? Para tanto, pretendeu analisar o direito fundamental ao exercício da autonomia existencial nesse Planejamento Familiar das famílias LGBT à luz de uma metodologia civil-constitucional, notadamente no tocante à opção por projetos parentais ectogenéticos, ou seja, aqueles que advêm do uso da reprodução humana assistida. Diante disso, foram adotadas as técnicas da pesquisa bibliográfica e documental, a partir de um método de raciocínio analítico-dedutivo e de um estudo qualitativo, a fim de construir um embasamento teórico-jurídico que estabelecesse critérios para a configuração da homoparentalidade e da transparentalidade por meio da procriação medicamente assistida. Dessa forma, constatou-se que os projetos parentais LGBT encontram-se protegidos pela sistemática constitucional vigente, particularmente pelas regras que norteiam o Planejamento Familiar, devendo ser garantida a autonomia no seu exercício por esses indivíduos, desde que respeitados os limites impostos pela Dignidade da Pessoa Humana e pela Parentalidade Responsável. Não obstante, demanda-se ainda uma atuação do Poder Legislativo no sentido de promover o reconhecimento expresso dessas garantias no âmbito legal, com a finalidade de promover a Igualdade Material e a proteção específica da Diversidade Sexual e de Gênero no ordenamento jurídico pátrio.
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Não obstante, em que pese tais transformações, a base heterocisnormativa, na qual estão sedimentadas as tradições da sociedade brasileira, ainda acaba por interferir no reconhecimento legislativo expresso de direitos por parte da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros). Afinal, a despeito dos nítidos avanços doutrinários e jurisprudenciais na tutela dos direitos dessas pessoas, a exemplo das uniões homoafetivas e da possibilidade de retificação registral sem prévia submissão a procedimento cirúrgico de redesignação genital, a inércia do Congresso Nacional ocasiona um cenário de insegurança jurídica para essas pessoas. Diante disso, o presente trabalho buscou contribuir para o debate da emancipação desses indivíduos, na seara jusfamiliarista, levantando a seguinte problemática: apesar da escassez legislativa na matéria, é possível conferir às famílias LGBT uma autonomia legítima para o exercício do direito fundamental ao Planejamento Familiar na concretização de seus projetos parentais, máxime no tocante a escolha pelo uso das técnicas de reprodução humana assistida? Para tanto, pretendeu analisar o direito fundamental ao exercício da autonomia existencial nesse Planejamento Familiar das famílias LGBT à luz de uma metodologia civil-constitucional, notadamente no tocante à opção por projetos parentais ectogenéticos, ou seja, aqueles que advêm do uso da reprodução humana assistida. Diante disso, foram adotadas as técnicas da pesquisa bibliográfica e documental, a partir de um método de raciocínio analítico-dedutivo e de um estudo qualitativo, a fim de construir um embasamento teórico-jurídico que estabelecesse critérios para a configuração da homoparentalidade e da transparentalidade por meio da procriação medicamente assistida. Dessa forma, constatou-se que os projetos parentais LGBT encontram-se protegidos pela sistemática constitucional vigente, particularmente pelas regras que norteiam o Planejamento Familiar, devendo ser garantida a autonomia no seu exercício por esses indivíduos, desde que respeitados os limites impostos pela Dignidade da Pessoa Humana e pela Parentalidade Responsável. Não obstante, demanda-se ainda uma atuação do Poder Legislativo no sentido de promover o reconhecimento expresso dessas garantias no âmbito legal, com a finalidade de promover a Igualdade Material e a proteção específica da Diversidade Sexual e de Gênero no ordenamento jurídico pátrio.CAPESIt can be said that the 1988 Constitution represented a historical landmark that completely changed the normative interpretation around the homeland Family Law, establishing a paradigm based on the inclusion, the plurality of configurations and the respect among the members of the family nucleus, putting in check the previous patriarchal model. However, despite these transformations, the heterocisnormative basis on which the traditions of Brazilian society are based still interferes with the express legislative recognition of rights by the LGBT population (lesbian, gay, bisexual, transvestite, transsexual and transgender). After all, despite clear doctrinal and jurisprudential advances in the protection of their rights, such as homo-affective unions and the possibility of registration rectification without previous submission to surgical procedure of genital reassignment, the inertia of the National Congress causes a scenario of legal insecurity for those people. Given this, the present work sought to contribute to the debate on the emancipation of these individuals in the jusfamiliarist field, leading to the following problem: despite the lack of legislation on the subject, it is possible to give LGBT families a legitimate autonomy to exercise the fundamental right to Family Planning, in the realization of their parental projects, especially regarding the choice for the use of assisted human reproduction techniques? To this end, it aimed to analyze the fundamental right to the exercise of existential autonomy in this Family Planning of LGBT families in the light of a civil-constitutional methodology, notably regarding the choice of ectogenetic parental projects, that are those that come from the use of human assisted reproduction. Thus, the techniques of bibliographic and documentary research were adopted, based on a method of analytical-deductive reasoning and a qualitative study, in order to build a theoretical-legal basis that established criteria for the configuration of homoparentality and transparentality by through medically assisted procreation. In that sense, it was found that the LGBT parental projects are protected by the current constitutional system, particularly by the rules that guide Family Planning, and should be guaranteed autonomy in their exercise by these individuals, as long as respected the limits imposed by the Dignity of the Human Person and by the Parental Responsability. However, there is still a demand for action by the Legislative Power to promote the express recognition of these guarantees in the legal framework, with the purpose of promoting Material Equality and the specific protection of Sexual and Gender Diversity in the homeland legal order.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em DireitoUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessDireito Constitucional – BrasilDireito FundamentalFamílias LGBTHomoparentalidadeReprodução Humana AssistidaProjetos parentais ectogenéticos LGBT : o desafio da construção das famílias homoparentais e transparentais perante o ordenamento jurídico brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Manuel Camelo Ferreira da Silva Netto.pdfDISSERTAÇÃO Manuel Camelo Ferreira da Silva Netto.pdfapplication/pdf3449296https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39299/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Manuel%20Camelo%20Ferreira%20da%20Silva%20Netto.pdfb441831a081e1431aac8d1c80da51574MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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