Fases de vórtices e antivórtices em filmes supercondutores com nanoestruturas magnéticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MILLÁN, Miguel Alejandro Zorro
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000wk6x
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16938
Resumo: Na última década tem sido mostrado que híbridos supercondutor-ferromagnéticos podem usar o ferromagnetismo para melhorar algumas propriedades dos supercondutores. Um exemplo bem-sucedido é uma bicamada formada por um filme supercondutor e um filme magnético nanoestrutrado. Esse sistema se apresenta como uma maneira eficiente e altamente controlável de aprisionar e/ou manipular o movimento dos vórtices. Além disso, pode apresentar geração espontânea de pares vórtice-antivórtice (v-av), com conseqüências profundas sobre as características da amostra. A maneira como estes pares são gerados e a forma com que influem nas propriedades macroscópicas do supercondutor continuam sendo matéria de intenso debate. Neste trabalho, foram resolvidas numericamente as equações de Ginzburg-Landau dependentes do tempo (TDGL) para fazer uma análise detalhada da nucleação de pares v-av num filme supercondutor interagindo com uma camada de dipolos magnéticos pontuais idênticos, localizados acima da superfície supercondutora e polarizados perpendicularmente ao filme. A simulação utiliza o método de variáveis de ligação com invariância de calibre adaptado para o algoritmo de diferenças finitas e foi utilizada para calcular a densidade de pares de Cooper assim como a vorticidade e a energia livre do sistema. Esse estudo é realizado em função da temperatura, a intensidade do momento magnético m e parâmetros geométricos da rede de dipolos. Observamos transições abruptas no número de pares v-av estabilizados por cada dipolo em função de m, assim como transições na maneira como os antivórtices se arranjam em torno dos vórtices. Em geral, quando a distância d entre as camadas supercondutora e de dipolos é maior ou da ordem do comprimento de coerência do supercondutor », observa-se que os antivórtices se arranjam em torno das posições intersticiais da rede de dipolos. A esta fase denominamos deslocalizada, pois os antivórtices encontram-se “desligados” dos vórtices. Para d / », os antivórtices posicionam-se nas proximidades dos dipolos magnéticos, fase que chamamos localizada (os antivórtices estão agora “ligados” aos vórtices). Apresentamos um diagrama de fases que resume as várias configurações de vórtices e antivórtices encontradas e propomos um experimento baseado em técnicas usuais de medidas de transporte o qual poderia ser utilizado para identificar estas fases.
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Neste trabalho, foram resolvidas numericamente as equações de Ginzburg-Landau dependentes do tempo (TDGL) para fazer uma análise detalhada da nucleação de pares v-av num filme supercondutor interagindo com uma camada de dipolos magnéticos pontuais idênticos, localizados acima da superfície supercondutora e polarizados perpendicularmente ao filme. A simulação utiliza o método de variáveis de ligação com invariância de calibre adaptado para o algoritmo de diferenças finitas e foi utilizada para calcular a densidade de pares de Cooper assim como a vorticidade e a energia livre do sistema. Esse estudo é realizado em função da temperatura, a intensidade do momento magnético m e parâmetros geométricos da rede de dipolos. Observamos transições abruptas no número de pares v-av estabilizados por cada dipolo em função de m, assim como transições na maneira como os antivórtices se arranjam em torno dos vórtices. Em geral, quando a distância d entre as camadas supercondutora e de dipolos é maior ou da ordem do comprimento de coerência do supercondutor », observa-se que os antivórtices se arranjam em torno das posições intersticiais da rede de dipolos. A esta fase denominamos deslocalizada, pois os antivórtices encontram-se “desligados” dos vórtices. Para d / », os antivórtices posicionam-se nas proximidades dos dipolos magnéticos, fase que chamamos localizada (os antivórtices estão agora “ligados” aos vórtices). Apresentamos um diagrama de fases que resume as várias configurações de vórtices e antivórtices encontradas e propomos um experimento baseado em técnicas usuais de medidas de transporte o qual poderia ser utilizado para identificar estas fases.It has been systematically shown, in the past decade, that artificially created superconductor-ferromagnet hybrids are able to use ferromagnetism to enhance some superconducting properties. One of the most successful examples is the superconducting-film/magnetic-dot-array bilayer, which offer highly controllable and efficient pinning of vortices. However, these structures are sometimes able to spontaneously generate vortex-antivortex pairs, with profound consequences on the sample characteristics. How these pairs are generated and how they interfere on the macroscopic properties of these hybrid systems are still a matter of debate. In the present work, we solve numerically the time-dependent Ginzburg-Landau equations to analyze in detail how vortex-antivortex pairs nucleate in a superconducting film interacting with an identical magnetic dipoles layer, on top of the superconducting film, in the off-plane magnetic moment situation. The simulations follow the gauge invariant link-variable method adapted for a finite difference algorithm and was used to calculate the density of Cooper pairs, as well as vorticity and the system free energy. That study is carried out as a function of temperature, magnetic moment intensity m and geometric parameters of the dipoles array. We see abrupt transitions in the number of v-av pairs stabilized by each dipole according to m, and transitions in the way that antivortex are positioned around the vortex. In general, when the distance d between the superconductor layer and the dipoles array is greater or the order of the superconducting coherence length », it is observed that the antivortex are positioned around the interstitial positions of the dipoles array. At this phase we named “delocalized” because the antivortex are “disconnected” from vortex. For d / », the antivortex positioned itself near to the magnetic dipolos, phase we named “localized”(the antivortex are now "connected"to the vortex). We presented a phase diagram which summarizes the various vortex and antivortex configurations found and propose an experiment based on usual techniques of transport measures which could be used to identify these phases.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em FisicaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFísica do estado sólidoSupercondutividadeFases de vórtices e antivórtices em filmes supercondutores com nanoestruturas magnéticasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertação Mestrado Miguel Zorro.pdf.jpgDissertação Mestrado Miguel Zorro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1421https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16938/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Mestrado%20Miguel%20Zorro.pdf.jpgc20d79b38ba99b1658a5e6f5a2ad0c3fMD55ORIGINALDissertação Mestrado Miguel Zorro.pdfDissertação Mestrado Miguel Zorro.pdfapplication/pdf4500551https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16938/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Mestrado%20Miguel%20Zorro.pdf6ec5e758ed076c87222ad3bd6b3b8112MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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