Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ESTIMA, Nathalie Mendes
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17170
Resumo: Apesar de avanços observados após a criação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no Brasil em 1999, a saúde do povo indígena se mantém com muitos dos problemas vivenciados pela população em geral, dentre estes, a saúde das mulheres em idade reprodutiva. Em paralelo, informações confiáveis sobre a situação de saúde desses grupos populacionais são incipientes, dificultando a construção e limitando o uso de indicadores capazes subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas específicas. Objetivo: Analisar a mortalidade de mulheres em idade fértil (MIF) e materna da população indígena do estado de Pernambuco, no período de 2006 a 2012. Método: Trata-se de estudo descritivo exploratório, para o qual realizou-se um linkage entre informações dos óbitos de MIF raça/cor indígena do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e relatórios gerados a partir da qualificação deste quesito pelo DSEI Pernambuco no módulo de investigação SIM-Web. Os óbitos de MIF e maternos foram classificados por causa básica, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças 10 Revisão (1993), e os óbitos maternos analisados segundo o modelo dos três atrasos, proposto por Thaddeus e Maine (1994). Resultados: Obteve-se um banco composto por 115 óbitos de MIF, dos quais 41,7% estavam subinformados como indígena ao SIM e 70,4% eram de mulheres aldeadas. A maior proporção dos óbitos ocorreu entre as mulheres da faixa etária mais elevada, com baixa escolaridade, agricultoras e solteiras. As principais causas de óbito foram as doenças do aparelho circulatório, seguidas das causas externas, neoplasias e causas maternas. Identificaram-se dez óbitos maternos (05 por causas obstétricas diretas e 05 obstétricas indiretas), cujos atrasos se deram principalmente nas Fases II e III. Conclusões: Os resultados mostram o linkage entre bancos de dados como ferramenta essencial capaz de possibilitar o conhecimento dos óbitos de MIF e maternos indígenas subinformados e a construção do perfil de mortalidade da população estudada. As mortes por causas maternas representam importante causa de óbito nessa população e se mostram com padrão semelhante às mortes de mulheres da zona rural do estado, resultantes de dificuldades de acesso oportuno e da desorganização da rede de atenção obstétrica como um todo.
id UFPE_dc01d1c19b875d3f664488f43dbbc35f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17170
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling ESTIMA, Nathalie MendesALVES, Sandra Valongueiro2016-06-28T18:21:07Z2016-06-28T18:21:07Z2015-08-31https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17170Apesar de avanços observados após a criação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no Brasil em 1999, a saúde do povo indígena se mantém com muitos dos problemas vivenciados pela população em geral, dentre estes, a saúde das mulheres em idade reprodutiva. Em paralelo, informações confiáveis sobre a situação de saúde desses grupos populacionais são incipientes, dificultando a construção e limitando o uso de indicadores capazes subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas específicas. Objetivo: Analisar a mortalidade de mulheres em idade fértil (MIF) e materna da população indígena do estado de Pernambuco, no período de 2006 a 2012. Método: Trata-se de estudo descritivo exploratório, para o qual realizou-se um linkage entre informações dos óbitos de MIF raça/cor indígena do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e relatórios gerados a partir da qualificação deste quesito pelo DSEI Pernambuco no módulo de investigação SIM-Web. Os óbitos de MIF e maternos foram classificados por causa básica, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças 10 Revisão (1993), e os óbitos maternos analisados segundo o modelo dos três atrasos, proposto por Thaddeus e Maine (1994). Resultados: Obteve-se um banco composto por 115 óbitos de MIF, dos quais 41,7% estavam subinformados como indígena ao SIM e 70,4% eram de mulheres aldeadas. A maior proporção dos óbitos ocorreu entre as mulheres da faixa etária mais elevada, com baixa escolaridade, agricultoras e solteiras. As principais causas de óbito foram as doenças do aparelho circulatório, seguidas das causas externas, neoplasias e causas maternas. Identificaram-se dez óbitos maternos (05 por causas obstétricas diretas e 05 obstétricas indiretas), cujos atrasos se deram principalmente nas Fases II e III. Conclusões: Os resultados mostram o linkage entre bancos de dados como ferramenta essencial capaz de possibilitar o conhecimento dos óbitos de MIF e maternos indígenas subinformados e a construção do perfil de mortalidade da população estudada. As mortes por causas maternas representam importante causa de óbito nessa população e se mostram com padrão semelhante às mortes de mulheres da zona rural do estado, resultantes de dificuldades de acesso oportuno e da desorganização da rede de atenção obstétrica como um todo.Despite advances made after the creation of the Subsystem of the Indigenous Healthcare in Brazil in 1999, the health of indigenous people remains with many of the problems experienced by the general population, among them, the health of women of reproductive age. In parallel, reliable information on the health situation of these population groups are incipient, hindering the construction and limiting the use of capable indicators to support the development of specific public policies. Objective: To analyze the mortality of women of childbearing and motherly age (MIF) of the indigenous population of the state of Pernambuco, from 2006 to 2012. Method: It is an exploratory descriptive study, for which it was held one linkage between deaths information of MIF indigenous race/color from Mortality Information System (MIS) and reports generated from the qualification of this question by DSEI Pernambuco in the SIM-Web research module. The MIF and maternal deaths were classified by underlying cause, according to the International Classification of Diseases 10th Revision (1993), and maternal deaths analyzed according to the model of the three delays proposed by Thaddeus and Maine (1994). Results: A bank composed of 115 deaths of MIF was obtained, of which 41.7% were sub-informed as the indigenous to SIM and 70.4% were villatic women .The highest proportion of deaths occurred among women of older age, low education, farmers and single. The main causes of death were cardiovascular diseases, followed by external causes, neoplasms and maternal causes. Ten maternal deaths were identified (05 by direct obstetric causes and 05 indirect obstetric ones), whose delays took place mainly in Phases II and III. Conclusions: The results show the linkage between the databases as an essential tool which can enable knowledge of MIF deaths and maternal indigenous sub-informed and the construction of the mortality profile of the studied population. Deaths from maternal causes represent an important cause of death in this population and show themselves with similar pattern to the deaths of women from rural areas of the state, resulting from timely access difficulties and disorganization of obstetric care network as a whole.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Saude ColetivaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMortalidade materna. População indígena. Sistemas de informaçãoMaternal mortality. Indigenous peoples. Information systemsMortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdf.jpgDISSERTAÇÃO_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1255https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdf.jpg5c48c9a78151f72e934c26234733327eMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdfDISSERTAÇÃO_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdfapplication/pdf5122635https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdffffb0a133bef175ef85d9625dddff7d1MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdf.txtDISSERTAÇÃO_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdf.txtExtracted texttext/plain212295https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdf.txt5ebcd2405a4bb786e72c79af2070ca19MD54123456789/171702019-10-25 16:12:30.466oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17170TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T19:12:30Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambuco
title Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambuco
spellingShingle Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambuco
ESTIMA, Nathalie Mendes
Mortalidade materna. População indígena. Sistemas de informação
Maternal mortality. Indigenous peoples. Information systems
title_short Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambuco
title_full Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambuco
title_fullStr Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambuco
title_full_unstemmed Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambuco
title_sort Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil e Materna na População Indígena do Estado de Pernambuco
author ESTIMA, Nathalie Mendes
author_facet ESTIMA, Nathalie Mendes
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv ESTIMA, Nathalie Mendes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv ALVES, Sandra Valongueiro
contributor_str_mv ALVES, Sandra Valongueiro
dc.subject.por.fl_str_mv Mortalidade materna. População indígena. Sistemas de informação
Maternal mortality. Indigenous peoples. Information systems
topic Mortalidade materna. População indígena. Sistemas de informação
Maternal mortality. Indigenous peoples. Information systems
description Apesar de avanços observados após a criação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no Brasil em 1999, a saúde do povo indígena se mantém com muitos dos problemas vivenciados pela população em geral, dentre estes, a saúde das mulheres em idade reprodutiva. Em paralelo, informações confiáveis sobre a situação de saúde desses grupos populacionais são incipientes, dificultando a construção e limitando o uso de indicadores capazes subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas específicas. Objetivo: Analisar a mortalidade de mulheres em idade fértil (MIF) e materna da população indígena do estado de Pernambuco, no período de 2006 a 2012. Método: Trata-se de estudo descritivo exploratório, para o qual realizou-se um linkage entre informações dos óbitos de MIF raça/cor indígena do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e relatórios gerados a partir da qualificação deste quesito pelo DSEI Pernambuco no módulo de investigação SIM-Web. Os óbitos de MIF e maternos foram classificados por causa básica, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças 10 Revisão (1993), e os óbitos maternos analisados segundo o modelo dos três atrasos, proposto por Thaddeus e Maine (1994). Resultados: Obteve-se um banco composto por 115 óbitos de MIF, dos quais 41,7% estavam subinformados como indígena ao SIM e 70,4% eram de mulheres aldeadas. A maior proporção dos óbitos ocorreu entre as mulheres da faixa etária mais elevada, com baixa escolaridade, agricultoras e solteiras. As principais causas de óbito foram as doenças do aparelho circulatório, seguidas das causas externas, neoplasias e causas maternas. Identificaram-se dez óbitos maternos (05 por causas obstétricas diretas e 05 obstétricas indiretas), cujos atrasos se deram principalmente nas Fases II e III. Conclusões: Os resultados mostram o linkage entre bancos de dados como ferramenta essencial capaz de possibilitar o conhecimento dos óbitos de MIF e maternos indígenas subinformados e a construção do perfil de mortalidade da população estudada. As mortes por causas maternas representam importante causa de óbito nessa população e se mostram com padrão semelhante às mortes de mulheres da zona rural do estado, resultantes de dificuldades de acesso oportuno e da desorganização da rede de atenção obstétrica como um todo.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-08-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-06-28T18:21:07Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-06-28T18:21:07Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17170
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17170
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17170/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O_PPGISC_2015_NathalieEstima.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5c48c9a78151f72e934c26234733327e
fffb0a133bef175ef85d9625dddff7d1
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
5ebcd2405a4bb786e72c79af2070ca19
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310720271941632