Avaliação da atividade cicatrizante em ratos utilizando nanopartículas contendo lectina de Cratylia mollis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Rosimere da
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000000m65
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12307
Resumo: Lectinas podem ser compreendidas como sendo proteínas (ou glicoproteínas) de origem não imunológica que se ligam reversivelmente a carboidratos, encontradas em forma livre ou ligadas a superfícies celulares por meio de sítios de ligação em sua estrutura tridimensional. Cratylia mollis (feijão camaratu) é uma planta forrageira da Região Semi-Árida do estado de Pernambuco e de suas sementes têm sido purificadas e caracterizadas, formas múltiplas de lectinas: Cramoll 1, Cramoll 2, Cramoll 3 e Cramoll 4. Estudos demonstraram que Cramoll 1,4 em solução salina promoveu em um menor tempo o efetivo fechamento e reparo de feridas quando comparado com grupo controle (solução salina). Uma estratégia para aumentar a potência de drogas e ao mesmo tempo diminuir sua toxicidade sistêmica, é o seu encapsulamento em hidrogéis, os quais têm se mostrado excelentes ferramentas para veiculação e liberação controlada de drogas, justificando o estudo de cicatrização utilizando hidrogel de quitosana e POLICAJU com a incorporação de Cramoll 1,4. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento de lesões cutâneas experimentais em ratos utilizando hidrogel contendo a lectina de Cratylia mollis. Foram utilizados quarenta e cinco ratos, divididos aleatoriamente em três grupos (G1 = Control, G2 = tratamento com hidrogel e G3 = hidrogel contendo 100μl/ml Cramoll 1,4). Estes animais foram divididos de acordo com o tempo de biópsia das lesões cirúrgicas experimentais e tratados topicamente com a lectina de C. mollis até o dia da biópsia, ou seja, 2, 7 e 12 dias após a cirurgia. Os animais foram anestesiados por via intramuscular. Para o cálculo da área das feridas, foi realizada a medição de suas bordas, a partir da mensuração diária de sua área, com paquímetro, observando-se o maior e menor diâmetro. As amostras foram fixadas em formaldeído 4%, desidratadas em concentrações crescentes de etanol, diafanizadas em xilol e incluídas em parafina. Após microtomia, os cortes foram corados pela Hematoxilina-Eosina e Tricrômico de Masson. Os dados foram analisados usando testes não-paramétricos. Após 2, 7 e 12 dias, os animais foram sacrificados. No 2º dia, o G3 apresentou uma maior deposição de tecido de granulação e intenso infiltrado inflamatório. No 12º verificou-se a caracterização de papilas dérmicas nos animais tratados com hidrogel e hidrogel Cramoll 1,4, sendo mais expressiva a presença de papilas e maior organização da matriz extracelular no G2. Neste mesmo período, verificou um intenso infiltrado inflamatório e contração da área das lesões cutâneas no G3. Houve uma diminuição do número de eritrócitos, aumento da hemoglobina corpuscular média (HCM) e da concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM), no período de 12 dias no G3. Quanto à deposição de colágeno, houve diferenças significativas apenas no G3 em relação ao G1 no 7º dia, e uma redução significativa no G1, em relação ao G2 e G3 no 12º dia. Nossos resultados demonstraram, que a Cramoll 1,4 intensificou o processo inflamatório, contração mais efetiva das lesões e maior deposição do tecido de granulação, demonstrando que a Cramol 1,4 associada ao hidrogel de quitosana e policaju foi eficaz no processo cicatricial, ampliando assim o conhecimento do potencial da Cramoll 1,4, no reparo de lesões cutâneas experimentais.
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Estudos demonstraram que Cramoll 1,4 em solução salina promoveu em um menor tempo o efetivo fechamento e reparo de feridas quando comparado com grupo controle (solução salina). Uma estratégia para aumentar a potência de drogas e ao mesmo tempo diminuir sua toxicidade sistêmica, é o seu encapsulamento em hidrogéis, os quais têm se mostrado excelentes ferramentas para veiculação e liberação controlada de drogas, justificando o estudo de cicatrização utilizando hidrogel de quitosana e POLICAJU com a incorporação de Cramoll 1,4. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento de lesões cutâneas experimentais em ratos utilizando hidrogel contendo a lectina de Cratylia mollis. Foram utilizados quarenta e cinco ratos, divididos aleatoriamente em três grupos (G1 = Control, G2 = tratamento com hidrogel e G3 = hidrogel contendo 100μl/ml Cramoll 1,4). Estes animais foram divididos de acordo com o tempo de biópsia das lesões cirúrgicas experimentais e tratados topicamente com a lectina de C. mollis até o dia da biópsia, ou seja, 2, 7 e 12 dias após a cirurgia. Os animais foram anestesiados por via intramuscular. Para o cálculo da área das feridas, foi realizada a medição de suas bordas, a partir da mensuração diária de sua área, com paquímetro, observando-se o maior e menor diâmetro. As amostras foram fixadas em formaldeído 4%, desidratadas em concentrações crescentes de etanol, diafanizadas em xilol e incluídas em parafina. Após microtomia, os cortes foram corados pela Hematoxilina-Eosina e Tricrômico de Masson. Os dados foram analisados usando testes não-paramétricos. Após 2, 7 e 12 dias, os animais foram sacrificados. No 2º dia, o G3 apresentou uma maior deposição de tecido de granulação e intenso infiltrado inflamatório. 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