Dar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BELO, Léa Carla Oliveira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000xwhb
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16906
Resumo: Nossa sociedade atribui sentidos ao modo de ser e agir das mulheres, e às práticas da maternidade em si. A politização essencialista desta temática ganha força especialmente por causa dos mitos que ainda permeiam esta experiência. O que está em jogo nessa questão é que a maternidade outorga um lugar, o de mãe, mas também o de mulher reprodutora, que independentemente das ordens colocadas, são construídas social e culturalmente sob diferentes formas, e que inevitavelmente passam pela linguagem. Desta feita, as atribuições e normas estabelecidas jamais poderão se aplicar a todas as mulheres, sobretudo por causa da complexidade desta temática, já que ela tanto se encontra circunscrita no plano biológico quanto no social, principalmente neste último. Destarte, reconhecendo a existência das dificuldades das mulheres, especialmente das mulheres com deficiência visual, esta investigação objetivou conhecer como a mulher com deficiência visual constrói discursivamente sua experiência da maternidade. Para tanto, fundamentou-se na perspectiva teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, uma vez que trabalhar com a linguagem nesta perspectiva é trabalhar, portanto, com o discurso em si e com aquilo que ele produz, ou seja, as práticas sociais, pois ao mesmo tempo em que se constroem os discursos também se realizam construções da vida social. Assim, para ter acesso às falas dessas mulheres foi utilizada a entrevista não-dirigida, e o questionário sócio-demográfico para obter informações complementares sobre os dados pessoais e da maternidade. Foram entrevistadas sete mulheres com filhos/as em faixas etárias variadas, cuja idade mínima deles/as foi de um ano e três meses e a máxima de trinta e quatro anos. As participantes são vinculadas à Associação Pernambucana de Cegos – APEC, localizada na cidade do Recife, estado de Pernambuco, onde foi realizada a pesquisa. Os resultados apontaram cinco aspectos, que se destacaram, relacionados à experiência da maternidade: sentimentos ambivalentes; dificuldades nos cuidados com os/as filhos/as, sobretudo pelas questões socioeconômicas envolvidas e pelas posições de gênero implicadas neste arranjo social; ausência de apoio familiar e social; estigmatização de ser mãe com a ausência da visão, e finalmente; a idéia de amor materno sacrificial: uma posição de gênero e até de identidade, na qual a mulher com deficiência, com inúmeras barreiras sociais é levada a exercer os cuidados com os/as filhos/as e ainda assim não receber a legitimação social desta nova posição, limitando desta forma sua nova identidade como mãe.
id UFPE_e4fdab311a508d6159b5b1543401a33e
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/16906
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling BELO, Léa Carla Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/6944642672831352http://lattes.cnpq.br/2268597352863613OLIVEIRA FILHO, Pedro de2016-05-09T13:42:54Z2016-05-09T13:42:54Z2015-05-29https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16906ark:/64986/001300000xwhbNossa sociedade atribui sentidos ao modo de ser e agir das mulheres, e às práticas da maternidade em si. A politização essencialista desta temática ganha força especialmente por causa dos mitos que ainda permeiam esta experiência. O que está em jogo nessa questão é que a maternidade outorga um lugar, o de mãe, mas também o de mulher reprodutora, que independentemente das ordens colocadas, são construídas social e culturalmente sob diferentes formas, e que inevitavelmente passam pela linguagem. Desta feita, as atribuições e normas estabelecidas jamais poderão se aplicar a todas as mulheres, sobretudo por causa da complexidade desta temática, já que ela tanto se encontra circunscrita no plano biológico quanto no social, principalmente neste último. Destarte, reconhecendo a existência das dificuldades das mulheres, especialmente das mulheres com deficiência visual, esta investigação objetivou conhecer como a mulher com deficiência visual constrói discursivamente sua experiência da maternidade. Para tanto, fundamentou-se na perspectiva teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, uma vez que trabalhar com a linguagem nesta perspectiva é trabalhar, portanto, com o discurso em si e com aquilo que ele produz, ou seja, as práticas sociais, pois ao mesmo tempo em que se constroem os discursos também se realizam construções da vida social. Assim, para ter acesso às falas dessas mulheres foi utilizada a entrevista não-dirigida, e o questionário sócio-demográfico para obter informações complementares sobre os dados pessoais e da maternidade. Foram entrevistadas sete mulheres com filhos/as em faixas etárias variadas, cuja idade mínima deles/as foi de um ano e três meses e a máxima de trinta e quatro anos. As participantes são vinculadas à Associação Pernambucana de Cegos – APEC, localizada na cidade do Recife, estado de Pernambuco, onde foi realizada a pesquisa. Os resultados apontaram cinco aspectos, que se destacaram, relacionados à experiência da maternidade: sentimentos ambivalentes; dificuldades nos cuidados com os/as filhos/as, sobretudo pelas questões socioeconômicas envolvidas e pelas posições de gênero implicadas neste arranjo social; ausência de apoio familiar e social; estigmatização de ser mãe com a ausência da visão, e finalmente; a idéia de amor materno sacrificial: uma posição de gênero e até de identidade, na qual a mulher com deficiência, com inúmeras barreiras sociais é levada a exercer os cuidados com os/as filhos/as e ainda assim não receber a legitimação social desta nova posição, limitando desta forma sua nova identidade como mãe.FACEPEOur society attributes meaning to the way of being and acting of women and maternity practices themselves. The essentialist politicization of this theme grows especially because of the myths that still permeate this experience. What is at stake in this matter is that maternity grants a place, as a mother, but also as a reproductive woman, that regardless the orders placed, are socially and culturally constructed under different ways and inevitably pass by language. This way, the established powers and rules can never be applied to all women, especially because of the complexity of this issue, once it is inserted both in the plan biological as in social, especially on the last. Thus, recognizing the existence of the difficulties of women, especially women with visual impairment, this research aimed to know how the women with visual impairment discursively build your experience of motherhood. For this, this research was based on the theoretical methodological perspective of Discursive Social Psychology, since working with the language in this perspective is to work with the speech itself and what it produces, that is the social practices, because at the same time the speeches are built, it also takes place in constructions of social life. So to have access to speech of these women, a non-directed interview and a socio-demographic questionnaire was used for further information on personal data and motherhood. Seven women with children from different ages, ranging from a year and three months to a maximum of thirty-four years old, were interviewed. The participants are linked to the Pernambuco Association for the Blind - APEC, located in the city of Recife, state of Pernambuco, where the survey was conducted. The results showed five aspects that stood out related to the experience of motherhood: ambivalent feelings, difficulties in taking care of the children, especially because of the socio-economic issues and the gender positions involved in this social arrangement; lack of family and social support; stigma of being a mother with the lack of vision; and finally, the idea of sacrificial maternal love: a gender position and even of identity, in which women with disabilities, with numerous social barriers, are taken to exercise the care of children and still not receive the social legitimization of this new position, thereby limiting their new identity as a mother.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em PsicologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMaternidadeDeficiência visualEstigmaRelatosExperiênciaMaternityVisual ImpairmentStigmaReportsExperienceDar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO_LEA_OFICIAL_04dez.pdf.jpgDISSERTAÇÃO_LEA_OFICIAL_04dez.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1219https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O_LEA_OFICIAL_04dez.pdf.jpg22f9e00e59be38a267046b58c343eae8MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO_LEA_OFICIAL_04dez.pdfDISSERTAÇÃO_LEA_OFICIAL_04dez.pdfapplication/pdf2631132https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_LEA_OFICIAL_04dez.pdf932e8a2951dd6c36e83577d041306e17MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO_LEA_OFICIAL_04dez.pdf.txtDISSERTAÇÃO_LEA_OFICIAL_04dez.pdf.txtExtracted texttext/plain275709https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O_LEA_OFICIAL_04dez.pdf.txtc4a26d8ca211e57803de456cb7846dbfMD54123456789/169062019-10-25 05:25:57.286oai:repositorio.ufpe.br:123456789/16906TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T08:25:57Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Dar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade
title Dar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade
spellingShingle Dar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade
BELO, Léa Carla Oliveira
Maternidade
Deficiência visual
Estigma
Relatos
Experiência
Maternity
Visual Impairment
Stigma
Reports
Experience
title_short Dar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade
title_full Dar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade
title_fullStr Dar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade
title_full_unstemmed Dar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade
title_sort Dar à luz quando não se vê: Relatos de mulheres com deficiência visual sobre a maternidade
author BELO, Léa Carla Oliveira
author_facet BELO, Léa Carla Oliveira
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6944642672831352
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2268597352863613
dc.contributor.author.fl_str_mv BELO, Léa Carla Oliveira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv OLIVEIRA FILHO, Pedro de
contributor_str_mv OLIVEIRA FILHO, Pedro de
dc.subject.por.fl_str_mv Maternidade
Deficiência visual
Estigma
Relatos
Experiência
Maternity
Visual Impairment
Stigma
Reports
Experience
topic Maternidade
Deficiência visual
Estigma
Relatos
Experiência
Maternity
Visual Impairment
Stigma
Reports
Experience
description Nossa sociedade atribui sentidos ao modo de ser e agir das mulheres, e às práticas da maternidade em si. A politização essencialista desta temática ganha força especialmente por causa dos mitos que ainda permeiam esta experiência. O que está em jogo nessa questão é que a maternidade outorga um lugar, o de mãe, mas também o de mulher reprodutora, que independentemente das ordens colocadas, são construídas social e culturalmente sob diferentes formas, e que inevitavelmente passam pela linguagem. Desta feita, as atribuições e normas estabelecidas jamais poderão se aplicar a todas as mulheres, sobretudo por causa da complexidade desta temática, já que ela tanto se encontra circunscrita no plano biológico quanto no social, principalmente neste último. Destarte, reconhecendo a existência das dificuldades das mulheres, especialmente das mulheres com deficiência visual, esta investigação objetivou conhecer como a mulher com deficiência visual constrói discursivamente sua experiência da maternidade. Para tanto, fundamentou-se na perspectiva teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, uma vez que trabalhar com a linguagem nesta perspectiva é trabalhar, portanto, com o discurso em si e com aquilo que ele produz, ou seja, as práticas sociais, pois ao mesmo tempo em que se constroem os discursos também se realizam construções da vida social. Assim, para ter acesso às falas dessas mulheres foi utilizada a entrevista não-dirigida, e o questionário sócio-demográfico para obter informações complementares sobre os dados pessoais e da maternidade. Foram entrevistadas sete mulheres com filhos/as em faixas etárias variadas, cuja idade mínima deles/as foi de um ano e três meses e a máxima de trinta e quatro anos. As participantes são vinculadas à Associação Pernambucana de Cegos – APEC, localizada na cidade do Recife, estado de Pernambuco, onde foi realizada a pesquisa. Os resultados apontaram cinco aspectos, que se destacaram, relacionados à experiência da maternidade: sentimentos ambivalentes; dificuldades nos cuidados com os/as filhos/as, sobretudo pelas questões socioeconômicas envolvidas e pelas posições de gênero implicadas neste arranjo social; ausência de apoio familiar e social; estigmatização de ser mãe com a ausência da visão, e finalmente; a idéia de amor materno sacrificial: uma posição de gênero e até de identidade, na qual a mulher com deficiência, com inúmeras barreiras sociais é levada a exercer os cuidados com os/as filhos/as e ainda assim não receber a legitimação social desta nova posição, limitando desta forma sua nova identidade como mãe.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-05-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-05-09T13:42:54Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-05-09T13:42:54Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16906
dc.identifier.dark.fl_str_mv ark:/64986/001300000xwhb
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16906
identifier_str_mv ark:/64986/001300000xwhb
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Psicologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O_LEA_OFICIAL_04dez.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_LEA_OFICIAL_04dez.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16906/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O_LEA_OFICIAL_04dez.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 22f9e00e59be38a267046b58c343eae8
932e8a2951dd6c36e83577d041306e17
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
c4a26d8ca211e57803de456cb7846dbf
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1815172947855278080