Formação, concepções estéticas e práticas de consumo cultural dos professores que lecionam arte em escolas públicas de Juazeiro/BA e Petrolina/PE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GONDIM, Janedalva Pontes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18488
Resumo: Esta investigação, desenvolvida na Linha de Pesquisa ‘Identidades Coletivas e Representações Sociais’, do Programa de Pós-graduação em Sociologia, da Universidade Federal de Pernambuco/UFPE, na modalidade DINTER, fundamentou-se na Sociologia Reflexiva (BOURDIEU, 2001), em seu aspecto racional e relacional (VANDENBERGHE, 2010), por meio de uma abordagem qualitativa (DENZIN e LINCOLN, 2006). O objetivo principal foi de investigar a relação entre formação, concepções estéticas e práticas culturais dos professores que lecionam Arte nas escolas públicas de duas cidades localizadas no submédio do rio São Francisco, Petrolina/PE e Juazeiro/BA. Para produzir os dados, utilizamos quatro instrumentos, a saber: entrevistas semiestruturadas realizadas com 28 professores de escolas públicas municipais e estaduais; diário de campo; Jogo das Preferências e análise documental dos livros didáticos utilizados por esses professores e as orientações curriculares, estaduais e municipais. Os dados foram produzidos entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016 e submetidos à Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1988). O referencial teórico ancorou-se nos conceitos bourdieusianos de campo, habitus e, especialmente, disposição estética, que consideramos como uma importante ferramenta analítica para se compreender o problema do capital cultural dos professores que lecionam Arte. Vimos que a posse ou não dessa disposição expressa nas práticas de consumo cultural dos professores nos forneceu subsídios para identificar quais as concepções de arte estão sendo legitimadas por esses profissionais. Os dados analisados mostraram que a maior parte dos professores que lecionam Arte nos municípios investigados não tem formação especializada nem disposição estética constatada a partir do predomínio do gosto popular em suas preferências estéticas. Essa situação difere daqueles que têm formação especializada ou participam efetivamente da produção cultural das cidades, seja em dança ou teatro, e que demonstraram mais propriedade e familiaridade com a cultura legítima. Assim, no contexto analisado, o ensino de Arte se pauta no reconhecimento sem o conhecimento da arte legítima, pois a maioria dos professores, devido aos processos sociais de aquisição da cultura, seja por meio de herança familiar ou da que é adquirida na escola, não tiveram a oportunidade de aprender os códigos que compõem o campo artístico e acabam promovendo a manutenção de modelos canônicos de arte que obstruem o acesso ao conhecimento artístico, sobretudo, de vanguarda, nas escolas e fora dela. Apesar de o contexto parecer desanimador, por causa das desigualdades culturais postas pela realidade educacional brasileira, um sopro de esperança ecoa, quando constatamos que alguns professores buscam por formação e se engajam nas produções e nas políticas culturais locais, além de verificar a importância das experiências culturais na aquisição de uma competência estética desses profissionais. Concluímos que pensar em que consiste o capital cultural dos professores que lecionam Arte é inexorável às políticas de formação docente, uma vez que são eles os responsáveis por mediar a experiência estética de seus alunos e alunas como também fomentar ao aumento do consumo cultural. Com base nessas análises, evidenciou-se a necessidade de ampliar espaços de formação e diálogos entre as instituições de formação superior e as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação para que possamos promover mudanças qualitativas na formação inicial e continuada dos professores da Educação Básica.
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Para produzir os dados, utilizamos quatro instrumentos, a saber: entrevistas semiestruturadas realizadas com 28 professores de escolas públicas municipais e estaduais; diário de campo; Jogo das Preferências e análise documental dos livros didáticos utilizados por esses professores e as orientações curriculares, estaduais e municipais. Os dados foram produzidos entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016 e submetidos à Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1988). O referencial teórico ancorou-se nos conceitos bourdieusianos de campo, habitus e, especialmente, disposição estética, que consideramos como uma importante ferramenta analítica para se compreender o problema do capital cultural dos professores que lecionam Arte. Vimos que a posse ou não dessa disposição expressa nas práticas de consumo cultural dos professores nos forneceu subsídios para identificar quais as concepções de arte estão sendo legitimadas por esses profissionais. Os dados analisados mostraram que a maior parte dos professores que lecionam Arte nos municípios investigados não tem formação especializada nem disposição estética constatada a partir do predomínio do gosto popular em suas preferências estéticas. Essa situação difere daqueles que têm formação especializada ou participam efetivamente da produção cultural das cidades, seja em dança ou teatro, e que demonstraram mais propriedade e familiaridade com a cultura legítima. Assim, no contexto analisado, o ensino de Arte se pauta no reconhecimento sem o conhecimento da arte legítima, pois a maioria dos professores, devido aos processos sociais de aquisição da cultura, seja por meio de herança familiar ou da que é adquirida na escola, não tiveram a oportunidade de aprender os códigos que compõem o campo artístico e acabam promovendo a manutenção de modelos canônicos de arte que obstruem o acesso ao conhecimento artístico, sobretudo, de vanguarda, nas escolas e fora dela. Apesar de o contexto parecer desanimador, por causa das desigualdades culturais postas pela realidade educacional brasileira, um sopro de esperança ecoa, quando constatamos que alguns professores buscam por formação e se engajam nas produções e nas políticas culturais locais, além de verificar a importância das experiências culturais na aquisição de uma competência estética desses profissionais. Concluímos que pensar em que consiste o capital cultural dos professores que lecionam Arte é inexorável às políticas de formação docente, uma vez que são eles os responsáveis por mediar a experiência estética de seus alunos e alunas como também fomentar ao aumento do consumo cultural. Com base nessas análises, evidenciou-se a necessidade de ampliar espaços de formação e diálogos entre as instituições de formação superior e as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação para que possamos promover mudanças qualitativas na formação inicial e continuada dos professores da Educação Básica.Cette recherche, développée sur la ligne de recherche «Identités collectives et représentations sociales» du programme d’études supérieures en Sociologie, de l’Université Fédérale de Pernambuco / UFPE en mode DINTER, a étée basée sur la Sociologie Réflexive (Bourdieu, 2001), dans un aspect rationnel et relationnel (VANDENBERGHE, 2010), à travers d’une approche qualitative (DENZIN et LINCOLN, 2006). L'objectif principal était d'étudier la relation entre la formation, les conceptions esthétiques et les pratiques culturelles des profésseurs qui enseignent l'art dans les écoles publiques de deux villes situées dans le sousmilieu du fleuve São Francisco, Petrolina/PE et Juazeiro/BA. Pour générer les données, nous avons utilisé trois instruments, à savoir: des entretiens semi-structurés avec 28 profésseurs des écoles publiques municipales et de l’état; le journal de terrain et l’analyse documentaire des manuels utilisés par les profésseurs et des lignes directrices du programme de l'état et de la municipalité. Les données ont été produites entre Octobre 2015 et Février 2016 et soumis à l'analyse du contenu proposé par Bardin (1988). Le cadre théorique ancré aux concepts bourdieusiens de champ, habitus et, en particulier, de la disposition esthétique, que nous considérons comme un outil analytique important pour comprendre le problème du capital culturelle des profésseurs qui enseignent l'art. Nous avons vu que la possession ou non de cette disposition exprimée dans les pratiques de consommation culturelle des enseignants nous fourni des subventions pour identifier quelles conceptions d'art sont légitimés par ces professionnels. Les données analysées ont montré que la plupart des professeurs qui enseignent l'art dans les municipalités étudiées ne possèdent pas une formation spécialisée ni une disposition esthétique, constatée a partir de la prédominance du goût populaire dans leurs préférences esthétiques. Cette situation diffère de ceux qui ont reçu une formation spécialisée ou qui participent efficacement à la production culturelle des villes, que ce soit dans la danse ou le théâtre, et qui ont montré une plus grande appropriation et familiarité avec la culture légitime. Ainsi, dans le contexte analysé, l'éducation artistique est guidée dans la reconnaissance sans la connaissance de l'art légitime, puisque la plupart des enseignants, en raison des processus sociaux d'acquisition de la culture, que ce soit à travers le patrimoine de la famille ou de ce qui est acquis à l'école, n’ont pas eu la possibilité d'apprendre les codes qui composent le domaine artistique et finissent par promouvoir le maintien des modèles canoniques de l'art qui bloquent l'accès à la connaissance artistique, principalement d'avantgarde, dans les écoles et au-delà. Bien que le contexte semble décourageant, en raison des inégalités culturelles posées par la réalité éducative brésilienne, un souffle d'espoir résonne lorsque nous avons constaté que certains enseignants cherchent une formation et participent à la production et dans les politiques culturelles locales. Nous concluons que penser à quoi consiste le capital culturelle des profésseurs qui enseignent l'art est inexorable aux politiques de formation des enseignants, car ils sont responsables pour la médiation de l'expérience esthétique de leurs élèves. Basé sur ces analyses, il est évident la nécessité d'élargir les espaces de formation et le dialogue entre les établissements d'enseignement supérieur et les services d'éducation municipaux et de l'État afin que nous puissions promouvoir des changements qualitatifs dans la formation initiale et continue des enseignants d'éducation de base.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em SociologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCapital culturalDisposição estéticaEnsino de ArteCapital culturelleDisposition esthétiqueEducation de l’ArtFormação, concepções estéticas e práticas de consumo cultural dos professores que lecionam arte em escolas públicas de Juazeiro/BA e Petrolina/PEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILJane.tese.PPGS.UFPE.2016.pdf.jpgJane.tese.PPGS.UFPE.2016.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1263https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18488/5/Jane.tese.PPGS.UFPE.2016.pdf.jpg9812eb4598343e5a7159eb89c547a52fMD55ORIGINALJane.tese.PPGS.UFPE.2016.pdfJane.tese.PPGS.UFPE.2016.pdfapplication/pdf3873895https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18488/1/Jane.tese.PPGS.UFPE.2016.pdf230d7c50d1b47047119d9bb2118ad462MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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