Efeito da respiração fresno labial sobre volumes pulmonares, mobilidade diafragmática e tolerância ao exercício em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BARROS, Marcely Kellyane Florenço
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000gwb2
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17659
Resumo: A respiração freno labial (RFL) é muitas vezes utilizada espontaneamente para alívio da dispnéia em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A realização da técnica favorece a saída do ar dos pulmões com menor resistência, uma vez que induz pressões respiratórias na boca que previnem o colapso precoce das vias aéreas. A RFL tem sido associada à redução da hiperinsuflação dinâmica (HD), redução da frequência respiratória (f), melhora do volume corrente (VC) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). Por apresentar esses benefícios a utilização da técnica tem sido recomendada nos programas de reabilitação pulmonar durante o repouso, exercício e recuperação pós-exercício. Os efeitos na tolerância ao exercício têm sido estudados apenas com testes que utilizem caminhada, sem averiguar efeitos na fadiga de membros superiores (MMSS). Também não são encontrados estudosque apontemos benefícios da utilização da RFL na posição supina com inclinação 45º e seu impacto nos volumes pulmonares e mobilidade diafragmática. Sendo assim, esta dissertação teve como objetivos: 1) realizar uma revisão sistemática com metanálise averiguando os efeitos da RFL sobre a tolerância ao exercício e dispnéia nos pacientes com DPOC; 2) realizar um ensaio clínico para avaliar o efeito da RFL na posição supina a 45º sobre os volumes pulmonares e a mobilidade diafragmática e averiguar a tolerância ao exercício com o teste Glittre-AVD em pacientes com DPOC. A revisão sistemática mostrou que a grande maioria dos estudos concorda que os pacientes mais gravemente obstruídos e que não realizam a técnica da RFL espontaneamente são os que mais se beneficiam. Entretanto na metanálise esse resultado não foi expressivo, não se podendo concluir melhora nos desfechos estudados. O ensaio clínico controlado randomizado do tipo crossover realizado com 14 pacientes DPOC apontou aumento dos volumes com a utilização da RFL em todos os compartimentos torácicos (parede torácica, caixa torácica pulmonar, caixa torácica abdominal e abdômen), tempo total do ciclo respiratório (Ttot) (p<0,0001), tempo inspiratório (Ti) (p=0.002) e tempo expiratório (Te) (p< 0.0001) com diminuição da frequência respiratória (f) (p< 0.0001) e razão Ti/Ttot (p=0,008). Não foram observadas diferenças nos Volumes Expiratórios Finais (VEF) de todos os compartimentos, entretanto foi achado um aumento nos Volumes Inspiratórios Finais (VIF) (p<0.0001). Não houve mudanças na mobilidade diafragmática. No teste Glittre-AVD verificou-se redução significativa da f com a utilização da RFL (p= 0,001). Em relação ao índice de dispnéia e fadiga, foi verificada diminuição na percepção de fadiga de membros superiores (Borg MMSS) (p=0,04).
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spelling BARROS, Marcely Kellyane Florençohttp://lattes.cnpq.br/4440512359628580http://lattes.cnpq.br/0714099533608131RESQUETI, Vanessa RegianeANDRADE, Armele Dornelas de2016-08-11T15:02:24Z2016-08-11T15:02:24Z2015-08-19https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17659ark:/64986/001300000gwb2A respiração freno labial (RFL) é muitas vezes utilizada espontaneamente para alívio da dispnéia em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A realização da técnica favorece a saída do ar dos pulmões com menor resistência, uma vez que induz pressões respiratórias na boca que previnem o colapso precoce das vias aéreas. A RFL tem sido associada à redução da hiperinsuflação dinâmica (HD), redução da frequência respiratória (f), melhora do volume corrente (VC) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). Por apresentar esses benefícios a utilização da técnica tem sido recomendada nos programas de reabilitação pulmonar durante o repouso, exercício e recuperação pós-exercício. Os efeitos na tolerância ao exercício têm sido estudados apenas com testes que utilizem caminhada, sem averiguar efeitos na fadiga de membros superiores (MMSS). Também não são encontrados estudosque apontemos benefícios da utilização da RFL na posição supina com inclinação 45º e seu impacto nos volumes pulmonares e mobilidade diafragmática. Sendo assim, esta dissertação teve como objetivos: 1) realizar uma revisão sistemática com metanálise averiguando os efeitos da RFL sobre a tolerância ao exercício e dispnéia nos pacientes com DPOC; 2) realizar um ensaio clínico para avaliar o efeito da RFL na posição supina a 45º sobre os volumes pulmonares e a mobilidade diafragmática e averiguar a tolerância ao exercício com o teste Glittre-AVD em pacientes com DPOC. A revisão sistemática mostrou que a grande maioria dos estudos concorda que os pacientes mais gravemente obstruídos e que não realizam a técnica da RFL espontaneamente são os que mais se beneficiam. Entretanto na metanálise esse resultado não foi expressivo, não se podendo concluir melhora nos desfechos estudados. O ensaio clínico controlado randomizado do tipo crossover realizado com 14 pacientes DPOC apontou aumento dos volumes com a utilização da RFL em todos os compartimentos torácicos (parede torácica, caixa torácica pulmonar, caixa torácica abdominal e abdômen), tempo total do ciclo respiratório (Ttot) (p<0,0001), tempo inspiratório (Ti) (p=0.002) e tempo expiratório (Te) (p< 0.0001) com diminuição da frequência respiratória (f) (p< 0.0001) e razão Ti/Ttot (p=0,008). Não foram observadas diferenças nos Volumes Expiratórios Finais (VEF) de todos os compartimentos, entretanto foi achado um aumento nos Volumes Inspiratórios Finais (VIF) (p<0.0001). Não houve mudanças na mobilidade diafragmática. No teste Glittre-AVD verificou-se redução significativa da f com a utilização da RFL (p= 0,001). Em relação ao índice de dispnéia e fadiga, foi verificada diminuição na percepção de fadiga de membros superiores (Borg MMSS) (p=0,04).The pursed lips breathing (PLB) is often spontaneously use for relief of dyspnea in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD). The performance of the technique favors the outflow of air from the lungs with a lower resistance, since it induces respiratory pressures in the mouth to prevent premature collapse of airways. The PLB has been linked to reduced dynamic hyperinflation (DH), reduced respiratory rate (rr) improvement of tidal volume (TV) and peripheral oxygen saturation (SpO2). By presenting these benefits using the technique has been recommended in pulmonary rehabilitation programs during rest, exercise and post-exercise recovery. The effects on exercise tolerance have been studied only to tests that use walk without ascertain effects on fatigue from upper limb. Nor are found estudosque's aim benefits of using RFL in the supine position with 45 ° inclination and its impact on lung volumes and diaphragmatic excursion. Thus, this work aimed to: 1) conduct a systematic review with meta-analysis ascertaining the effects of PLB on exercise tolerance and dyspnea in patients with COPD; 2) conduct a clinical trial to evaluate the effect of PLB in the supine position 45 on lung volumes and diaphragmatic mobility and assess exercise tolerance with Glittre-AVD test in patients with COPD. A systematic review showed that the vast majority of studies agree that the most severely obstructed patients and they do not realize the PLB technical spontaneously are the ones who benefit most. However meta-analysis in this result was not significant and can not be complete improvement in outcomes studied. The clinical trial with 14 patients COPD pointed increasing the volume with the use of PLB in all thoracic compartments (chest wall, pulmonary rib cage, abdominal rib cage and abdomen), total respiratory cycle (Ttot) (p <0, 0001), inspiratory time (Ti) (p = 0.002) and expiratory time (Te) (p <0.0001) with decreased respiratory rate (rr) (p <0.0001) and reason Ti / Ttot (p = 0.008). No differences were observed in expiratory volumes final (VEF) from all compartments, however was found an increase in inspiratory volumes final (VIF) (p <0.0001). There were no changes in diaphragmatic excursion. In Glittre-AVD test there was a significant reduction of f using the PLB (p = 0.001). Compared with the index of dyspnea and fatigue was observed decrease in the perception of fatigue from upper limb (p = 0.04).porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em FisioterapiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDoença Pulmonar Obstrutiva CrônicaMecânica respiratóriaPletismografiaDiafragmaMúsculos respiratóriosExercícios respiratóriosChronic Obstructive Pulmonary DiseaseRespiratory functionPlethysmographyDiaphragmRespiratory musclesBreathing exercisesEfeito da respiração fresno labial sobre volumes pulmonares, mobilidade diafragmática e tolerância ao exercício em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO - MARCELY KELLYANE FLORENÇO BARROS.pdf.jpgDISSERTAÇÃO - MARCELY KELLYANE FLORENÇO BARROS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1383https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17659/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20MARCELY%20KELLYANE%20FLOREN%c3%87O%20BARROS.pdf.jpg194687c937874929a05d5beea0df4b72MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO - MARCELY KELLYANE FLORENÇO BARROS.pdfDISSERTAÇÃO - MARCELY KELLYANE FLORENÇO BARROS.pdfapplication/pdf1908000https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17659/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20MARCELY%20KELLYANE%20FLOREN%c3%87O%20BARROS.pdf3adc6a18797e1222ccc8153fe1466b76MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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BARROS, Marcely Kellyane Florenço
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