Narradores do contemporâneo: jornalistas escritores e o livro-reportagem no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACIEL, Alexandre Zarate
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29836
Resumo: Esta tese é resultado de entrevistas qualitativas em profundidade com 10 jornalistas escritores de livros-reportagem e dois editores. Busca-se entender, a partir das conversas com os repórteres Adriana Carranca, Caco Barcellos, Daniela Arbex, Fernando Morais, Laurentino Gomes, Leonencio Nossa, Lira Neto, Rubens Valente, Ruy Castro e Zuenir Ventura, e com os editores Fernando Mangarielo, da Alfa-Omega e Otávio Costa, da Companhia das Letras, como os autores lidam com outro campo, o universo das editoras de livros, e com outras forças, como, por exemplo, as sanções judiciais que cercam o trabalho particular dos biógrafos. Esses jornalistas argumentam sobre as principais heranças do trabalho em redações, suas relações com o público imaginado e com o mercado editorial, os dilemas éticos, as vantagens de contar com um tempo maior de produção, mesmo que lidando com um volume considerável de documentos e depoimentos orais, e seus relacionamentos com os personagens e com a recuperação da memória. Na busca de luzes para essas e outras questões, foi preciso estar atento ao processo histórico do livro-reportagem no Brasil, às mudanças cruciais nas suas formas de produção e aos perfis profissionais dos jornalistas escritores. Os questionários semiestruturados foram guiados pela questão central que move a pesquisa: como esses autores pensam o campo do jornalismo a partir desse tipo de prática extensiva da reportagem em livros? Eles trabalham de forma mais individualizada e autônoma do que os profissionais que vivem rotinas hierarquizadas em redações, contam com tempo estendido para apuração e redação, concentram-se em universos temáticos específicos e lidam com o mercado editorial de livros, e não com o de jornais e revistas. Pela natureza do livro-reportagem, trabalham com assuntos menos “perecíveis”, posto que não empacotados como factuais. Diante dessas condições, esses jornalistas escritores encontram quais desafios no seu propósito de interpretação, enquadramento e narração da realidade? As entrevistas e o esteio teórico nos estudos do jornalismo pela perspectiva construtivista interacionista permitiram compreender as motivações e os valores desses profissionais. As suas rotinas produtivas apresentam características específicas. Embora, como jornalistas, esses escritores continuem comungando das mesmas técnicas de entrevistas com fontes orais e organização de material documental, estas e outras práticas, por vezes aparecem reconfiguradas no processo de produção do livro-reportagem. A partir de suas vozes é possível entender melhor seu ethos, ou seja, seu modo de ser e estar no jornalismo contemporâneo brasileiro.
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Esses jornalistas argumentam sobre as principais heranças do trabalho em redações, suas relações com o público imaginado e com o mercado editorial, os dilemas éticos, as vantagens de contar com um tempo maior de produção, mesmo que lidando com um volume considerável de documentos e depoimentos orais, e seus relacionamentos com os personagens e com a recuperação da memória. Na busca de luzes para essas e outras questões, foi preciso estar atento ao processo histórico do livro-reportagem no Brasil, às mudanças cruciais nas suas formas de produção e aos perfis profissionais dos jornalistas escritores. Os questionários semiestruturados foram guiados pela questão central que move a pesquisa: como esses autores pensam o campo do jornalismo a partir desse tipo de prática extensiva da reportagem em livros? Eles trabalham de forma mais individualizada e autônoma do que os profissionais que vivem rotinas hierarquizadas em redações, contam com tempo estendido para apuração e redação, concentram-se em universos temáticos específicos e lidam com o mercado editorial de livros, e não com o de jornais e revistas. Pela natureza do livro-reportagem, trabalham com assuntos menos “perecíveis”, posto que não empacotados como factuais. Diante dessas condições, esses jornalistas escritores encontram quais desafios no seu propósito de interpretação, enquadramento e narração da realidade? As entrevistas e o esteio teórico nos estudos do jornalismo pela perspectiva construtivista interacionista permitiram compreender as motivações e os valores desses profissionais. As suas rotinas produtivas apresentam características específicas. Embora, como jornalistas, esses escritores continuem comungando das mesmas técnicas de entrevistas com fontes orais e organização de material documental, estas e outras práticas, por vezes aparecem reconfiguradas no processo de produção do livro-reportagem. A partir de suas vozes é possível entender melhor seu ethos, ou seja, seu modo de ser e estar no jornalismo contemporâneo brasileiro.CAPESThis thesis is a result of in-depth qualitative interviews with 10 journalist-writers and two editors. From the conversations with the reporters Adriana Carranca, Caco Barcellos, Daniela Arbex, Fernando Morais, Laurentino Gomes, Leonencio Nossa, Lira Neto, Rubens Valente, Ruy Castro and Zuenir Ventura and with the editors Fernando Mangarielo, from Alfa-Omega Publisher Company and Otávio Costa, from Companhia das Letras Publisher Company, it aims to understand how journalist-writers, who writes nonfictional novels, deal with a different field: the publishing universe of the book publishers. And also with other forces, such as judicial sanctions which surrounded the private work of biographers. These journalists argue about the main legacies of editorial officies, their relationship with the public from their imagination and with the publishing market, ethical dilemas, advantages of having a longer production time, even if dealing with a considerable volume of documents and oral testimonials, and also their relationship with the characters and the rescue of memory. In search of bringing to light these and other issues, it was necessary to be attentive to the historical process of the non-fictional novels published in Brazil, from the crucial changes in its forms of production to the professional profiles of the journalist-writers. The semi-structured questionnaires were guided by the central question that moves the research: How do these authors think the field of journalism from this type of extensive practice of the journalism reporting in books? Journalist-writers work in a more individualized and autonomous way than the professionals who live hierarchical work relations routines inside the editorial officies. These profissional count on extended time for verification and writing. They focus on specific thematic universes and deal with the book publishing market, but not with the newspaper and magazine market. According to the nature of the nonfictional novels, they also work with less "perishable" issues, though they are not packaged as factual. Given these conditions, do these journalist-writers find what challenges in their purpose of interpretation, could be these actions considered framing and narration of reality? The interviews and the theoretical underpinning in the journalism studies through the constructivist perspective of interactionism allowed to understand the motivations and the values of these professionals. In addition, their productive routines have specific characteristics. Although, as journalists, these writers continue to share the same techniques of interviewing oral sources and organizing documentary material, these and other practices sometimes appear reconfigured in the production process of the nonfictional novel. From their voices, it is possible to better understand their ethos, in other words, their way to be in the contemporary Brazilian journalism.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em ComunicacaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLivroReportagemJornalismoAutonomiaCampo editorialNarradores do contemporâneo: jornalistas escritores e o livro-reportagem no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Alexandre Zarate Maciel.pdf.jpgTESE Alexandre Zarate Maciel.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1228https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29836/5/TESE%20Alexandre%20Zarate%20Maciel.pdf.jpgc14e9310b0eadf0852e3e3c326a9f6a7MD55ORIGINALTESE Alexandre Zarate Maciel.pdfTESE Alexandre Zarate Maciel.pdfapplication/pdf1865613https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29836/1/TESE%20Alexandre%20Zarate%20Maciel.pdf2be95c10d7afdc6981da1d0f8ae99ae4MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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