Agricultura de corte-e-queima e a regeneração da floresta seca da Caatinga : implicações para resiliência ecológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUSA, Jakelyne Suélen Bezerra de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50375
Resumo: Os ecossistemas florestais estão cada vez mais ameaçados por atividades agrícolas insustentáveis que enfraquecem seu potencial regenerativo ao limitar fontes críticas de regeneração florestal, como o banco e a chuva de sementes. Este pode ser o caso da agricultura de corte-e-queima, um método agrícola amplamente difundido em florestas secas e que pode ameaçar a resiliência dos ecossistemas florestais ao reduzir o tamanho e a diversidade das comunidades de espécies no banco e na chuva de sementes. Para testar essa hipótese e promover práticas de manejo voltadas para a melhoria da recuperação florestal, nesta tese examinei, por meio de um experimento de agricultura de corte-e-queima, como essa prática agrícola impacta o banco e a chuva de sementes de plantas lenhosas na floresta da Caatinga, uma floresta tropical seca do nordeste do Brasil. Especificamente, 1) examinei os danos e viabilidade do banco de sementes, e a estrutura (densidade e diversidade) e composição (taxonômica e funcional) das assembleias do banco de sementes antes e depois da queima, e 2) a estrutura e composição da chuva de sementes em parcelas expostas à agricultura de corte-e-queima (ou seja, parcelas queimadas) e em parcelas de controle (floresta em pé) durante um período de um ano. Encontrei uma redução significativa na frequência e proporção de sementes intactas (não danificadas) após o fogo e uma diminuição de 3,6 vezes na proporção de sementes viáveis no banco de sementes. Enquanto a densidade de sementes permaneceu constante, a diversidade de espécies caiu drasticamente após o fogo, especialmente o número de espécies raras. A dissimilaridade composicional (diversidade β) entre as parcelas também diminuiu após o fogo, particularmente seu componente de substituição, levando à homogeneização das assembleias de sementes no espaço. A composição funcional das assembleias de sementes também foi alterada, aumentando a frequência relativa de espécies arbustivas após o fogo, especialmente espécies com frutos carnosos e dispersão biótica. Em relação à chuva de sementes, a densidade de propágulos foi reduzida 15 vezes nas parcelas queimadas em comparação com as parcelas florestais. A diversidade de espécies, particularmente o número de espécies raras, diminuiu nas parcelas queimadas. Finalmente, nenhuma diferença foi observada na composição taxonômica e funcional das assembleias de espécies na chuva de sementes. Dado que esses achados revelam um drástico empobrecimento do banco e da chuva de sementes em resposta a essa prática agrícola, a regeneração da Caatinga e provavelmente de outras florestas secas dependerá em grande parte de outras fontes de regeneração menos vulneráveis a essa prática agrícola como a rebrota de plantas - uma interessante linha de investigação para o futuro.
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Este pode ser o caso da agricultura de corte-e-queima, um método agrícola amplamente difundido em florestas secas e que pode ameaçar a resiliência dos ecossistemas florestais ao reduzir o tamanho e a diversidade das comunidades de espécies no banco e na chuva de sementes. Para testar essa hipótese e promover práticas de manejo voltadas para a melhoria da recuperação florestal, nesta tese examinei, por meio de um experimento de agricultura de corte-e-queima, como essa prática agrícola impacta o banco e a chuva de sementes de plantas lenhosas na floresta da Caatinga, uma floresta tropical seca do nordeste do Brasil. Especificamente, 1) examinei os danos e viabilidade do banco de sementes, e a estrutura (densidade e diversidade) e composição (taxonômica e funcional) das assembleias do banco de sementes antes e depois da queima, e 2) a estrutura e composição da chuva de sementes em parcelas expostas à agricultura de corte-e-queima (ou seja, parcelas queimadas) e em parcelas de controle (floresta em pé) durante um período de um ano. Encontrei uma redução significativa na frequência e proporção de sementes intactas (não danificadas) após o fogo e uma diminuição de 3,6 vezes na proporção de sementes viáveis no banco de sementes. Enquanto a densidade de sementes permaneceu constante, a diversidade de espécies caiu drasticamente após o fogo, especialmente o número de espécies raras. A dissimilaridade composicional (diversidade β) entre as parcelas também diminuiu após o fogo, particularmente seu componente de substituição, levando à homogeneização das assembleias de sementes no espaço. A composição funcional das assembleias de sementes também foi alterada, aumentando a frequência relativa de espécies arbustivas após o fogo, especialmente espécies com frutos carnosos e dispersão biótica. Em relação à chuva de sementes, a densidade de propágulos foi reduzida 15 vezes nas parcelas queimadas em comparação com as parcelas florestais. A diversidade de espécies, particularmente o número de espécies raras, diminuiu nas parcelas queimadas. Finalmente, nenhuma diferença foi observada na composição taxonômica e funcional das assembleias de espécies na chuva de sementes. Dado que esses achados revelam um drástico empobrecimento do banco e da chuva de sementes em resposta a essa prática agrícola, a regeneração da Caatinga e provavelmente de outras florestas secas dependerá em grande parte de outras fontes de regeneração menos vulneráveis a essa prática agrícola como a rebrota de plantas - uma interessante linha de investigação para o futuro.FACEPEForest ecosystems are increasingly threatened by unsustainable agricultural activities that damage their regenerative potential by disrupting critical sources of forest regeneration, such as the seed bank and seed rain. This can be the case for slash- and-burn agriculture – a farming method that is widespread in dry forests and which can threaten the resilience of forest ecosystems, largely reducing the size of the soil seed bank and seed rain species communities, while favoring regeneration based on plant resprout. To test this hypothesis and promote management practices aimed at improving forest recovery, in this thesis I examined, through a slash-and-burn agriculture experiment, how this agricultural practice impacts the seed bank and seed rain of plants woody plants in the dry tropical Caatinga forest of northeastern Brazil. Particularly, 1) I examined the damage and viability of the seed bank, and the structure (density and diversity) and composition (taxonomic and functional) of the seed bank assemblages before and after the fire, and 2) the structure and composition of the seed rain in plots exposed to slash-and-burn agriculture (i.e. burned plots) and in control plots (forest stands) over a period of one year. I found a significant reduction in the frequency and proportion of intact (undamaged) seeds after fire, and a 3.6-fold decrease in the proportion of viable seeds of the soil seed bank. While seed density remained constant, species diversity declined dramatically after the fire, especially the number of rare species. The compositional dissimilarity (β-diversity) between plots also decreased after the fire, particularly its turnover component, causing the homogenization of seed assemblages across space. The functional composition of seed assemblages was also altered, with the relative frequency of shrub species increasing after fire, especially species with fleshy fruits and biotic dispersion. Regarding to seed rain, the density of propagules was reduced by 15 times in burned plots when compared to forest plots. Species diversity, particularly the number of rare species, decreased in burned plots. Finally, no difference was observed regarding the composition and functional of the seed rain assemblages. Thus, these findings reveal a drastic impoverishment of the bank and seed rain to this common agricultural practice in dry forests, the regeneration of the Caatinga and probably other dry forests cannot rest on the seed bank and seed rain and will largely depend by other regeneration sources less vulnerable to this agricultural practice, such as plant resprout – an interesting line of research for the future. These findings have important implications for the management and resilience potential of dry forests and for the conservation of biodiversity and provision of ecosystem services in human-modified landscapes.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPotencial regenerativoBanco de sementesChuva de sementesAgricultura de subsistênciaDiversidade taxonômicaAgricultura de corte-e-queima e a regeneração da floresta seca da Caatinga : implicações para resiliência ecológicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Jakelyne Suélen Bezerra de Sousa.pdfTESE Jakelyne Suélen Bezerra de Sousa.pdfapplication/pdf12052428https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/50375/1/TESE%20Jakelyne%20Su%c3%a9len%20Bezerra%20de%20Sousa.pdf1202c230fb176fe9d8794ee11c0007c3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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