Atividade antimicrobiana de terpenos e antibióticos convencionais e suas associações frente klebsiella pneumoniae produtoras de carbapenemase

• Autor(a) principal: LIMA, Raissa Ximenes
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32889
• topic: Carbapenemase; Terpenos; Enterobacteriaceae

A prevalência de Klebsiella pneumoniae produtoras de carbapenemase (KPC) aumentou na última década, principalmente em ambiente hospitalar. Essas bactérias causam infecções graves e são resistentes a vários antibióticos, incluído ß-lactâmicos e carbapenêmicos. As taxas de mortalidade são elevadas e a terapia é limitada ao uso de aminoglicosídeos, tigeciclina e polimixinas. Devido ao aumento da resistência microbiana a múltiplos fármacos, as pesquisas para aplicar novas terapias e obter novos fármacos são necessárias. Os compostos de origem natural representam uma fonte importante na obtenção de substâncias com atividades biológicas. Desta forma, o primeiro objetivo deste estudo foi avaliar pelo método de microdiluição em caldo, a atividade antimicrobiana de terpenos (citral, linalol e eucaliptol) e antimicrobianos convencionais (amicacina, gentamicina, tigeciclina e polimixina B) contra nove isolados clínicos de K. pneumoniae. Em seguida, com o terpeno mais eficaz foram avaliadas as interações terpenos/antimicrobianos através do ensaio do checkerboard. Para isso foram utilizados os valores do Índice de concentração fracionada (ICIF) classificando assim as associações em sinérgicas, aditivas, indiferentes ou antagônicas. A detecção fenotípica e genotípica para a produção da carbapenemase também foram objetivadas. Todas as cepas foram positivas para a presença da carbapenemase detectada através do teste de Hodge. Apenas Klebsiella pneumoniae ATCC 700603 e LFBM 07 não expressaram o gene blaKPC. Dentre os terpenos avaliados o linalol foi mais eficaz, apresentando valores da CIM igual a 512 μg/mL. As combinações linalol com os agentes antimicrobianos foram sinérgicas para todas as cepas avaliadas, cujos ICIF variaram de 0,16 a 0,31. A associação linalol-tigeciclina (CIFI 0,16) mostrou ser a mais eficaz dentre as demais, com redução percentual da CIM 87,5% e 96,8% para linalol e tigeciclina, respectivamente. Esse estudo mostrou que o linalol quando combinado a aminoglicosídeos, polimixina B e tigeciclina apresentam efeito sinérgico, inibindo as cepas de K. pneumoniae produtoras de carbapenemase.