A aventura do comércio informal no Recife
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13177 |
Resumo: | Esta tese tem como objeto de pesquisa o comércio informal de mercadorias, o qual está inserido num conjunto bem mais amplo e heterogêneo de atividades usualmente conhecidas como atividades informais. Também conhecido como comércio de rua e comércio ambulante, ele está incorporado à paisagem do centro do Recife e vem sendo de há muito investigado sob as lentes das teorias econômicas, sem considerar suficientemente as histórias específicas de cada lugar, que fazem os mecanismos sociais apresentarem características universais, mas assumirem formas peculiares a cada cultura. Ousamos, aqui, trocar de lentes. O objetivo central do estudo é analisar as motivações e as estratégias– os jeitinhos – utilizadas por comerciantes informais fixos que atuam no Centro Expandido do Recife para enfrentarem os diversos obstáculos impostos à sua atividade. Para tanto, partimos da hipótese de que o comércio informal do Centro Expandido do Recife tem razões que ultrapassam os domínios da economia, e, ainda que se tente explicá-lo no contexto do processo capitalista periférico, as suas raízes estão fincadas na nossa formação social, que incitou o desenvolvimento de uma sociedade na qual a busca por autonomia surge como uma necessidade e, com o passar do tempo, se cristaliza num ideal de vida no qual não se depende dos outros para sobreviver. A concretização desse ideal é possível graças ao chamado “jeitinho brasileiro”, interpretado como um elemento característico da identidade nacional. A tese nasceu de pressupostos de autores – Sérgio Buarque de Holanda e Roberto DaMatta – que procuraram explicar as marcas sociais do Brasil, e buscou apoio teórico-metodológico na Sociologia Disposicionalista de Pierre Bourdieu e Bernard Lahire, recorrendo principalmente aos conceitos de habitus e disposições. À luz do pensamento de teóricos que se dedicaram aos estudos relacionados a espaço, território e lugar, e tendo como material de análise os dados das entrevistas realizadas, procuramos também apreender se os lugares ocupados pelos comerciantes informais contêm algum sentido especial para eles, ou se representam simplesmente o território no qual conseguem assegurar a sua sobrevivência material. No percurso metodológico para chegarmos a esses resultados, fizemos uso de metodologias quantitativas e qualitativas, as quais incluíram levantamentos de fontes históricas, sistematização de dados primários, entrevistas semiestruturadas com comerciantes informais (com base em uma amostra previamente calculada), e entrevistas em profundidade com um grupo menor de comerciantes informais selecionados. Ao final do estudo, buscamos justificar por que adjetivamos os nossos entrevistados de “cordiais, trabalhadores e aventureiros”. E ao evidenciarmos as razões pelas quais essas pessoas ingressaram no comércio informal e insistem em nele permanecer, nós entendemos haver confirmado a hipótese que fez nascer esta tese. |
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