Diversidade taxonômica e biogeografia de Orchidaceae na floresta de terras baixas no norte da floresta atlântica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MOREIRA, Luiz Henrique Liberato
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/00130000102g8
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44854
Resumo: A floresta de terras baixas, conhecida também como floresta de tabuleiro, é a formação vegetal predominante no domínio da Mata Atlântica no Nordeste do Brasil. Nesta, o relevo é plano ou superficialmente ondulado e a vegetação apresenta um mosaico de floresta e manchas de savana onde o solo é mais arenoso. Considerando que a diversidade de Orchidaceae na Mata Atlântica está ameaçada pela fragmentação florestal, principalmente na porção norte do bioma, realizamos um inventário das espécies de Orchidaceae presentes nas florestas de tabuleiro no trecho entre o Rio Grande do Norte e o sul de Pernambuco. Foi nosso objetivo, além de inventariar as espécies, discutir a riqueza e o padrão de distribuição geográfica das espécies identificadas, buscando verificar se existe um gradiente de diversidade latitudinal de Orchidaceae nesta região. Para tanto, foram revisados os espécimes depositados em sete herbários regionais e realizadas expedições de campo para coleta e observações em quatro Unidades de Conservação na região. Informações sobre a distribuição geográfica das espécies foram extraídas de etiquetas dos espécimes analisados, revisões taxonômicas e informações disponíveis online. Um banco de dados com as coordenadas geográficas de todas as coletas realizadas no Brasil das espécies identificadas na área de estudos, foi organizado. Com base neste, foram elaborados mapas de distribuição das espécies no Brasil, utilizando-se o programa QGIS. A riqueza e a diversidade regional foram avaliadas em quadrículas de 0.5° × 0.5°, usando o programa DIVA-GIS. Uma análise de similaridade florística entre províncias biogeográficas, foi realizada a partir de uma matriz de ausência (0) e presença (1), utilizando-se o programa PAST, sendo as comparações feitas por meio do índice de Jaccard (SJ). Foram identificadas na área de estudos 65 espécies pertencentes a 36 gêneros reunidos nas subfamílias Epidendroideae (44 espécies), Orchidoideae (16) e Vanilloideae (5). Os gêneros mais diversos foram Epidendrum L. e Habenaria Willd., com 8 e 7 espécies respectivamente. Espécies nativas representaram 96 % do total observado, sendo 27 % endêmicas do Brasil. Predominam espécies epífitas (35) e terrícolas (27), sendo apenas três hemiepífitas. Indicamos 14 novos registros de ocorrência de espécies para o Rio Grande do Norte, dois para a Paraíba e um para Pernambuco. As espécies estudadas apresentaram três padrões de distribuição geográfica no Brasil: amplo, restrito e disjunto. Foi observado um aumento tanto na riqueza quanto no esforço amostral da família, na área de estudos, no sentido norte-sul.
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Considerando que a diversidade de Orchidaceae na Mata Atlântica está ameaçada pela fragmentação florestal, principalmente na porção norte do bioma, realizamos um inventário das espécies de Orchidaceae presentes nas florestas de tabuleiro no trecho entre o Rio Grande do Norte e o sul de Pernambuco. Foi nosso objetivo, além de inventariar as espécies, discutir a riqueza e o padrão de distribuição geográfica das espécies identificadas, buscando verificar se existe um gradiente de diversidade latitudinal de Orchidaceae nesta região. Para tanto, foram revisados os espécimes depositados em sete herbários regionais e realizadas expedições de campo para coleta e observações em quatro Unidades de Conservação na região. Informações sobre a distribuição geográfica das espécies foram extraídas de etiquetas dos espécimes analisados, revisões taxonômicas e informações disponíveis online. Um banco de dados com as coordenadas geográficas de todas as coletas realizadas no Brasil das espécies identificadas na área de estudos, foi organizado. Com base neste, foram elaborados mapas de distribuição das espécies no Brasil, utilizando-se o programa QGIS. A riqueza e a diversidade regional foram avaliadas em quadrículas de 0.5° × 0.5°, usando o programa DIVA-GIS. Uma análise de similaridade florística entre províncias biogeográficas, foi realizada a partir de uma matriz de ausência (0) e presença (1), utilizando-se o programa PAST, sendo as comparações feitas por meio do índice de Jaccard (SJ). Foram identificadas na área de estudos 65 espécies pertencentes a 36 gêneros reunidos nas subfamílias Epidendroideae (44 espécies), Orchidoideae (16) e Vanilloideae (5). Os gêneros mais diversos foram Epidendrum L. e Habenaria Willd., com 8 e 7 espécies respectivamente. Espécies nativas representaram 96 % do total observado, sendo 27 % endêmicas do Brasil. Predominam espécies epífitas (35) e terrícolas (27), sendo apenas três hemiepífitas. Indicamos 14 novos registros de ocorrência de espécies para o Rio Grande do Norte, dois para a Paraíba e um para Pernambuco. As espécies estudadas apresentaram três padrões de distribuição geográfica no Brasil: amplo, restrito e disjunto. Foi observado um aumento tanto na riqueza quanto no esforço amostral da família, na área de estudos, no sentido norte-sul.CAPESLowland forests, also known as tabuleiro forests are the predominant physiognomy in the Atlantic Coastal Forest in northeastern Brazil. In this, the relief is flat or superficially wavy and the vegetation presents a mosaic of forest and savanna pockets where the soil is more sandy. Considering that the diversity of Orchidaceae in the Atlantic Forest is threatened by forest fragmentation, mainly in the northern portion of the biome, we present a survey of the family species present in lowland forests located between the states of Rio Grande do Norte and Pernambuco. In addition to knowing the species, it was our objective to discuss the richness and geographic distribution patterns of the species identified, seeking to verify whether there is a gradient of latitudinal diversity of Orchidaceae in this region. We examined specimens from seven regional herbaria and undertook field collecting expeditions to four conservation units in the region. The geographic distribution information of the species was extracted from labels of the analyzed specimens, taxonomic reviews, and information available online. A geographic database, with all records from Brazil of the species identified in the study area, was developed. Species distribution maps were prepared in the QGIS. We evaluated regional richness and diversity in 0.5 ° × 0.5 ° grids, using the DIVA-GIS. A floristic analysis of similarity between biogeographic provinces was made using PAST, based on an absence (0) and presence (1) matrix, and using the Jaccard index (SJ). 65 species in 36 genera were identified in the study area, gathered in subfamilies Epidendroideae (44 species), Orchidoideae (16), and Vanilloideae (5). The most diverse genera were Epidendrum L. and Habenaria Willd., with 8 and 7 species, respectively. Native species represented 96 % of the total observed, 27 % of which are endemic to Brazil. Epiphytic (35) and terrestrial (27) species predominate, with only three hemiepiphytes. We registered 14 new species occurrence records for Rio Grande do Norte, two for Paraíba, and one for Pernambuco. The studied species showed three patterns of geographic distribution in Brazil; broad, restricted, and disjunct. There was an increase in both richness and sampling effort of the family, in the study area, in the north-south direction.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessBiologia vegetalMata atlânticaBotânica (Classificação)Diversidade taxonômica e biogeografia de Orchidaceae na floresta de terras baixas no norte da floresta atlânticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTDISSERTAÇÃO Luiz Henrique Liberato Moreira.pdf.txtDISSERTAÇÃO Luiz Henrique Liberato Moreira.pdf.txtExtracted texttext/plain328058https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44854/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Luiz%20Henrique%20Liberato%20Moreira.pdf.txteb61bb0fdd4592ae226c48c22400502dMD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Luiz Henrique Liberato Moreira.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Luiz Henrique Liberato Moreira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1190https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44854/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Luiz%20Henrique%20Liberato%20Moreira.pdf.jpgdcb7a787fdc6de195164ea69e6612acaMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Luiz Henrique Liberato Moreira.pdfDISSERTAÇÃO Luiz Henrique Liberato Moreira.pdfapplication/pdf2347724https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44854/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Luiz%20Henrique%20Liberato%20Moreira.pdf1ff5c1129ae1159bdf122b890bc4ab26MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44854/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44854/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53123456789/448542022-06-28 02:21:53.318oai:repositorio.ufpe.br:123456789/44854VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-06-28T05:21:53Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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