Estresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebrais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
dARK ID: | ark:/64986/0013000014mdm |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32763 |
Resumo: | Distúrbios do comportamento alimentar têm se tornado um fardo para a saúde em todo o mundo. Eventos estressores no início da vida têm sido associados com o desenvolvimento desses distúrbios. Estudos em roedores têm demonstrado que a separação materna entre mães e filhotes durante as primeiras duas semanas de vida é um evento traumático que impacta o comportamento alimentar e sistemas de neurotransmissores na vida adulta. Assim, o presente trabalho objetivou investigar, em ratos, machos e fêmeas, os efeitos da separação materna na lactação sobre parâmetros do comportamento alimentar homeostático e hedônico. Os animais foram separados de suas mães, diariamente, durante as duas primeiras semanas de vida por 3 ou 6h, caracterizando os grupos controle (C) e separado (S) e os parâmetros avaliados foram distribuídos em 3 experimentos. No experimento 1 foram avaliados, em machos, o consumo alimentar após estresse, a preferência alimentar segundo a fase de luminosidade, a ansiedade experimental, o consumo alimentar de 24h e em resposta à fluoxetina. No experimento 2 foram avaliados, em fêmeas, o consumo alimentar de 24h, a Sequência Comportamental de Saciedade (SCS) e a expressão gênica dos receptores serotoninérgicos 5ht1b e 5ht2c e do transportador (Sert). No experimento 3 foram avaliados, em machos e fêmeas, separados na fase clara ou escura, a ingestão de dieta palatável e a expressão gênica dos receptores dopaminérgicos Drd1a e Drd2a. Os resultados obtidos no experimento 1 demonstram que a separação materna aumenta o consumo de alimento palatável após estresse agudo (C (Dia3): 0,59 ± 0,49 vs S (Dia 3): 1,09 ± 0,56, p<0,05) e diminue a ingestão de dieta padrão durante o estresse crônico (Dia 19: C: 26,73 ± 4,20 vs S: 22,20 ± 2,94, p<0,05), aumenta a preferência por uma dieta palatável na fase escura no período de adaptação a esta (C: 22,48 ± 15,97 vs S: 33,99 ± 10,09, n=12-14, p<0,05), aumenta a ansiedade no labirinto em cruz elevado (tempo nos braços abertos - C: 75,07 ± 32,58 vs S: 24 ± 29,98, p<0,001) e promove resistência à ação anorética da fluoxetina (S (Jejum): 1,58 ± 0,27 vs S(Jejum+Fluox): 1,28 ± 0,5). No experimento 2 foi demonstrado que a separação materna antecipa o ponto de saciedade em fêmeas aos 365 dias de vida associado à menor ingestão alimentar (C: 5.11±1,15 vs S: 2.42±0.85, p<0,01), menor duração (minutos) (C: 19.38±4,5 vs S: 10.31±3,95, p<0,001) e tamanho da refeição (Kcal/Kg peso corporal) (C: 56.19±14.59 vs S: 28.80±10.78, p<0,05) e maior expressão do 5ht1b (C: 1,00 ± 0,11 vs S: 1,96 ± 0,40). No experimento 3 foi demonstrado que a separação materna aumenta o consumo de dieta palatável em ambos os sexos, independente da fase de luminosidade em que a separação ocorre, mas promove aumento da expressão do Drd1a e do Drd2a apenas em machos separados na fase escura (dados publicados). Assim, pode-se concluir que a separação materna prejudica o comportamento alimentar em longo prazo e que essas alterações comportamentais estão associadas à hiperexpressão de receptores de monoaminas cerebrais. |
id |
UFPE_fab4d45d5d88d315a2eab24af3795626 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/32763 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
SOUZA, Julliet Araújo dehttp://lattes.cnpq.br/9108147550537434http://lattes.cnpq.br/0534971650552749SOUZA, Sandra Lopes deSILVA, Matilde Cesiana da2019-09-12T20:14:19Z2019-09-12T20:14:19Z2018-03-01https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32763ark:/64986/0013000014mdmDistúrbios do comportamento alimentar têm se tornado um fardo para a saúde em todo o mundo. Eventos estressores no início da vida têm sido associados com o desenvolvimento desses distúrbios. Estudos em roedores têm demonstrado que a separação materna entre mães e filhotes durante as primeiras duas semanas de vida é um evento traumático que impacta o comportamento alimentar e sistemas de neurotransmissores na vida adulta. Assim, o presente trabalho objetivou investigar, em ratos, machos e fêmeas, os efeitos da separação materna na lactação sobre parâmetros do comportamento alimentar homeostático e hedônico. Os animais foram separados de suas mães, diariamente, durante as duas primeiras semanas de vida por 3 ou 6h, caracterizando os grupos controle (C) e separado (S) e os parâmetros avaliados foram distribuídos em 3 experimentos. No experimento 1 foram avaliados, em machos, o consumo alimentar após estresse, a preferência alimentar segundo a fase de luminosidade, a ansiedade experimental, o consumo alimentar de 24h e em resposta à fluoxetina. No experimento 2 foram avaliados, em fêmeas, o consumo alimentar de 24h, a Sequência Comportamental de Saciedade (SCS) e a expressão gênica dos receptores serotoninérgicos 5ht1b e 5ht2c e do transportador (Sert). No experimento 3 foram avaliados, em machos e fêmeas, separados na fase clara ou escura, a ingestão de dieta palatável e a expressão gênica dos receptores dopaminérgicos Drd1a e Drd2a. Os resultados obtidos no experimento 1 demonstram que a separação materna aumenta o consumo de alimento palatável após estresse agudo (C (Dia3): 0,59 ± 0,49 vs S (Dia 3): 1,09 ± 0,56, p<0,05) e diminue a ingestão de dieta padrão durante o estresse crônico (Dia 19: C: 26,73 ± 4,20 vs S: 22,20 ± 2,94, p<0,05), aumenta a preferência por uma dieta palatável na fase escura no período de adaptação a esta (C: 22,48 ± 15,97 vs S: 33,99 ± 10,09, n=12-14, p<0,05), aumenta a ansiedade no labirinto em cruz elevado (tempo nos braços abertos - C: 75,07 ± 32,58 vs S: 24 ± 29,98, p<0,001) e promove resistência à ação anorética da fluoxetina (S (Jejum): 1,58 ± 0,27 vs S(Jejum+Fluox): 1,28 ± 0,5). No experimento 2 foi demonstrado que a separação materna antecipa o ponto de saciedade em fêmeas aos 365 dias de vida associado à menor ingestão alimentar (C: 5.11±1,15 vs S: 2.42±0.85, p<0,01), menor duração (minutos) (C: 19.38±4,5 vs S: 10.31±3,95, p<0,001) e tamanho da refeição (Kcal/Kg peso corporal) (C: 56.19±14.59 vs S: 28.80±10.78, p<0,05) e maior expressão do 5ht1b (C: 1,00 ± 0,11 vs S: 1,96 ± 0,40). No experimento 3 foi demonstrado que a separação materna aumenta o consumo de dieta palatável em ambos os sexos, independente da fase de luminosidade em que a separação ocorre, mas promove aumento da expressão do Drd1a e do Drd2a apenas em machos separados na fase escura (dados publicados). Assim, pode-se concluir que a separação materna prejudica o comportamento alimentar em longo prazo e que essas alterações comportamentais estão associadas à hiperexpressão de receptores de monoaminas cerebrais.CAPESCNPqEating disorders have become a burden to health around the world. Stressful events in early life have been associated with the development of these disorders. Studies in rodents have shown that maternal separation between mothers and offspring during the first two weeks of life is a traumatic event that has impacts on eating behavior and neurotransmitter systems in adulthood. Thus, the present work aimed to investigate, in rats, males and females, the effects of maternal separation on lactation on parameters of the homeostatic and hedonic eating behavior. The animals were separated from their mothers daily during the first two weeks of life for 3 or 6 hours, characterizing the control (C) and separated (S) groups and the evaluated parameters were distributed in 3 experiments. In experiment 1, food consumption after stress, food preference according to the luminosity phase, experimental anxiety, food consumption of 24 hours and in response to fluoxetine were evaluated in males. In the experiment 2, 24 h food consumption, the Behavioral Satiety Sequence (BSS) and the gene expression of the serotonergic receptors 5ht1b and 5ht2c and the transporter (Sert) were evaluated in females. In experiment 3 the palatable dietary intake and the gene expression of the Drd1a and Drd2a dopamine receptors were evaluated in males and females, separated in the light or dark phase. The results obtained in experiment 1 demonstrate that maternal separation increases the consumption of palatable food after acute stress (C (Dia3): 0,59 ± 0,49 vs S (Dia 3) and decreases the standard diet intake during chronic stress (Dia 19: C: 26,73 ± 4,20 vs S: 22,20 ± 2,94, p<0,05), increases the preference for a palatable diet in the dark phase in its period of adaptation (C: 22,48 ± 15,97 vs S: 33,99 ± 10,09, n=12-14, p<0,05), increases anxiety in the elevated plus maze (time spent in the open arms - C: 75,07 ± 32,58 vs S: 24 ± 29,98, p<0,001) and promotes resistance to the anorectic action of fluoxetine (S (Fasting): 1,58 ± 0,27 vs S (Fasting+Fluox): 1,28 ± 0,5).In the experiment 2, it was shown that maternal separation anticipates the satiety point in females at 365 days of life associated to lower food intake (C: 5.11±1,15 vs S: 2.42±0.85, p<0,01), shorter duration of meal (minutes) (C: 19.38±4,5 vs S: 10.31±3,95, p<0,001) and meal size (Kcal / kg body weight) (C: 56.19±14.59 vs S: 28.80±10.78, p<0,05) and higher expression of 5ht1b (C: 1,00 ± 0,11 vs S: 1,96 ± 0,40). In the experiment 3, it was shown that maternal separation increases palatable dietary intake in both sexes, regardless of the luminosity phase in which the separation occurs, but it promotes an increase in the expression of Drd1a and Drd2a only in males separated in the dark phase (data published). Thus, it can be concluded that maternal separation impairs long-term eating behavior and that these behavioral changes are associated with overexpression of brain monoamine receptors.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em NutricaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLactaçãoComportamento alimentarSerotoninaDopaminaEstresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Julliet Araújo de Souza.pdf.jpgTESE Julliet Araújo de Souza.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1179https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/5/TESE%20Julliet%20Ara%c3%bajo%20de%20Souza.pdf.jpgc111a8781479a8be25b15675fb90f3d3MD55ORIGINALTESE Julliet Araújo de Souza.pdfTESE Julliet Araújo de Souza.pdfapplication/pdf3699692https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/1/TESE%20Julliet%20Ara%c3%bajo%20de%20Souza.pdf3de8e0d1fc28551963fb092854781dceMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTTESE Julliet Araújo de Souza.pdf.txtTESE Julliet Araújo de Souza.pdf.txtExtracted texttext/plain164162https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/4/TESE%20Julliet%20Ara%c3%bajo%20de%20Souza.pdf.txt5fe5deb786626931306fd8cb10f007cbMD54123456789/327632019-10-26 02:18:25.91oai:repositorio.ufpe.br:123456789/32763TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T05:18:25Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Estresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebrais |
title |
Estresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebrais |
spellingShingle |
Estresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebrais SOUZA, Julliet Araújo de Lactação Comportamento alimentar Serotonina Dopamina |
title_short |
Estresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebrais |
title_full |
Estresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebrais |
title_fullStr |
Estresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebrais |
title_full_unstemmed |
Estresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebrais |
title_sort |
Estresse perinatal: efeitos sobre o comportamento alimentar e sistemas de monoaminas cerebrais |
author |
SOUZA, Julliet Araújo de |
author_facet |
SOUZA, Julliet Araújo de |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9108147550537434 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0534971650552749 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SOUZA, Julliet Araújo de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
SOUZA, Sandra Lopes de |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
SILVA, Matilde Cesiana da |
contributor_str_mv |
SOUZA, Sandra Lopes de SILVA, Matilde Cesiana da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Lactação Comportamento alimentar Serotonina Dopamina |
topic |
Lactação Comportamento alimentar Serotonina Dopamina |
description |
Distúrbios do comportamento alimentar têm se tornado um fardo para a saúde em todo o mundo. Eventos estressores no início da vida têm sido associados com o desenvolvimento desses distúrbios. Estudos em roedores têm demonstrado que a separação materna entre mães e filhotes durante as primeiras duas semanas de vida é um evento traumático que impacta o comportamento alimentar e sistemas de neurotransmissores na vida adulta. Assim, o presente trabalho objetivou investigar, em ratos, machos e fêmeas, os efeitos da separação materna na lactação sobre parâmetros do comportamento alimentar homeostático e hedônico. Os animais foram separados de suas mães, diariamente, durante as duas primeiras semanas de vida por 3 ou 6h, caracterizando os grupos controle (C) e separado (S) e os parâmetros avaliados foram distribuídos em 3 experimentos. No experimento 1 foram avaliados, em machos, o consumo alimentar após estresse, a preferência alimentar segundo a fase de luminosidade, a ansiedade experimental, o consumo alimentar de 24h e em resposta à fluoxetina. No experimento 2 foram avaliados, em fêmeas, o consumo alimentar de 24h, a Sequência Comportamental de Saciedade (SCS) e a expressão gênica dos receptores serotoninérgicos 5ht1b e 5ht2c e do transportador (Sert). No experimento 3 foram avaliados, em machos e fêmeas, separados na fase clara ou escura, a ingestão de dieta palatável e a expressão gênica dos receptores dopaminérgicos Drd1a e Drd2a. Os resultados obtidos no experimento 1 demonstram que a separação materna aumenta o consumo de alimento palatável após estresse agudo (C (Dia3): 0,59 ± 0,49 vs S (Dia 3): 1,09 ± 0,56, p<0,05) e diminue a ingestão de dieta padrão durante o estresse crônico (Dia 19: C: 26,73 ± 4,20 vs S: 22,20 ± 2,94, p<0,05), aumenta a preferência por uma dieta palatável na fase escura no período de adaptação a esta (C: 22,48 ± 15,97 vs S: 33,99 ± 10,09, n=12-14, p<0,05), aumenta a ansiedade no labirinto em cruz elevado (tempo nos braços abertos - C: 75,07 ± 32,58 vs S: 24 ± 29,98, p<0,001) e promove resistência à ação anorética da fluoxetina (S (Jejum): 1,58 ± 0,27 vs S(Jejum+Fluox): 1,28 ± 0,5). No experimento 2 foi demonstrado que a separação materna antecipa o ponto de saciedade em fêmeas aos 365 dias de vida associado à menor ingestão alimentar (C: 5.11±1,15 vs S: 2.42±0.85, p<0,01), menor duração (minutos) (C: 19.38±4,5 vs S: 10.31±3,95, p<0,001) e tamanho da refeição (Kcal/Kg peso corporal) (C: 56.19±14.59 vs S: 28.80±10.78, p<0,05) e maior expressão do 5ht1b (C: 1,00 ± 0,11 vs S: 1,96 ± 0,40). No experimento 3 foi demonstrado que a separação materna aumenta o consumo de dieta palatável em ambos os sexos, independente da fase de luminosidade em que a separação ocorre, mas promove aumento da expressão do Drd1a e do Drd2a apenas em machos separados na fase escura (dados publicados). Assim, pode-se concluir que a separação materna prejudica o comportamento alimentar em longo prazo e que essas alterações comportamentais estão associadas à hiperexpressão de receptores de monoaminas cerebrais. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-03-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-09-12T20:14:19Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-09-12T20:14:19Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32763 |
dc.identifier.dark.fl_str_mv |
ark:/64986/0013000014mdm |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32763 |
identifier_str_mv |
ark:/64986/0013000014mdm |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/5/TESE%20Julliet%20Ara%c3%bajo%20de%20Souza.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/1/TESE%20Julliet%20Ara%c3%bajo%20de%20Souza.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32763/4/TESE%20Julliet%20Ara%c3%bajo%20de%20Souza.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
c111a8781479a8be25b15675fb90f3d3 3de8e0d1fc28551963fb092854781dce e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 bd573a5ca8288eb7272482765f819534 5fe5deb786626931306fd8cb10f007cb |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1815173001676587008 |