Abordagens bioquímicas e biotecnológicas dos peixes amazônicos pirarucu (Arapaimas gigas) e Tambaqui (Colossoma macropomum)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BEZERRA, Rosiely Felix
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13312
Resumo: A piscicultura é uma atividade promissora no mundo e principalmente no Brasil devido, sobretudo, a sua extensa malha hidrográfica. Entre as espécies nativas de destaque está o tambaqui, Colossoma macropomum.O pirarucu, Arapaima gigas, tem um grande potencial para fortalecer a piscicultura nacional nos próximos anos devido a características que o tornam importante para a piscicultura, tais como: grande resistência, alto valor de mercado, excelente sabor da carne e extraordinário desenvolvimento ponderal. O sistema de cultivo intensivo, usualmente praticado pelas pisciculturas industriais, é caracterizado pelas altas densidades de estocagem e elevado nível de arraçoamento, fatores que resultam em peixes susceptíveis à infecção e consequentemente perdas econômicas. Por esta razão o conhecimento do sistema imune em peixes é de grande importância para a piscicultura uma vez que possibilita a prevenção de doenças. O sistema imune dos peixes pode ser dividido em imunidade inata e adaptativa; a imunidade inata é considerada a mais importante no estudo de resistência a doenças em peixes. Entre as moléculas efetoras da imunidade inata estão as lectinas, proteínas ou glicoproteínas que ligam especificamente e de maneira reversível a mono, oligo ou polissacarídeos. Lectinas são importantes ferramentas biotecnológicas e têm sido isoladas dos mais diversos organismos, tais como, microrganismos, fungos superiores, liquens, plantas e animais. Essas proteínas têm sido purificadas de ovos, soro, muco da pele de várias espécies de peixes desempenhando importante papel na defesa contra microorganismos, processo de fertilização, embriogênese e morfogênese. Exposições dos peixes a diferentes estressores ambientais tem sido a principal causa de prejuízos na piscicultura. O efeito da variação de temperatura sazonal (estresse crônico) em indicadores secundários de estresse foi avaliado em pirarucus criados em cativeiro. Níveis séricos de glicose, triglicerídeos, colesterol total e frações bem como parâmetros de osmorregulação foram analisados; todos esses indicadores, com exceção da osmorregulação, mostraram diferenças sazonais em seus níveis sugerindo que alterações nos parâmetros metabólicos são extremamente importantes para a manutenção da homeostase do pirarucu submetidos a estresse crônico. O efeito de pluviosidade e temperatura sobre indicadores bioquímicos (atividade de lectina, atividades de lactato desidrogenase e fosfatase alcalina) e hematológicos (contagem total de células vermelhas do sangue, hematócrito, hemoglobina e índices hematimétricos de Wintrobe) de estresse bem como sobre o crescimento de A.gigas também foram analisados; este trabalho foi conduzido em três períodos (abril-julho 2010, agosto-novembro 2010 e, dezembro 2010 – março 2011) definidos de acordo com pluviosidade e temperatura médias. Todos os indicadores bioquímicos e hematológicos de estresse mostraram variações sazonais; o crescimento dos peixes foi alométrico positivo e os valores elevados do fator condição indicaram bom estado de salubridade no cultivo. Estes resultados reforçam a característica robusta do pirarucu e representam um ponto de partida para a compreensão da fisiologia do estresse durante o cultivo. O tambaqui é um peixe de grande importância econômica devido ao elevado padrão de crescimento, qualidade da carne e rusticidade. A primeira lectina do soro do tambaqui (ComaSeL) foi purificada e mostrou atividade antibacteriana para Gram-negativas. ComaSeL reconhece os carboidratos D-galactose, 1-O-methyl-D-galactopyranosídeo e D-fucose. Esta proteína foi estável em valores de pH entre 4,0 e 9,0 e perdeu 100% de sua atividade hemaglutinante (AH) a 70 °C. AH mostrou variação sazonal sendo maior no verão. Com estas informações novas ferramentas podem ser desenvolvidas para o melhor entendimento do papel das lectinas no sistema imune do tambaqui. Diferentes abordagens bioquímicas e biotecnológicas do pirarucu e tambaqui contribuem para o conhecimento biológico das espécies e também podem ser úteis na melhoria das técnicas que aumentam o sucesso da cultura e da produtividade em piscicultura.
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Por esta razão o conhecimento do sistema imune em peixes é de grande importância para a piscicultura uma vez que possibilita a prevenção de doenças. O sistema imune dos peixes pode ser dividido em imunidade inata e adaptativa; a imunidade inata é considerada a mais importante no estudo de resistência a doenças em peixes. Entre as moléculas efetoras da imunidade inata estão as lectinas, proteínas ou glicoproteínas que ligam especificamente e de maneira reversível a mono, oligo ou polissacarídeos. Lectinas são importantes ferramentas biotecnológicas e têm sido isoladas dos mais diversos organismos, tais como, microrganismos, fungos superiores, liquens, plantas e animais. Essas proteínas têm sido purificadas de ovos, soro, muco da pele de várias espécies de peixes desempenhando importante papel na defesa contra microorganismos, processo de fertilização, embriogênese e morfogênese. 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