A concepção da homossexualidade em textos jornalísticos: uma análise crítica da transitividade verbal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira de Melo, Iran
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7760
Resumo: A homossexualidade sempre amargou um estatuto de estigma e preconceito social durante toda a história do Ocidente, sendo, por muito tempo, identificada como uma orientação anormal quando comparada à heterossexualidade; ora vista como heresia, ora como desvio mental (GREEN; POLITO, 2004; TREVISAN, 2004). Contudo, devido à crescente luta a favor da liberdade de orientação sexual empreendida por vários homossexuais em todo mundo, os gays têm alcançado destaque social nas últimas décadas. Um dos principais espaços de visibilidade dos homossexuais é o jornal, pois é responsável por veicular notícias sobre as diversas ações afirmativas desse grupo. Em virtude disso, objetivamos verificar como a homossexualidade está representada no domínio jornalístico impresso nos últimos anos. Nossos dados compõem-se de notícias que versam sobre a Parada da Diversidade Sexual publicadas nos jornais de maior circulação do Estado de Pernambuco Diário de Pernambuco, Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio dos anos 2000 a 2006. Enquadrado na linha de pesquisa Análise Sócio-pragmática do Discurso, nosso estudo se apóia nas concepções teóricometodológicas da Lingüística Sistêmico-funcional desenvolvida por Michael Halliday (1970; 1985; 2004), a partir de seus postulados sobre a função ideacional da linguagem. Escolhemos como categoria de análise a transitividade verbal, que, conforme Halliday (1985; 2004), constitui um recurso propício para se investigar a representação social. Ou seja, os processos verbais usados pelos jornalistas e o tipo de papel que eles atribuem aos gays passivo ou ativo funcionam como recursos que constroem imagens sociais da homossexualidade. Nossos postulados teóricos estão pautados na concepção de que os textos/discursos são práticas efetivamente sociais, portanto fundamentamo-nos, ainda, na Análise Crítica do Discurso, especialmente nos estudos de Norman Fairclough (1989, 2001a, 2001b, 2003). Identificamos a forma como os gays são apresentados nos enunciados transitivos e interpretamos o seu valor num contexto social amplo. Analisamos enunciados com processos dos tipos materiais, verbais e mentais, ou seja, respectivamente, aqueles que indicam ações concretas sobre um objeto (mobilizar, montar), formas de elocução (falar, dizer) e atividades cognitivas ou sentimentos (calcular, desejar). A maioria de nossos dados revelou que os gays são apresentados como agentes, isto é, atores sociais que exercem atividades sobre outros, o que parece garantir-lhes imagem de autonomia social diante de sua história de marginalização. Contudo, essa identidade é limitada, pois isso ocorre, apenas, quando os gays praticam ações sobre os seus próprios contextos de atuação (por exemplo, os eventos que organizam). Em relação ao seu papel de objeto, meta ou beneficiário de ações, o contrário acontece: eles são sempre apresentados como pacientes de outrem, seja um indivíduo heterossexual ou alguma instituição desligada do seu contexto de atuação. Esses resultados indicam que os homossexuais vêm obtendo grande visibilidade social nos jornais, entretanto são representados muito mais no exercício de seus papéis passivos, ou ativos com várias limitações, do que em suas práticas efetivas de atuação social. Isso, para nós, implica a construção de uma imagem social de visibilidade muito maior que antes, mas, ainda, com baixo nível de atuação ou, como preconiza Fairclough (2003), inclusão social por meio do discurso
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Um dos principais espaços de visibilidade dos homossexuais é o jornal, pois é responsável por veicular notícias sobre as diversas ações afirmativas desse grupo. Em virtude disso, objetivamos verificar como a homossexualidade está representada no domínio jornalístico impresso nos últimos anos. Nossos dados compõem-se de notícias que versam sobre a Parada da Diversidade Sexual publicadas nos jornais de maior circulação do Estado de Pernambuco Diário de Pernambuco, Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio dos anos 2000 a 2006. Enquadrado na linha de pesquisa Análise Sócio-pragmática do Discurso, nosso estudo se apóia nas concepções teóricometodológicas da Lingüística Sistêmico-funcional desenvolvida por Michael Halliday (1970; 1985; 2004), a partir de seus postulados sobre a função ideacional da linguagem. Escolhemos como categoria de análise a transitividade verbal, que, conforme Halliday (1985; 2004), constitui um recurso propício para se investigar a representação social. Ou seja, os processos verbais usados pelos jornalistas e o tipo de papel que eles atribuem aos gays passivo ou ativo funcionam como recursos que constroem imagens sociais da homossexualidade. Nossos postulados teóricos estão pautados na concepção de que os textos/discursos são práticas efetivamente sociais, portanto fundamentamo-nos, ainda, na Análise Crítica do Discurso, especialmente nos estudos de Norman Fairclough (1989, 2001a, 2001b, 2003). Identificamos a forma como os gays são apresentados nos enunciados transitivos e interpretamos o seu valor num contexto social amplo. Analisamos enunciados com processos dos tipos materiais, verbais e mentais, ou seja, respectivamente, aqueles que indicam ações concretas sobre um objeto (mobilizar, montar), formas de elocução (falar, dizer) e atividades cognitivas ou sentimentos (calcular, desejar). A maioria de nossos dados revelou que os gays são apresentados como agentes, isto é, atores sociais que exercem atividades sobre outros, o que parece garantir-lhes imagem de autonomia social diante de sua história de marginalização. Contudo, essa identidade é limitada, pois isso ocorre, apenas, quando os gays praticam ações sobre os seus próprios contextos de atuação (por exemplo, os eventos que organizam). Em relação ao seu papel de objeto, meta ou beneficiário de ações, o contrário acontece: eles são sempre apresentados como pacientes de outrem, seja um indivíduo heterossexual ou alguma instituição desligada do seu contexto de atuação. Esses resultados indicam que os homossexuais vêm obtendo grande visibilidade social nos jornais, entretanto são representados muito mais no exercício de seus papéis passivos, ou ativos com várias limitações, do que em suas práticas efetivas de atuação social. 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