POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUER

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rochamonte, Catarina
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pensando
Texto Completo: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3371
Resumo: Longe de inferir uma diferença radical de natureza entre o processo de causalidade física e o processo de causalidade psíquica, Schopenhauer faz da possibilidade de analogia entre ambas o procedimento metodológico central da sua filosofia. Para Henri Bergson, entretanto, o distanciamento temporal entre causa e efeito é qualitativo e interpretado como um princípio de liberdade. De fato, contrariamente a Schopenhauer, a argumentação de Bergson vai no sentido de indicar a existência de uma causalidade psicológica enquanto força sui generis, incompatível tanto com a causalidade mecânica ou eficiente quanto com a causalidade inteligente ou finalista. Esse artigo tem o objetivo de demonstrar, a partir dos textos de Bergson, que, por mais que Schopenhauer insista na originalidade da etapa do seu método que interpreta a força através da vontade, ele, na verdade, interpreta a vontade através da força. Espera-se poder mostrar que embora haja em Schopenhauer uma tentativa de retorno ao imediato, esse retorno está corrompido por um “pensamento único” que se brindou em princípio com uma Vontade metafísica da qual se deduz todas as coisas, impedindo assim o filósofo alemão de seguir as verdadeiras ondulações do real.
id UFPI-1_79c1ecebd307c738b7b43a471cfaa296
oai_identifier_str oai:periodicos.ufpi.br:article/3371
network_acronym_str UFPI-1
network_name_str Pensando
repository_id_str
spelling POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUERForçacausalidadeduraçãoBergsonSchopenhauerLonge de inferir uma diferença radical de natureza entre o processo de causalidade física e o processo de causalidade psíquica, Schopenhauer faz da possibilidade de analogia entre ambas o procedimento metodológico central da sua filosofia. Para Henri Bergson, entretanto, o distanciamento temporal entre causa e efeito é qualitativo e interpretado como um princípio de liberdade. De fato, contrariamente a Schopenhauer, a argumentação de Bergson vai no sentido de indicar a existência de uma causalidade psicológica enquanto força sui generis, incompatível tanto com a causalidade mecânica ou eficiente quanto com a causalidade inteligente ou finalista. Esse artigo tem o objetivo de demonstrar, a partir dos textos de Bergson, que, por mais que Schopenhauer insista na originalidade da etapa do seu método que interpreta a força através da vontade, ele, na verdade, interpreta a vontade através da força. Espera-se poder mostrar que embora haja em Schopenhauer uma tentativa de retorno ao imediato, esse retorno está corrompido por um “pensamento único” que se brindou em princípio com uma Vontade metafísica da qual se deduz todas as coisas, impedindo assim o filósofo alemão de seguir as verdadeiras ondulações do real.EDUFPI2017-10-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/337110.26694/pensando.v8i15.3884PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA; Vol. 8 No. 15 (2017): FILOSOFIA DA TÉCNICA E DA TECNOLOGIA/VARIA; 272-295PENSANDO - REVUE DE PHILOSOPHIE; Vol. 8 No 15 (2017): FILOSOFIA DA TÉCNICA E DA TECNOLOGIA/VARIA; 272-295PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA; v. 8 n. 15 (2017): FILOSOFIA DA TÉCNICA E DA TECNOLOGIA/VARIA; 272-2952178-843Xreponame:Pensandoinstname:Universidade Federal do Piauí (UFPI)instacron:UFPIporhttps://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3371/2954Copyright (c) 2022 PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIAinfo:eu-repo/semantics/openAccessRochamonte, Catarina 2022-10-29T16:43:18Zoai:periodicos.ufpi.br:article/3371Revistahttp://www.ojs.ufpi.br/index.php/pensando/indexPUBhttps://revistas.ufpi.br/index.php/pensando/oai||revista.pensando@gmail.com2178-843X2178-843Xopendoar:2022-10-29T16:43:18Pensando - Universidade Federal do Piauí (UFPI)false
dc.title.none.fl_str_mv POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUER
title POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUER
spellingShingle POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUER
Rochamonte, Catarina
Força
causalidade
duração
Bergson
Schopenhauer
title_short POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUER
title_full POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUER
title_fullStr POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUER
title_full_unstemmed POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUER
title_sort POR UMA CRÍTICA BERGSONIANA À METAFÍSICA DA VONTADE DE SCHOPENHAUER
author Rochamonte, Catarina
author_facet Rochamonte, Catarina
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rochamonte, Catarina
dc.subject.por.fl_str_mv Força
causalidade
duração
Bergson
Schopenhauer
topic Força
causalidade
duração
Bergson
Schopenhauer
description Longe de inferir uma diferença radical de natureza entre o processo de causalidade física e o processo de causalidade psíquica, Schopenhauer faz da possibilidade de analogia entre ambas o procedimento metodológico central da sua filosofia. Para Henri Bergson, entretanto, o distanciamento temporal entre causa e efeito é qualitativo e interpretado como um princípio de liberdade. De fato, contrariamente a Schopenhauer, a argumentação de Bergson vai no sentido de indicar a existência de uma causalidade psicológica enquanto força sui generis, incompatível tanto com a causalidade mecânica ou eficiente quanto com a causalidade inteligente ou finalista. Esse artigo tem o objetivo de demonstrar, a partir dos textos de Bergson, que, por mais que Schopenhauer insista na originalidade da etapa do seu método que interpreta a força através da vontade, ele, na verdade, interpreta a vontade através da força. Espera-se poder mostrar que embora haja em Schopenhauer uma tentativa de retorno ao imediato, esse retorno está corrompido por um “pensamento único” que se brindou em princípio com uma Vontade metafísica da qual se deduz todas as coisas, impedindo assim o filósofo alemão de seguir as verdadeiras ondulações do real.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-10-13
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3371
10.26694/pensando.v8i15.3884
url https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3371
identifier_str_mv 10.26694/pensando.v8i15.3884
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3371/2954
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2022 PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2022 PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv EDUFPI
publisher.none.fl_str_mv EDUFPI
dc.source.none.fl_str_mv PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA; Vol. 8 No. 15 (2017): FILOSOFIA DA TÉCNICA E DA TECNOLOGIA/VARIA; 272-295
PENSANDO - REVUE DE PHILOSOPHIE; Vol. 8 No 15 (2017): FILOSOFIA DA TÉCNICA E DA TECNOLOGIA/VARIA; 272-295
PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA; v. 8 n. 15 (2017): FILOSOFIA DA TÉCNICA E DA TECNOLOGIA/VARIA; 272-295
2178-843X
reponame:Pensando
instname:Universidade Federal do Piauí (UFPI)
instacron:UFPI
instname_str Universidade Federal do Piauí (UFPI)
instacron_str UFPI
institution UFPI
reponame_str Pensando
collection Pensando
repository.name.fl_str_mv Pensando - Universidade Federal do Piauí (UFPI)
repository.mail.fl_str_mv ||revista.pensando@gmail.com
_version_ 1799755925740847104