CRISE ECONÔMICA HODIERNA COMO CRISE DO PODER: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pensando |
DOI: | 10.26694/pensando.v3i6.930 |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3187 |
Resumo: | defendo, neste artigo, que a atual crise econômica não pode ser entendida nem apreendida consistentemente apenas a partir de sua redução a um déficit interno à estrutura produtivo-financeira, em termos de queda nos padrões de acumulação; na verdade, essa crise é originada de uma crise do poder diretivo em termos de sociedade, que acirra a separação entre as esferas econômica, política e social, a partir da defesa de uma autorreferencialidade do âmbito econômico em relação aos demais, que, por causa disso, são enquadrados pelos imperativos econômicos, tendo solapada sua especificidade normativa (no caso do social) e diretiva da evolução da sociedade (no caso do político). Essa crise econômica, assim, agudizou os problemas oriundos da modernização liberal, que efetivamente foi marcada por essa blindagem das esferas econômica, política e social umas em relação às outras. Como consequência, a superação da modernidade liberal, modernidade essa retomada pelo neoliberalismo, somente pode ser feita no momento em que se reafirma o social enquanto horizonte normativo, o político enquanto instância diretiva da evolução social e o econômico enquanto esfera de controle público-estatal e de gestão democrática da produção e da distribuição da riqueza, que o modelo do Estado de bem-estar social representou e representa de maneira exemplar, em termos de ligação e de complementaridade entre tais esferas. |
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