Vida e morte dos filhos da mulher escrava na Vila de Campo Maior na segunda metade do século XIX (1873-1883)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Contraponto (Teresina) |
Texto Completo: | https://revistas.ufpi.br/index.php/contraponto/article/view/8558 |
Resumo: | As inquietações que norteiam o presente artigo surgiram durante as pesquisas realizadas para a dissertação de mestrado. Elas se referem aos filhos da mulher escrava ou filhos do ventre livre, também denominados “ingênuos”, cujos registros de óbitos, localizados na Secretária da Paróquia da Catedral de Santo Antônio em Campo Maior-PI, apontam como local de sepultamento o cemitério Santo Antônio, em contrapartida nenhum indicio arqueológico desse grupo foi encontrado no acervo funerário em questão. Dessa forma o objetivo é analisar os registros eclesiásticos de óbitos de crianças após a Lei n° 2.040 de 28 de setembro de 1871 almejando identificar as experiências por elas vividas. O recorte temporal coincide com o primeiro e o último registro efetuado, respectivamente de 1873 a 1883. O percurso metodológico da elaboração do trabalho contou com a pesquisa bibliográfica sobre a escravidão, e com a documentação do cartório eclesiástico, em particular o livro de óbito dos filhos da mulher escrava cuja lei determinava que existisse. O resultado aponta que foi em decorrência da condição criada pela Lei que eles puderam ser sepultados na referida necrópole ainda que com sepulturas temporárias. Dessa forma a ausência de vestígios materiais do grupo em questão no cemitério está ligada a rotatividade de sepultamentos. Em relação a vida a lei pouco refletiu na amenização do cativeiro, e assim seguiram até a morte sendo propriedade de um senhor, os mesmos donos de suas mães.Palavras- chave: Escravidão. Mulher escrava. Filhos de mulheres escravas. Campo Maior- PI. |
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