A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: DE SOUZA CRUZ, THALLES DO AMARAL
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: MACEDO, ELIZABETH
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Linguagens, Educação e Sociedade (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1115
Resumo: A legitimação, principalmente a partir de processos eleitorais, de discursos antidemocráticos, explicitamente discriminatórios, excludentes e autoritários tem nos levado a um período pósdemocrático ou ainda de de(s)mocratização, o que afeta também o campo educacional. Neste texto, analisamos políticas públicas educacionais brasileiras dos últimos anos – entendidas aqui também como políticas de subjetivação ou como prática de governamentalização – que reiteraram uma tradição educacional baseada nos Direitos Humanos, estando assim na defesa e construção da democracia. Argumentamos que tais políticas têm se constituído como alvos principais de uma racionalidade neoliberal antidemocrática, expressa numa rede de articulação de demandas do capital de atores religiosos conservadores, assim como de grupos militares. Dessa forma, além de significarmos as recentes ações conservadoras como uma reação à implementação de políticas redistributivas e de reconhecimento da alteridade, buscamos entender o projeto que tentam hegemonizar. Assumimos que o caráter incontrolável do processo de significação ou do processo ensino-aprendizagem, incorporado de certa forma por aquelas políticas públicas para diferença, tornam-se aqui um obstáculo inquebrantável para a nova agenda, atuando politicamente como uma resistência política e ontológica.
id UFPI-5_979df2c733766c6b14fa208a4de02eac
oai_identifier_str oai:periodicos.ufpi.br:article/1115
network_acronym_str UFPI-5
network_name_str Linguagens, Educação e Sociedade (Online)
repository_id_str
spelling A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃOcurrículodiferençademocraciagêneroA legitimação, principalmente a partir de processos eleitorais, de discursos antidemocráticos, explicitamente discriminatórios, excludentes e autoritários tem nos levado a um período pósdemocrático ou ainda de de(s)mocratização, o que afeta também o campo educacional. Neste texto, analisamos políticas públicas educacionais brasileiras dos últimos anos – entendidas aqui também como políticas de subjetivação ou como prática de governamentalização – que reiteraram uma tradição educacional baseada nos Direitos Humanos, estando assim na defesa e construção da democracia. Argumentamos que tais políticas têm se constituído como alvos principais de uma racionalidade neoliberal antidemocrática, expressa numa rede de articulação de demandas do capital de atores religiosos conservadores, assim como de grupos militares. Dessa forma, além de significarmos as recentes ações conservadoras como uma reação à implementação de políticas redistributivas e de reconhecimento da alteridade, buscamos entender o projeto que tentam hegemonizar. Assumimos que o caráter incontrolável do processo de significação ou do processo ensino-aprendizagem, incorporado de certa forma por aquelas políticas públicas para diferença, tornam-se aqui um obstáculo inquebrantável para a nova agenda, atuando politicamente como uma resistência política e ontológica.Universidade Federal do Piauí2019-04-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/111510.26694/les.v0i41.8741Languages, Education and Society; No. 41 (2019); 13-39Lenguaje, Educación y Sociedad ; Núm. 41 (2019); 13-39Linguagens, Educação e Sociedade; n. 41 (2019); 13-392526-8449reponame:Linguagens, Educação e Sociedade (Online)instname:Universidade Federal do Piauí (UFPI)instacron:UFPIporhttps://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1115/964Copyright (c) 2021 Linguagens, Educação e Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessDE SOUZA CRUZ, THALLES DO AMARAL MACEDO, ELIZABETH 2021-12-13T17:15:15Zoai:periodicos.ufpi.br:article/1115Revistahttps://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/PUBhttps://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/oairevistales.ppged@ufpi.edu.br2526-84491518-0743opendoar:2021-12-13T17:15:15Linguagens, Educação e Sociedade (Online) - Universidade Federal do Piauí (UFPI)false
dc.title.none.fl_str_mv A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO
title A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO
spellingShingle A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO
DE SOUZA CRUZ, THALLES DO AMARAL
currículo
diferença
democracia
gênero
title_short A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO
title_full A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO
title_fullStr A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO
title_full_unstemmed A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO
title_sort A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO
author DE SOUZA CRUZ, THALLES DO AMARAL
author_facet DE SOUZA CRUZ, THALLES DO AMARAL
MACEDO, ELIZABETH
author_role author
author2 MACEDO, ELIZABETH
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv DE SOUZA CRUZ, THALLES DO AMARAL
MACEDO, ELIZABETH
dc.subject.por.fl_str_mv currículo
diferença
democracia
gênero
topic currículo
diferença
democracia
gênero
description A legitimação, principalmente a partir de processos eleitorais, de discursos antidemocráticos, explicitamente discriminatórios, excludentes e autoritários tem nos levado a um período pósdemocrático ou ainda de de(s)mocratização, o que afeta também o campo educacional. Neste texto, analisamos políticas públicas educacionais brasileiras dos últimos anos – entendidas aqui também como políticas de subjetivação ou como prática de governamentalização – que reiteraram uma tradição educacional baseada nos Direitos Humanos, estando assim na defesa e construção da democracia. Argumentamos que tais políticas têm se constituído como alvos principais de uma racionalidade neoliberal antidemocrática, expressa numa rede de articulação de demandas do capital de atores religiosos conservadores, assim como de grupos militares. Dessa forma, além de significarmos as recentes ações conservadoras como uma reação à implementação de políticas redistributivas e de reconhecimento da alteridade, buscamos entender o projeto que tentam hegemonizar. Assumimos que o caráter incontrolável do processo de significação ou do processo ensino-aprendizagem, incorporado de certa forma por aquelas políticas públicas para diferença, tornam-se aqui um obstáculo inquebrantável para a nova agenda, atuando politicamente como uma resistência política e ontológica.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-04-30
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1115
10.26694/les.v0i41.8741
url https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1115
identifier_str_mv 10.26694/les.v0i41.8741
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1115/964
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Linguagens, Educação e Sociedade
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Linguagens, Educação e Sociedade
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Piauí
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Piauí
dc.source.none.fl_str_mv Languages, Education and Society; No. 41 (2019); 13-39
Lenguaje, Educación y Sociedad ; Núm. 41 (2019); 13-39
Linguagens, Educação e Sociedade; n. 41 (2019); 13-39
2526-8449
reponame:Linguagens, Educação e Sociedade (Online)
instname:Universidade Federal do Piauí (UFPI)
instacron:UFPI
instname_str Universidade Federal do Piauí (UFPI)
instacron_str UFPI
institution UFPI
reponame_str Linguagens, Educação e Sociedade (Online)
collection Linguagens, Educação e Sociedade (Online)
repository.name.fl_str_mv Linguagens, Educação e Sociedade (Online) - Universidade Federal do Piauí (UFPI)
repository.mail.fl_str_mv revistales.ppged@ufpi.edu.br
_version_ 1796797442099773440