Care coordination in the Health Attention Network: a challenge to be faced

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Altamira Pereira da Silva Reichert
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Enfermagem da UFPI
Texto Completo: https://periodicos.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/324
Resumo: DOI: https://doi.org/10.26694/reufpi.v5i1.5165 A coordenação do cuidado na Rede de Atenção à Saúde (RAS) corresponde a um atributo da Atenção Primária à Saúde (APS), que implica na capacidade do serviço de integrar e assegurar a continuidade do cuidado ao indivíduo nos diferentes níveis do Sistema Único de Saúde (SUS), seja por parte dos profissionais, seja por meio de prontuário ou por ambos. Ademais, admite o reconhecimento de problemas observados em consultas anteriores, realizadas no serviço de APS ou provenientes de um encaminhamento(1). Vale destacar que os vínculos estabelecidos entre a população e os serviços de saúde devem permanecer mesmo na ocorrência de encaminhamentos, preservando a integralidade e garantindo os registros e a comunicação entre profissionais de diferentes níveis de atenção, ou seja, a referência e a contrarreferência(1). Nesse sentido, a coordenação representa o principal instrumento de articulação e integração entre os vários sujeitos e instituições envolvidas no cuidado na RAS; no entanto, se as articulações não forem efetivas, essas organizações podem se tornar fragmentadas, com consequente prejuízo para a continuidade do cuidado à saúde do indivíduo e sua família. A coordenação é um tema pendente e desafiante tanto para países europeus, quanto para os latino-americanos(2). Isso porque, para o exercício da coordenação, é necessário o estabelecimento de uma relação que favoreça a interligação entre os pontos da RAS para que o conjunto de informações, a respeito do usuário, seja difundido e utilizado pelos atores responsabilizados em garantir o atendimento(1). Porém, existem barreiras organizacionais para acesso do indivíduo aos serviços de saúde, com fluxos pouco ordenados e a integração da APS à atenção especializada ainda é incipiente(3), com várias fragilidades, dentre elas, a troca de informações entre profissionais e serviços. No tocante à troca de informações dos profissionais da Atenção Básica com os da Atenção Especializada, pesquisa realizada para avaliar o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), constatou que apenas 15% dos profissionais pesquisados afirmaram a existência dessa relação(4). Diante isso, para o estabelecimento de uma rede coordenada, é essencial uma ação comunicativa, implicando em relações interpessoais de interdependência, as quais garantem o acesso e a continuidade do cuidado, evitam procedimentos desnecessários ou mesmo sua duplicação e, por fim, agilizam o atendimento. Assim, para que a assistência prestada na rede de atenção à saúde seja integradora e integral são necessárias coordenação e cooperação entre os serviços assistenciais, com utilização de estratégias para potencializar a capacidade desses serviços em melhorar a coordenação do cuidado nos três níveis assistenciais, visando à criação de uma rede de cuidados capaz de consolidar os princípios do SUS e garantir o direito do indivíduo a ter suas necessidades de saúde contempladas de forma integral. Por fim, é necessário rever o modelo de cuidado em saúde, para que a coordenação não seja apenas uma experiência pontual de poucos estabelecimentos de saúde, mas uma estratégia consolidada, que permita proporcionar a ampliação e otimização da oferta de serviços, com fluxo contínuo de diálogo entre esses e os profissionais de saúde. Também é necessária a criação de tecnologias para aprimorar a comunicação, a exemplo da informatização dos prontuários, porém, com registro sistemático e contínuo, a fim de ofertar uma assistência integral, de qualidade e conforme as necessidades singulares dos indivíduos.
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