A educação simbólica das bruxas Pongondós (Povo Novo – Rio Grande/RS)
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Data de Publicação: | 2022 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9497 |
Resumo: | O presente trabalho, intitulado A Educação Simbólica das Bruxas Pongondós (Povo Novo – Rio Grande/RS), contempla a narrativa da vivência de três senhoras, irmãs Silveira, da comunidade do Povo Novo/RS (3º Distrito do Rio Grande) que, a partir de suas memórias, expõem suas trajetórias de vida. Ao perceber elementos simbólicos, ancestrais e perenes no cotidiano daquela comunidade, bem como ressoantes em meu próprio percurso, munido das fontes e das vivências com os mais velhos, surgiu a seguinte problemática: como ocorre a educação nesse espaço em que a rusticidade das relações tradicionais dá o tom da vida cotidiana? E quais são suas raízes? Espaço que segue às margens de uma educação formal. Com o objetivo geral de identificar as raízes da Educação Simbólica, a partir das narrativas populares pongondós, chegamos à tese de que o conjunto de práticas locais se traduzem numa simbologia capaz de educar, a partir dos conhecimentos populares, um homo sensível aos saberes tradicionais e que esse conhecimento indireto, não acadêmico, fermentado nos ambientes não institucionalizados, é capaz de proporcionar uma Educação Simbólica que se expressa a partir da narrativa das Bruxas Pongondós e é evidenciada pela rusticidade das formas, pelo simbolismo dos gestos e pela amorosidade. As Moiras são a metáfora viva das três irmãs, e evocam toda a ancestralidade da bruxa, do poder feminino, do trato com a natureza e do arquétipo materno nutritivo, curativo e amoroso – fatores necessários ao mundo educacional. As mulheres, indivíduas protagonistas dessa pesquisa, benzem, driblam as adversidades pela simpatia, e ganham o pão da vida a partir da artesania que lhes salta as mãos. Porém, mais ainda, ecoa pela comunidade a cura do mundo pelo olhar sensível, de um modo de vida que se atualiza em geração pela Educação Simbólica. Para esse estudo, a metodologia utilizada para a produção das fontes teve como aporte a (Auto)Biografia e Narrativas (ABRAHÃO; PASSEGGI, 2012; DELORY-MOMBERGER, 2012) e a Autoetnografia (CLIFFORD, 2002; SANTOS, 2017; e VERSIANI, 2002). No que tange a teoria que baliza a tese, encontramos nos estudos do Imaginário e na Fenomenologia das Religiões e Religiosidades as principais bases, principalmente com, respectivamente, Gilbert Durand (1988; 1995; 2012), ao abordar a imagem, o trajeto antropológico e próprio imaginário; e Mircea Eliade (2013; 2002; 1999; e 1991), na comparação cultural das expressões hierofânicas (aparições do sagrado) e da face a-história da nossa espécie. A tese encontra berço no Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Imaginário, Educação e Memória (GEPIEM), na Faculdade de Educação (FaE) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). |
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2023-05-25T02:17:35Z2023-05-25T02:17:35Z2022-02-28BORGES, Alexandre da Silva. A Educação Simbólica das Bruxas Pongondós (Povo Novo – Rio Grande/RS). 2022. 176f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, 2022.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9497O presente trabalho, intitulado A Educação Simbólica das Bruxas Pongondós (Povo Novo – Rio Grande/RS), contempla a narrativa da vivência de três senhoras, irmãs Silveira, da comunidade do Povo Novo/RS (3º Distrito do Rio Grande) que, a partir de suas memórias, expõem suas trajetórias de vida. Ao perceber elementos simbólicos, ancestrais e perenes no cotidiano daquela comunidade, bem como ressoantes em meu próprio percurso, munido das fontes e das vivências com os mais velhos, surgiu a seguinte problemática: como ocorre a educação nesse espaço em que a rusticidade das relações tradicionais dá o tom da vida cotidiana? E quais são suas raízes? Espaço que segue às margens de uma educação formal. Com o objetivo geral de identificar as raízes da Educação Simbólica, a partir das narrativas populares pongondós, chegamos à tese de que o conjunto de práticas locais se traduzem numa simbologia capaz de educar, a partir dos conhecimentos populares, um homo sensível aos saberes tradicionais e que esse conhecimento indireto, não acadêmico, fermentado nos ambientes não institucionalizados, é capaz de proporcionar uma Educação Simbólica que se expressa a partir da narrativa das Bruxas Pongondós e é evidenciada pela rusticidade das formas, pelo simbolismo dos gestos e pela amorosidade. As Moiras são a metáfora viva das três irmãs, e evocam toda a ancestralidade da bruxa, do poder feminino, do trato com a natureza e do arquétipo materno nutritivo, curativo e amoroso – fatores necessários ao mundo educacional. As mulheres, indivíduas protagonistas dessa pesquisa, benzem, driblam as adversidades pela simpatia, e ganham o pão da vida a partir da artesania que lhes salta as mãos. Porém, mais ainda, ecoa pela comunidade a cura do mundo pelo olhar sensível, de um modo de vida que se atualiza em geração pela Educação Simbólica. Para esse estudo, a metodologia utilizada para a produção das fontes teve como aporte a (Auto)Biografia e Narrativas (ABRAHÃO; PASSEGGI, 2012; DELORY-MOMBERGER, 2012) e a Autoetnografia (CLIFFORD, 2002; SANTOS, 2017; e VERSIANI, 2002). No que tange a teoria que baliza a tese, encontramos nos estudos do Imaginário e na Fenomenologia das Religiões e Religiosidades as principais bases, principalmente com, respectivamente, Gilbert Durand (1988; 1995; 2012), ao abordar a imagem, o trajeto antropológico e próprio imaginário; e Mircea Eliade (2013; 2002; 1999; e 1991), na comparação cultural das expressões hierofânicas (aparições do sagrado) e da face a-história da nossa espécie. A tese encontra berço no Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Imaginário, Educação e Memória (GEPIEM), na Faculdade de Educação (FaE) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).The present work, entitled The Symbolic Education of Witches Pongondós (Povo Novo – Rio Grande/RS), contemplates the narrative of the experience of three ladies, the Silveira sisters, from the community of Povo Novo/RS (3rd District of Rio Grande), who, based on their memories, expose their life trajectories. Upon noticing symbolic, ancestral, and perennial elements in the daily life of that community, as well as resonant in my own journey, armed with sources and experiences with the elderly, the following problem arose: how does education occur in this space where the rusticity of traditional relationships sets the tone of daily life? And what are its roots? A space that is still on the margins of formal education. With the general objective of identifying the roots of Symbolic Education, based on the popular pongondós narratives, we came to the thesis that the set of local practices translates into a symbology capable of educating, from popular knowledge, a homo sensitive to traditional knowledge and that this indirect, non-academic knowledge, fermented in noninstitutionalized environments, is capable of providing a Symbolic Education that expresses itself from the narrative of the Pongondós Witches and is evidenced by the rusticity of the forms, the symbolism of the gestures and the loveliness. The Fates are the living metaphor of the three sisters, and evoke all the ancestry of the witch, of feminine power, of dealing with nature, and of the nurturing, healing, and loving maternal archetype - necessary factors for the educational world. Women, the individuals who are the protagonists of this research, bless, overcome adversities through sympathy, and earn their bread from the craftsmanship that springs out of their hands. But, even more, echoes through the community the healing of the world through a sensitive look, a way of life that is updated in every But, even more they echo through the community the healing of the world through a sensitive look, a way of life that is updated in generations through Symbolic Education. For this study, the methodology used for the production of sources was based on (Auto)Biography and Narratives (ABRAHÃO; PASSEGGI, 2012; DELORY-MOMBERGER, 2012) and Autoethnography (CLIFFORD, 2002; SANTOS, 2017; and VERSIANI, 2002). Regarding the theory that guides the thesis, we find in the studies of the Imaginary and in the Phenomenology of Religions and Religiosities the main bases, mainly with, respectively, Gilbert Durand (1988; 1995; 2012), when addressing the image, the anthropological path and the imaginary itself; and Mircea Eliade (2013; 2002; 1999; and 1991), in the comparison of the cultural hierophanic expressions (appearances of the sacred) and the a-historical face of our species. The thesis finds its cradle in the Group of Studies and Research on Imaginary, Education and Memory (GEPIEM), at the Faculty of Education (FaE) of the Federal University of Pelotas (UFPel).Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUFPelBrasilFaculdade de EducaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::FUNDAMENTOS DA EDUCACAOEducaçãoEducação simbólicaImaginárioBruxasBenzedeirasSymbolic educationImaginaryWitchesHealersA educação simbólica das bruxas Pongondós (Povo Novo – Rio Grande/RS)The symbolic education of Witches Pongondós (Povo Novo – Rio Grande/RS)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPeres, Lúcia Maria VazBorges, Alexandre da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTTese Alexandre da Silva Borges.pdf.txtTese Alexandre da Silva Borges.pdf.txtExtracted texttext/plain356305http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9497/6/Tese%20Alexandre%20da%20Silva%20Borges.pdf.txt77af130f620ae3e5662a34c2c4096fb2MD56open accessTHUMBNAILTese Alexandre da Silva Borges.pdf.jpgTese Alexandre da Silva Borges.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1729http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9497/7/Tese%20Alexandre%20da%20Silva%20Borges.pdf.jpg03c2a32c9aa53adbcabfa731b4cf4e59MD57open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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