Depois do dilúvio: uma análise da repercussão do reality show Big Brother Brasil 21

• Autor(a) principal: Santos, Daniela Azeredo dos
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Ribeiro, Ana Paula Ambrosano, Miranda, Fernanda Öberg de, Oliveira, Laila da Silva, Prado, Mariana do, Rebs, Rebeca Recuero
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11515
• topic: Cultura do cancelamento; Pós-modernidade; Identidade; Big Brother Brasil; Mídias sociais

A historiadora italiana Silvia Federici investigou a ausência do feminino durante os primórdios do capitalismo. Esse estudo culminou na escrita do livro Calibã e a Bruxa (2004) que mostra a caça às bruxas como grande evento para o apagamento da força e resistência das mulheres durante três séculos. Para Federici, a caça às bruxas ainda é uma discussão atual, pois é um mecanismo que funciona para oprimir, no sistema capitalista, corpos do sexo feminino e dissidentes, que insistem em serem livres e terem direito a opinião. No contexto pós moderno diversas são as artimanhas para deslegitimar e “cancelar” as mulheres, levando suas histórias ao ostracismo e apagamento. [...] Assim, partindo deste cenário histórico e cultural, o presente trabalho busca compreender a contemporânea Cultura do Cancelamento e sua possível relação como sendo um mecanismo atual de opressão às mulheres, focando especialmente nas atuais discussões geradas pelo Big Brother Brasil sobre os casos e cancelamentos de Karol Conká e Rodolffo, participantes da edição de 2021 e sobre as diferenças quanto a magnitude e repercussão que tiveram as falas de ambos.