Uso e conservação de plantas bioativas em comunidades quilombolas da mesorregião do Sudeste Rio-grandense.
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5001 |
Resumo: | O uso popular de plantas bioativas é uma arte que acompanha o ser humano desde os primórdios da civilização, apresentando se como uma excelente ferramenta para a promoção da saúde, renda e cultura de muitas regiões em especial para muitas comunidades tradicionais que são as detentoras deste conhecimento, mas que, no entanto, sofre sérios riscos de ser esquecido. Assim, o estudo etnobotânico procura resgatar e registrar esse saber, compreendendo a verdadeira relação entre o homem e a planta, através do conhecimento acumulado por séculos de contato estreito com seu meio ambiente. O presente trabalho teve como objetivo contribuir para o conhecimento sobre o uso e conservação de plantas bioativas em duas comunidades quilombolas da Mesorregião Sudeste Rio-Grandense através do levantamento etnobotânico. Os dados foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas e turnês guiadas, realizadas entre abril de 2015 e outubro de 2017 nas Comunidades do Algodão e do Cerro das Velhas. Foi delimitado o número máximo de cinco informantes chaves por comunidade, sendo realizado através da adesão voluntaria e pelo método bola de neve. As plantas citadas foram enquadradas em categorias de uso (medicinal humano e animal, ornamental, tóxica, condimentar, indicadora de solo, artesanal e ritualística), na parte utilizada (raiz, casca, caule, folha, flor, fruto e planta toda) e nas formas de utilização (suco, gargarejo, emplastro, xarope, chá, fomentação, maceração, comestível e outros). Com relação ao aspecto botânico foi considerado o hábito das plantas (arbóreo, arbustivo, subarbustivo, trepadeira e herbáceo). E para o habitat nativa e exótica. A comunidade Cerros das Velhas reconheceu 85 espécies e 42 famílias botânicas. Destacaram se pelo número de espécies as famílias Asteraceae, Lamiaceae, Myrtaceae, Rutáceae, Malvaceae, Rosaceae e Verbenaceae. A categoria que apresentou o maior número de citações foi a Medicinal Humano. As folhas foram a parte do vegetal mais utilizada, sendo o preparo na forma de chá. Quanto ao hábito de crescimento a maioria das plantas apresentou porte herbáceo e para o habitat predominaram as exóticas. A comunidade do Algodão foram identificadas 79 espécies e 36 famílias botânicas. Destacaram se pelo número de espécies as famílias Asteraceae, Lamiaceae, Myrtaceae e Rutácea. A categoria que apresentou o maior número de citações foi a Medicinal Humano. As folhas foram a parte do vegetal mais utilizada sendo o preparo, na forma de chá. Para o hábito a maioria das plantas apresentou porte herbáceo e para o habitat predominaram as exóticas. Os dados obtidos mostraram que as comunidades possuem um grande conhecimento sobre as plantas bioativas, utilizando as para diversos fins, principalmente na cura de doenças relacionadas aos sistemas respiratórios e gastrointestinais. Ambas comunidades através de seus relatos confirmaram a forte ligação existente entre o território e os recursos vegetais uma vez que lutam constantemente para manter viva a cultura de seus antepassados |
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2020-03-12T18:57:31Z2020-03-12T18:57:31Z2019-10-25DELFIM, Tamiris Franco. Uso e conservação de plantas bioativas em comunidades quilombolas da mesorregião do Sudeste Rio-grandense.2019. Tese (Doutorado em Agronomia) - Programa de pós-graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas,2019.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5001O uso popular de plantas bioativas é uma arte que acompanha o ser humano desde os primórdios da civilização, apresentando se como uma excelente ferramenta para a promoção da saúde, renda e cultura de muitas regiões em especial para muitas comunidades tradicionais que são as detentoras deste conhecimento, mas que, no entanto, sofre sérios riscos de ser esquecido. Assim, o estudo etnobotânico procura resgatar e registrar esse saber, compreendendo a verdadeira relação entre o homem e a planta, através do conhecimento acumulado por séculos de contato estreito com seu meio ambiente. O presente trabalho teve como objetivo contribuir para o conhecimento sobre o uso e conservação de plantas bioativas em duas comunidades quilombolas da Mesorregião Sudeste Rio-Grandense através do levantamento etnobotânico. Os dados foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas e turnês guiadas, realizadas entre abril de 2015 e outubro de 2017 nas Comunidades do Algodão e do Cerro das Velhas. Foi delimitado o número máximo de cinco informantes chaves por comunidade, sendo realizado através da adesão voluntaria e pelo método bola de neve. As plantas citadas foram enquadradas em categorias de uso (medicinal humano e animal, ornamental, tóxica, condimentar, indicadora de solo, artesanal e ritualística), na parte utilizada (raiz, casca, caule, folha, flor, fruto e planta toda) e nas formas de utilização (suco, gargarejo, emplastro, xarope, chá, fomentação, maceração, comestível e outros). Com relação ao aspecto botânico foi considerado o hábito das plantas (arbóreo, arbustivo, subarbustivo, trepadeira e herbáceo). E para o habitat nativa e exótica. A comunidade Cerros das Velhas reconheceu 85 espécies e 42 famílias botânicas. Destacaram se pelo número de espécies as famílias Asteraceae, Lamiaceae, Myrtaceae, Rutáceae, Malvaceae, Rosaceae e Verbenaceae. A categoria que apresentou o maior número de citações foi a Medicinal Humano. As folhas foram a parte do vegetal mais utilizada, sendo o preparo na forma de chá. Quanto ao hábito de crescimento a maioria das plantas apresentou porte herbáceo e para o habitat predominaram as exóticas. A comunidade do Algodão foram identificadas 79 espécies e 36 famílias botânicas. Destacaram se pelo número de espécies as famílias Asteraceae, Lamiaceae, Myrtaceae e Rutácea. A categoria que apresentou o maior número de citações foi a Medicinal Humano. As folhas foram a parte do vegetal mais utilizada sendo o preparo, na forma de chá. Para o hábito a maioria das plantas apresentou porte herbáceo e para o habitat predominaram as exóticas. Os dados obtidos mostraram que as comunidades possuem um grande conhecimento sobre as plantas bioativas, utilizando as para diversos fins, principalmente na cura de doenças relacionadas aos sistemas respiratórios e gastrointestinais. Ambas comunidades através de seus relatos confirmaram a forte ligação existente entre o território e os recursos vegetais uma vez que lutam constantemente para manter viva a cultura de seus antepassadosThe popular use of bioactive plants is an art that has been accompanying humans since the dawn of civilization, presenting an excellent tool for the promotion of health, income, and culture in many regions, especially for many traditional communities who hold this knowledge, but that nevertheless suffers serious risks of being forgotten. Thus ethnobotanical knowledge seeks to rescue and register this knowledge, studying the true relationship between man and plant, through the knowledge accumulated through centuries of close contact with their environment. The present work aimed to contribute to the knowledge about the use and conservation of bioactive plants in two quilombola communities of Southeastern Rio Grande do Sul Mesoregion through ethnobotanical survey Data were obtained through interviews, semi-structured and guided tours conducted from April 2015 to October 2017 in the Cotton and Cerro das Velhas Communities. The maximum number of five key informants per community was delimited and was performed through voluntary adherence and the snowball method. The mentioned plants were classified into use categories (human and animal medicinal, ornamental, toxic, spicy, soil indicator, handicraft and ritualistic), in the used part (root, bark, stem, leaf, flower, fruit and whole plant), in the forms of use (juice, gargle, plaster, syrup, tea, fomentation, maceration, edible and others). Regarding the botanical aspect was considered the habit of plants (arboreal, shrub, subbush, creeper and herbaceous. And for native habitat, introduced exotic and spontaneous exotic. The Cerros das Velhas community recognized 85 species and 42 botanical families. Asteraceae, Lamiaceae, Myrtaceae, Rutácea, Malvaceae, Rosaceae and Verbenáceae stood out for the number of species. The category with the highest number of citations was Medicinal Human. The leaves were the most used part of the vegetable being the preparation in the form of tea. For the habit most plants presented herbaceous size and for the most predominant habitat are the exotic introduced followed by native. For the Cotton community 79 species and 36 botanical families were identified. Notable for the number of species were Asteraceae, Lamiaceae, Myrtaceae and Rutácea. The category with the highest number of citations was Medicinal Human. The leaves were the most used part of the vegetable being the preparation in the form of tea. For the habit most plants presented herbaceous size and for the most predominant habitat are the introduced exotic ones. The data obtained showed that the communities have a great knowledge about bioactive plants, using for various purposes, mainly in the cure of diseases related to the respiratory and gastrointestinal systems. Both communities through their reports confirmed the strong link between territory and plant resources as they constantly struggle to keep the culture of their ancestors alive.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola FamiliarUFPelBrasilFaculdade de Agronomia Eliseu MacielCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIAEtnobotânicaMultiplicidade de usosQuilombosQuilombolasEthnobotanyQuilomboMultiplicity of usesUso e conservação de plantas bioativas em comunidades quilombolas da mesorregião do Sudeste Rio-grandense.Use and conservation of bioactive plants in quilombola communities of the southeast region of Rio Grande do Sul.2019. Thesis (Doctorate in Agronomy) - Postgraduate Program in Family Farming Production Systems.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://lattes.cnpq.br/2136655885281310Lovatto, Patricia Bragahttp://lattes.cnpq.br/7712556251561304Gomes, Gustavo Crizelhttp://lattes.cnpq.br/7868919774597263Mauch, Carlos RogérioDelfim, Tamiris Francoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTtese_tamiris_delfim.pdf.txttese_tamiris_delfim.pdf.txtExtracted texttext/plain180128http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5001/6/tese_tamiris_delfim.pdf.txt830e267b691888efc3d3e7574399e02bMD56open accessTHUMBNAILtese_tamiris_delfim.pdf.jpgtese_tamiris_delfim.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1238http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5001/7/tese_tamiris_delfim.pdf.jpg78e6fb5cd90bae9c028e312e3ef7dd60MD57open accessORIGINALtese_tamiris_delfim.pdftese_tamiris_delfim.pdfapplication/pdf894073http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5001/1/tese_tamiris_delfim.pdfb31f1ccd3d1cd18fd2e58c8b55d9fc50MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5001/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5001/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5001/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-867http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5001/5/license.txtfbd6c74465857056e3ca572d7586661bMD55open accessprefix/50012023-07-13 04:31:33.643open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/5001VG9kb3Mgb3MgaXRlbnMgZGVzc2EgY29tdW5pZGFkZSBzZWd1ZW0gYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T07:31:33Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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