O saber tradicional sobre as plantas na Comunidade Quilombola Kalunga Engenho II, Cavalcante, Goiás, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/21780 http://dx.doi.org/10.26512/2015.10.D.21780 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Programa de Pós-Graduação em Botânica, 2015. |
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O saber tradicional sobre as plantas na Comunidade Quilombola Kalunga Engenho II, Cavalcante, Goiás, BrasilKalunga (comunidade quilombola brasileira) - Goiás (Estado)EtnobotânicaQuilombos - Goiás (Estado)Quilombos - vida e costumes sociais - identidade étnicaDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Programa de Pós-Graduação em Botânica, 2015.O sítio Quilombola Kalunga, Goiás, Brasil, está localizado na micro-região da Chapada dos Veadeiros, com território que compreende mais de dois milhões de área conservada. O objetivo desse estudo foi realizar o inventário etnobotânico da Comunidade Kalunga Engenho II. Buscou-se responder as seguintes perguntas: Quais são as plantas mais importantes e utilizadas pelos conhecedores locais da comunidade? Quais são os Valores de Uso (VU) das espécies? Qual a diferença de conhecimento de plantas entre mulheres e homens? Para acessar essas informações foram conduzidas entrevistas com 21 especialistas locais identificados pela técnica de snowball. Para acessar as plantas utilizadas por cada informante utilizou-se a técnica da listagem-livre e os usos foram categorizados para cada espécie. Desta forma, identificamos os índices de VU, cujo ranqueamento foi usado como critério para estabelecer grupos de uso. O material botânico foi coletado juntamente com os especialistas locais. Para investigar o conhecimento entre mulheres e homens, aplicou-se Modelo Linear Generalizado para as quantidades de espécies citadas e análise de ordenação por escalonamento multidimensional não-métrico, o que demonstrou que há espécies relacionadas a mulheres e homens. Os especialistas locais reconhecem 265 espécies utilitárias. A categoria Medicinal possui maior quantidade de espécies citadas. O conhecimento está bem distribuído entre espécies nativas (56,43%) e espécies cultivadas ou ruderais associadas a ambientes antrópicos (43,56%). A ordenação do índice VU definiu quatro grupos A (2 espécies), B (6 espécies), C (73 espécies) e D (184 espécies). No grupo A e B estão as espécieschaves culturais. As espécies Mauritia flexuosa L.F. e Caryocar cuneatum Wittm. estão no Grupo A, ambas as espécies são de uso múltiplo. No Grupo B estão as espécies de uso múltiplo que compartilham o potencial alimentício. O Grupo C definiu espécies de uso restrito e o Grupo D relaciona a abrangência do conhecimento local. As análises quanto a diferença de conhecimento entre gênero demonstrou que diferentes espécies de plantas tendem a ser citadas entre homens e mulheres. Essa pesquisa permitiu evidenciar o conhecimento etnobotânico local e forneceu informação acerca do valor de uso de cada espécie citada planta.The Engenho II community Kalunga, an Afro Brazilian quilombo, inhabit at Cerrado Biosphere Reserve. The notable traditional uses of native plants at Engenho II led us make a great inventory of plants explored by traditional experts. The following questions were raised: a) which are the plants recognized and used by community local experts?; b) which is the use values of the species? and; c) are there differences in plant knowledge between men and women? The methods used in the research included semi–structured interviews. For the interviews, 21 knowledgeable respondents were selected by snowball technic (10 women and 11 men). Voucher specimens were collected with the help of plant experts, processed into the Brasília University Herbarium. The Use Value index was used as a standard to establish botanical groups of usage importance and to identify the main plants to the community. Men and women ethnobotany knowledge was evaluated through a Generalized Linear Model (GLM) and ordination analysis by multidimensional non-metric scaling. The Engenho II Kalunga quilombola community uses many species, especially medicinal and food plants, most of them from the wild area. Were recognized 264 species and their use is well distributed between native species (56.4%) and cultivated or ruderal species (43.6 %). The ordination by Use Value index defined four groups. The cultural key species of multiple use were placed on the first two groups, with emphasis on the native species Mauritia flexuosa and Caryocar cuneatum. The third group presented restricted use species and the fourth group was made by most of the species with little use citation. The ethnobotanic knowledge between men and women was similar at the community. The mean age greater than fifty years among the interviewees of the community possibly influenced at the homogeneity of shared knowledge. However, women were the highlight at Engenho II Kalunga community, and the results obtained in this study show the importance of women knowledge. We believe that recognizing female knowledge at the community is important to promote the conservation of vegetation and cultural resources associated to traditional practices and the strengthen of territorial rights conquered in the last decades.Instituto de Ciências Biológicas (IB)Departamento de Botânica (IB BOT)Programa de Pós-Graduação em BotânicaMunhoz, Cássia Beatriz RodriguesMartins, Renata CorrêaSilvestre, Luiz Felipe do Valle2016-11-21T12:29:11Z2016-11-21T12:29:11Z2016-11-212015-10-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVESTRE, Luiz Felipe do Valle. O saber tradicional sobre as plantas na Comunidade Quilombola Kalunga Engenho II, Cavalcante, Goiás, Brasil. 2015. 86 f., il. Dissertação (Mestrado em Botânica)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.http://repositorio.unb.br/handle/10482/21780http://dx.doi.org/10.26512/2015.10.D.21780A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-06T17:29:43Zoai:repositorio.unb.br:10482/21780Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-06T17:29:43Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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