Modos de endereçamento no currículo: construindo feminilidades e sexualidades no recreio escolar.

• Autor(a) principal: Braga, Andréa Vieira
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7613
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; Modos de endereçamento; Feminilidades; Sexualidade; Currículo; Modes of address; Femininities; Sexualities; Curriculum

Este texto ocupa-se das relações entre currículo, feminilidades e sexualidade. Tem como objetivo investigar a construção das feminilidades e da sexualidade nas séries iniciais do ensino fundamental através dos modos de endereçamento presentes no currículo escolar. Quando falo em currículo refiro-me às práticas discursivas, baseadas especificamente no Tema Transversal Orientação Sexual, parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e não-discursivas, as atividades livres ou dirigidas no recreio escolar, aos modos de endereçamento e técnicas físicas de controle corporal, ao regulamento de controle do espaço e tempo dos/as estudantes e técnicas de organização arquitetônicas que, articuladas ou não, produzem tipos específicos de feminilidades diretamente ligadas ao contexto social no qual estão inseridos. Desde uma perspectiva pós-estruturalista e a partir dos pressupostos de Ellisabeth Ellsworth (2001) sobre os modos de endereçamento busco entender a construção das feminilidades e da sexualidade no currículo escolar. Considerando que essas noções se dão através de relações de poder busquei mapeá-las e experimentá-las através de uma metodologia de inspiração etnográfica realizada numa escola publica no município de Cerrito – Rio Grande do Sul. A metodologia utilizada contemplou a observação do recreio escolar nessa escola, acompanhada de entrevistas com as supervisoras do recreio dessa instituição e a produção de um diário de campo e a análise do Tema Transversal Orientação sexual. A pesquisa foi realizada com alunos de primeira e segunda série do ensino fundamental. Argumento que através dos modos de endereçamento do currículo produzem um determinado padrão de feminilidade e sexualidade.