Respostas fisiológicas, bioquímicas e transcricionais em porta-enxertos de Prunus persica submetidas ao alagamento do solo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Flávia Lourenço da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/12786
Resumo: O estado do Rio Grande do Sul é o detentor da maior produção de pêssegos do Brasil, entretanto, nos dias atuais os produtores da região vêm enfrentando problemas em seus pomares, os quais afetam a produtividade e qualidade dos frutos. Tal situação fica evidenciada quando comparamos o Rio Grande do Sul com outros estados, pois mesmo sendo o maior produtor, possui a menor produtividade. A obtenção dos portaenxertos pode estar relacionada aos problemas enfrentados, onde estes são provenientes de caroços residuais da indústria de conservas e com isso não há controle genético, proporcionando grande variabilidade genética, devido a mistura varietal das cultivares copa. Outro problema encontrado nesta região é a característica do solo, que de maneira geral apresenta drenagem insuficiente, principalmente na região produtora de Pelotas, associado a períodos de precipitação frequente e intensa em alguns períodos levando ao encharcamento e/ou alagamento do solo e causando prejuízos a cultura. Nestas situações ocorre uma redução drástica de oxigênio na solução do solo e para as raízes, prejudicando o processo de respiração aeróbica podendo levar as células a um déficit energético. Desta forma, no presente estudo foram realizados dois experimentos que objetivaram identificar e avaliar as respostas fisiológicas, bioquímicas e moleculares (através da expressão de genes alvo por RTqPCR) em dois porta-enxertos de P. persica, de pé franco e enxertados com a cultivar copa ‘Rubimel’, submetidos ao alagamento do solo. No primeiro estudo, foram avaliados parâmetros fisiológicos e a expressão de doze genes envolvidos nos metabolismos glicolítico e fermentativo, afim de elucidar a resposta inicial ao estresse e buscando identificar a ativação inicial da rota fermentativa em porta-enxertos de Prunus persica (cv. Tsukuba 1) submetidos ao alagamento do solo a curto prazo por controle (plantas em condição normal de irrigação); 1; 2; 4; 8; 16; e 32h de alagamento do solo. Na primeira hora de imposição ao estresse a sacarose sintase (SUS) já teve expressão positiva. A rota fermentativa do lactato foi ativada com duas horas de imposição do alagamento e com quatro horas verificou-se expressão positiva dos genes da via fermentação etanólica. A glicólise foi intensificada diante ao estresse por hipóxia no decorrer das oito e 16 horas de experimento. No segundo experimento, objetivou-se identificar as respostas fisiológicas, bioquímicas e moleculares adaptativas ao estresse e a influência de dois porta-enxertos de Prunus spp. (‘Capdeboscq’ e ‘Tsukuba 1’) quando enxertados com a cultivar copa ‘Rubimel’, e o comportamento dos mesmos quando não enxertados e submetidos ao alagamento do solo. Para isso, foram realizadas avaliações da condutância estomática, nos tempos: controle, 8, 24, 28, 48 e 72h; quantificação de carboidratos em folhas e raízes em dois tempos: controle e 72h; e expressão diferencial de genes envolvidos nas rotas glicolítica e fermentativa (CINV1; GAPDH; LDH1; PDC e ADH1), síntese de sacarose (G6PI; PGM; UDPase e SPS), sorbitol (S6PDH; SDH e SOT1), na regulação osmótica (P5CS e GTL) e etileno (ACO1) nos tempos: controle, 8 e 72h de imposição aoestresse. De modo geral, plantas enxertadas diferiram das não enxertadas, apresentando redução na condutância estomática quando expostas ao estresse por alagamento. Plantas de ‘Rubimel’ enxertadas sobre ‘Capdeboscq’ e ‘Tsukuba1’ respondem diferencialmente para vários parâmetros bioquímicos, fisiológicos e moleculares sob estresse por hipóxia. A combinação ‘Capdeboscq’/’Rubimel’ demonstrou um controle mais eficiente das suas reservas, diante ao estresse, devido manter as concentrações de carboidratos estáveis. A expressão dos genes SPS e S6PDH foi bem pronunciada na combinação ‘Tsukuba1’/’Rubimel’ indicando a síntese de sacarose e sorbitol nestas plantas. A via fermentativa foi ativa com 8h e persistiu até as 72h nas plantas da combinação ‘Tsukuba1’/’Rubimel’ demonstrando um estresse energético. Plantas da combinação ‘Capdeboscq’/’Rubimel’ parecem ser mais tolerantes que as da combinação ‘Tsukuba1’/’Rubimel’ quando em estresse por alagamento. Portanto, este estudo demonstrou através de análises fisiológicas, bioquímicas e moleculares as peculiaridades das respostas adaptativas ao estresse por alagamento do solo (curto-médio prazo) em plantas não enxertadas e enxertadas com a cultivar copa Rubimel, deixando em evidência a importância do processo de enxertia. Sobretudo, este estudo corrobora com resultados que vão de encontro com a necessidade de seleção de porta-enxertos de Prunus spp. com características adaptáveis as condições edafoclimáticas limitantes da principal área produtora de Prunus do Rio Grande do Sul, que propiciem uma produção de qualidade, aumento de produtividade e lucratividades aos produtores.
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A obtenção dos portaenxertos pode estar relacionada aos problemas enfrentados, onde estes são provenientes de caroços residuais da indústria de conservas e com isso não há controle genético, proporcionando grande variabilidade genética, devido a mistura varietal das cultivares copa. Outro problema encontrado nesta região é a característica do solo, que de maneira geral apresenta drenagem insuficiente, principalmente na região produtora de Pelotas, associado a períodos de precipitação frequente e intensa em alguns períodos levando ao encharcamento e/ou alagamento do solo e causando prejuízos a cultura. Nestas situações ocorre uma redução drástica de oxigênio na solução do solo e para as raízes, prejudicando o processo de respiração aeróbica podendo levar as células a um déficit energético. Desta forma, no presente estudo foram realizados dois experimentos que objetivaram identificar e avaliar as respostas fisiológicas, bioquímicas e moleculares (através da expressão de genes alvo por RTqPCR) em dois porta-enxertos de P. persica, de pé franco e enxertados com a cultivar copa ‘Rubimel’, submetidos ao alagamento do solo. No primeiro estudo, foram avaliados parâmetros fisiológicos e a expressão de doze genes envolvidos nos metabolismos glicolítico e fermentativo, afim de elucidar a resposta inicial ao estresse e buscando identificar a ativação inicial da rota fermentativa em porta-enxertos de Prunus persica (cv. Tsukuba 1) submetidos ao alagamento do solo a curto prazo por controle (plantas em condição normal de irrigação); 1; 2; 4; 8; 16; e 32h de alagamento do solo. Na primeira hora de imposição ao estresse a sacarose sintase (SUS) já teve expressão positiva. A rota fermentativa do lactato foi ativada com duas horas de imposição do alagamento e com quatro horas verificou-se expressão positiva dos genes da via fermentação etanólica. A glicólise foi intensificada diante ao estresse por hipóxia no decorrer das oito e 16 horas de experimento. No segundo experimento, objetivou-se identificar as respostas fisiológicas, bioquímicas e moleculares adaptativas ao estresse e a influência de dois porta-enxertos de Prunus spp. (‘Capdeboscq’ e ‘Tsukuba 1’) quando enxertados com a cultivar copa ‘Rubimel’, e o comportamento dos mesmos quando não enxertados e submetidos ao alagamento do solo. Para isso, foram realizadas avaliações da condutância estomática, nos tempos: controle, 8, 24, 28, 48 e 72h; quantificação de carboidratos em folhas e raízes em dois tempos: controle e 72h; e expressão diferencial de genes envolvidos nas rotas glicolítica e fermentativa (CINV1; GAPDH; LDH1; PDC e ADH1), síntese de sacarose (G6PI; PGM; UDPase e SPS), sorbitol (S6PDH; SDH e SOT1), na regulação osmótica (P5CS e GTL) e etileno (ACO1) nos tempos: controle, 8 e 72h de imposição aoestresse. De modo geral, plantas enxertadas diferiram das não enxertadas, apresentando redução na condutância estomática quando expostas ao estresse por alagamento. Plantas de ‘Rubimel’ enxertadas sobre ‘Capdeboscq’ e ‘Tsukuba1’ respondem diferencialmente para vários parâmetros bioquímicos, fisiológicos e moleculares sob estresse por hipóxia. A combinação ‘Capdeboscq’/’Rubimel’ demonstrou um controle mais eficiente das suas reservas, diante ao estresse, devido manter as concentrações de carboidratos estáveis. A expressão dos genes SPS e S6PDH foi bem pronunciada na combinação ‘Tsukuba1’/’Rubimel’ indicando a síntese de sacarose e sorbitol nestas plantas. A via fermentativa foi ativa com 8h e persistiu até as 72h nas plantas da combinação ‘Tsukuba1’/’Rubimel’ demonstrando um estresse energético. Plantas da combinação ‘Capdeboscq’/’Rubimel’ parecem ser mais tolerantes que as da combinação ‘Tsukuba1’/’Rubimel’ quando em estresse por alagamento. Portanto, este estudo demonstrou através de análises fisiológicas, bioquímicas e moleculares as peculiaridades das respostas adaptativas ao estresse por alagamento do solo (curto-médio prazo) em plantas não enxertadas e enxertadas com a cultivar copa Rubimel, deixando em evidência a importância do processo de enxertia. Sobretudo, este estudo corrobora com resultados que vão de encontro com a necessidade de seleção de porta-enxertos de Prunus spp. com características adaptáveis as condições edafoclimáticas limitantes da principal área produtora de Prunus do Rio Grande do Sul, que propiciem uma produção de qualidade, aumento de produtividade e lucratividades aos produtores.The state of Rio Grande do Sul is the largest peach producer in Brazil. Nowadays, the region's producers have been facing problems in their orchards, which affect the productivity and quality of the fruits. This situation is evident when we compare Rio Grande do Sul with other states, because even though it is the largest producer, it has the lowest productivity. The obtaining of rootstocks may be related to the problems faced, since these come from residual peach pits from the canning industry and therefore there is no genetic control, providing great genetic variability, due to the varietal mixture of the scion cultivars. Another problem found in this region is the soil characteristic, which in general presents insufficient drainage, mainly in the Pelotas producing region, associated with periods of frequent and intense precipitation in some periods leading to waterlogging and/or flooding of the soil and causing damage to culture. In these situations, there is a drastic reduction of oxygen in the soil solution and to the roots, impairing the aerobic respiration process and can lead the cells to an energy deficit. Thus, in the present study, two experiments were carried out that aimed to identify and evaluate physiological, biochemical and molecular responses (through the expression of target genes by RT-qPCR) in two rootstocks of P. persica, grafted and non-grafted with scion cultivar ‘Rubimel’, which root systems were imposed to flooding. In the first study, physiological parameters and the expression of twelve genes involved in glycolytic and fermentative metabolism were evaluated, in order to elucidate the initial stress response and identify the initial activation of the fermentative route in Prunus persica rootstocks (cv. Tsukuba 1) submitted to short-term flooding of soil during control (plants under normal irrigation conditions); 1; 2; 4; 8; 16; and 32h of soil flooding. In the first hour of stress imposition, sucrose synthase (SUS) already had a positive expression. The lactate fermentation pathway was activated after two hours of flooding and four hours later, positive expression of the genes of the ethanolic fermentation pathway was verified. Glycolysis was intensified in the face of hypoxia stress during the 8 and 16 hours of experiment. In the second experiment, the objective was to identify the physiological, biochemical and molecular responses adaptive to stress and the influence of two rootstocks of Prunus spp. (‘Capdeboscq’ and ‘Tsukuba 1’) when grafted with the scion cultivar ‘Rubimel’, and their behavior when not grafted and submited to soil flooding. For this, stomatal conductance evaluations were carried out at the following times: control, 8, 24, 28, 48 and 72h; quantification of carbohydrates in leaves and roots in two stages: control and 72 hours; and differential expression of genes involved in the glycolytic and fermentative routes (CINV1; GAPDH; LDH1; PDC and ADH1), sucrose synthesis (G6PI; PGM; UDPase and SPS), sorbitol (S6PDH; SDH and SOT1), in osmotic regulation (P5CS and GTL) and ethylene (ACO1) at times: control, 8 and 72 hours of stress imposition. In general, grafted plants differed from non-grafted plants, presenting a reduction in stomatal conductance when exposed to flooding stress. 'Rubimel' plants grafted on 'Capdeboscq' and 'Tsukuba1' respond differentially to various biochemical, physiological, and molecular parameters under hypoxia stress. The ‘Capdeboscq’/’Rubimel’ combination demonstrated a moreefficient control of its reserves, in the face of stress, due to maintaining stable carbohydrate concentrations. The expression of the SPS and S6PDH genes was very pronounced in the ‘Tsukuba1’/‘Rubimel’ combination indicating the synthesis of sucrose and sorbitol in these plants. The fermentative route was active after 8h and persisted until 72 h in the plants of the ‘Tsukuba1’/‘Rubimel’ combination showing an energy stress. Plants in the ‘Capdeboscq’/‘Rubimel’ combination appear to be more tolerant than those in the ‘Tsukuba1’/‘Rubimel’ combination when under flood stress. Therefore, this study demonstrated the peculiarities of the adaptive responses to stress by flooding the soil (short-medium term) in non-grafted and grafted plants with the ‘Rubimel’ canopy cultivar through physiological, biochemical and molecular analyses, highlighting the importance of the process of grafting. Primarily, this study corroborates with results that go against the selection of rootstocks of Prunus spp. with characteristics that are adaptable to the edaphoclimatic conditions of the state of Rio Grande do Sul and that provide quality production, increased productivity and profitability to producers.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em AgronomiaUFPelBrasilCC BY-NC-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessCIENCIAS AGRARIASAGRONOMIAFISIOLOGIA VEGETALREPRODUCAO VEGETALPessegueiroHipóxiaCarboidratosCurto-médio prazoEnxertiaPeach treeHypoxiaCarbohydratesShort-medium termGrafting.Respostas fisiológicas, bioquímicas e transcricionais em porta-enxertos de Prunus persica submetidas ao alagamento do soloPhysiological, biochemical, and transcriptional responses in Prunus persica rootstocks submitted to soil floodinginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/9372601530088321https://orcid.org/0000-0002-7473-5523http://lattes.cnpq.br/9373170196787637Klumb, Elsa Kuhnhttp://lattes.cnpq.br/5975014807700230Bianchi, Valmor JoãoSilva, Flávia Lourenço dareponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELORIGINALdissertacao_flavia_silva.pdfdissertacao_flavia_silva.pdfapplication/pdf1940368http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/12786/1/dissertacao_flavia_silva.pdf21eb7812ff2f5d2a2f28b8d46b4a8104MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-867http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/12786/2/license.txtfbd6c74465857056e3ca572d7586661bMD52open accessTEXTdissertacao_flavia_silva.pdf.txtdissertacao_flavia_silva.pdf.txtExtracted texttext/plain242776http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/12786/3/dissertacao_flavia_silva.pdf.txt1553fc3d91e61ca7ad50d6c3ec1bb61aMD53open accessTHUMBNAILdissertacao_flavia_silva.pdf.jpgdissertacao_flavia_silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1231http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/12786/4/dissertacao_flavia_silva.pdf.jpg52c327da187dd04df63466ed4f1d5753MD54open accessprefix/127862024-04-19 03:02:17.31open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/12786VG9kb3Mgb3MgaXRlbnMgZGVzc2EgY29tdW5pZGFkZSBzZWd1ZW0gYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2024-04-19T06:02:17Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
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Silva, Flávia Lourenço da
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