Utilização de microalgas (Schizochytrium sp) como fonte rica em ácido graxo docosahexaenóico na dieta de poedeiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Verônica Lisboa
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10849
Resumo: O baixo consumo de alimentos fontes de ácidos graxos poli-insaturados ômega -3, como peixes, seja pelos preços elevados ou questões culturais, principalmente na população ocidental, é considerado muito inferior aos recomendados pelas agências internacionais. No intuito de aumentar a disponibilidade de alimentos que sejam fontes destes nutrientes à população, diversas pesquisas vêm sendo realizadas visando o enriqueciemtno de ovos, visto que, são fonte de proteínas, gorduras e micronutrientes que desempenham um papel importante na nutrição humana e sua composição lipídica é alterada sensivelmente, de acordo com a manipulação da dieta da poedeira. Diante deste cenário, novas fontes de ácidos graxos poli instaurados ômega - 3 ganham força neste mercado, como as microalgas marinhas. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos da inclusão de um produto comercial, elaborado a base de microalgas marinhas do gênero Schizochytrium, na dieta de poedeiras sobre o desempenho produtivo, resposta imunológica, qualidade e análise sensorial dos ovos, bem como, perfil lipídico das gemas. Um total de 192 poedeiras da linhagem Isa brown, com 30 semanas de idade, foram mantidas em gaiolas de postura, sendo três aves⁄gaiola, o que constituiu a unidade experimental, totalizando 64 unidades experimentais. Durante 126 dias experimentais, divididos em seis ciclos produtivos, de 21 dias cada, as aves receberam quatro tratamentos dietéticos, sendo: T1: controle (milho e farelo de soja), sem adição de microalgas; T2: T1 + microalgas (0,5%); T3: T1+ microalgas (1,0%) e, T4: T1+ microalgas (2,0%), sendo 16 repetições⁄tratamento em um delineamento ao acaso. As aves foram vacinadas contra a doença de Newcastle e submetidas à coleta de sangue para avaliação da série leucocitária total e diferencial e soro, para a realização do teste de imunidade humoral. A avaliação do perfil lipídico das gemas foi realizada através de cromatografia gasosa e a análise sensorial através do teste de comparação múltipla. Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão polinomial. Não houve efeito significativo dos tratamentos sobre as variáveis de desempenho produtivo, resposta imunológica das aves, qualidade e características sensoriais dos ovos. O perfil lipídico das gemas foi alterado de acordo com os tratamentos. Foi observado efeito quadrático, inesperado, na concentração de ácido mirístico, sendo o maior teor atribuído às gemas dos ovos das aves que receberam 0,5% de microalgas nas dietas; aumento no teor do ácido graxo poli-instaurado docosahexaenóico (ômega-3, DHA), de acordo com o aumento dos níveis de algas na dieta, diminuição na relação entre os ácidos graxos araquidônico e DHA e diminuição na relação entre os ácidos graxos ômega-6 e ômega - 3 de acordo com o aumento da inclusão de microalgas às dietas. Com base nestes dados, a inclusão de microalgas em dietas de poedeiras pode aumentar o teor de DHA nas gemas, sem interferir na qualidade e características sensoriais dos ovos, desempenho e resposta imunológica das aves, constituindo-se em uma fonte alternativa de ácidos graxos poli-insaturados da série ômega - 3 à população.
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spelling 2023-12-04T19:14:18Z2023-12-04T19:14:18Z2016-02-24SANTOS, Verônica Lisboa. Utilização de microalgas (Schizochytrium sp) como fonte rica em ácido graxo docosahexaenóico na dieta de poedeiras 2016. 117 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós Graduação em Zootecnia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas/RS.http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10849O baixo consumo de alimentos fontes de ácidos graxos poli-insaturados ômega -3, como peixes, seja pelos preços elevados ou questões culturais, principalmente na população ocidental, é considerado muito inferior aos recomendados pelas agências internacionais. No intuito de aumentar a disponibilidade de alimentos que sejam fontes destes nutrientes à população, diversas pesquisas vêm sendo realizadas visando o enriqueciemtno de ovos, visto que, são fonte de proteínas, gorduras e micronutrientes que desempenham um papel importante na nutrição humana e sua composição lipídica é alterada sensivelmente, de acordo com a manipulação da dieta da poedeira. Diante deste cenário, novas fontes de ácidos graxos poli instaurados ômega - 3 ganham força neste mercado, como as microalgas marinhas. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos da inclusão de um produto comercial, elaborado a base de microalgas marinhas do gênero Schizochytrium, na dieta de poedeiras sobre o desempenho produtivo, resposta imunológica, qualidade e análise sensorial dos ovos, bem como, perfil lipídico das gemas. Um total de 192 poedeiras da linhagem Isa brown, com 30 semanas de idade, foram mantidas em gaiolas de postura, sendo três aves⁄gaiola, o que constituiu a unidade experimental, totalizando 64 unidades experimentais. Durante 126 dias experimentais, divididos em seis ciclos produtivos, de 21 dias cada, as aves receberam quatro tratamentos dietéticos, sendo: T1: controle (milho e farelo de soja), sem adição de microalgas; T2: T1 + microalgas (0,5%); T3: T1+ microalgas (1,0%) e, T4: T1+ microalgas (2,0%), sendo 16 repetições⁄tratamento em um delineamento ao acaso. As aves foram vacinadas contra a doença de Newcastle e submetidas à coleta de sangue para avaliação da série leucocitária total e diferencial e soro, para a realização do teste de imunidade humoral. A avaliação do perfil lipídico das gemas foi realizada através de cromatografia gasosa e a análise sensorial através do teste de comparação múltipla. Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão polinomial. Não houve efeito significativo dos tratamentos sobre as variáveis de desempenho produtivo, resposta imunológica das aves, qualidade e características sensoriais dos ovos. O perfil lipídico das gemas foi alterado de acordo com os tratamentos. Foi observado efeito quadrático, inesperado, na concentração de ácido mirístico, sendo o maior teor atribuído às gemas dos ovos das aves que receberam 0,5% de microalgas nas dietas; aumento no teor do ácido graxo poli-instaurado docosahexaenóico (ômega-3, DHA), de acordo com o aumento dos níveis de algas na dieta, diminuição na relação entre os ácidos graxos araquidônico e DHA e diminuição na relação entre os ácidos graxos ômega-6 e ômega - 3 de acordo com o aumento da inclusão de microalgas às dietas. Com base nestes dados, a inclusão de microalgas em dietas de poedeiras pode aumentar o teor de DHA nas gemas, sem interferir na qualidade e características sensoriais dos ovos, desempenho e resposta imunológica das aves, constituindo-se em uma fonte alternativa de ácidos graxos poli-insaturados da série ômega - 3 à população.Low omega 3 PUFA consumption by population, for price (high fish price) or for cultural reasons, mainly in the eastern side of the world is a reality. Several studies have been conducted to enrich eggs in omega 3 PUFA to provide those nutrients to human population. Algae-derived omega 3, from Schizochytrium sp has been one of the alternatives to enrich eggs. Therefore, this study aimed to investigate the effect of a DHA-enriched algae product,on productive performance, immune status of layers, sensory evaluation and fatty acid profile of yolk eggs. A total of 192 30-week old Isa Brown layers allocated in cages (3 birds/cage), in a total of 16 replicates per treatment in a completely randomized design was used. During 126 days of experimental period, split into 6 productive cycles of 21 days each one of them, the birds received 4 dietary treatments: T1 – control (corn and soybean meal); T2: T1 + microalgae (0,5%); T3 –T1+ microalgae (1,0%) and T4 – T1+ microalgae (2,0%). Birds were vaccinated against Newcastle virus and underwent blood collection to evaluate total and differential leukocyte count. The fatty acid profile was obtained using gas chromatography and the sensory evaluation was analized using a multiple compaison test. Data were analized using variance and polinomial regression analysis. Productive performance, immune response, egg quality and sensory evaluation were not statistically influenced by dietary treatments. The yolk fatty acid profile was altered according to dietary treatments. An unexpected quadratic effect was observed for myristic acid, in which a higher level was attributed to yolks from hens that received 0,5% microalgae in the diets; increase in DHA omega 3 fatty acids and a decrease in the omega 6:omega 3 fatty acid ratio was observed as microalgae levels increased in the diets. These results indicate that the inclusion of microalgae in layer diets may increase yolk DHA content, without influencing egg quality, sensory evaluation, performance and immune response. Therefore, it may be considered a DHA-enriched egg for the population.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaUFPelBrasilCC BY-NC-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessCIENCIAS AGRARIASZOOTECNIAAQUICULTURAZootecniaAlgasDHAÔmega-3Ovos - ProduçãoUtilização de microalgas (Schizochytrium sp) como fonte rica em ácido graxo docosahexaenóico na dieta de poedeirasUsing of a microalgae (Schizochytrium sp) as a rich source of docosahexaenoic fatty acid in the diet of laying hensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAnciuti, Marcos AntonioRut, FernandoSantos, Verônica Lisboareponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELORIGINALTese_Veronica_Santos.pdfTese_Veronica_Santos.pdfapplication/pdf1734625http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10849/1/Tese_Veronica_Santos.pdfe3796bf57e5df081731e8872363673e3MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-867http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10849/2/license.txtfbd6c74465857056e3ca572d7586661bMD52open accessTEXTTese_Veronica_Santos.pdf.txtTese_Veronica_Santos.pdf.txtExtracted texttext/plain227900http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10849/3/Tese_Veronica_Santos.pdf.txt172eac0e11b6016c4ea21f307d06680bMD53open accessTHUMBNAILTese_Veronica_Santos.pdf.jpgTese_Veronica_Santos.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1265http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10849/4/Tese_Veronica_Santos.pdf.jpg49dda13acbc9ade60f1a07309c3b7cf6MD54open accessprefix/108492023-12-05 03:02:26.079open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/10849VG9kb3Mgb3MgaXRlbnMgZGVzc2EgY29tdW5pZGFkZSBzZWd1ZW0gYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-12-05T06:02:26Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
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