A “crítica do juízo”: estética ou política? reflexões a partir do pensamento arendtiano.

• Autor(a) principal: Benedetti, Eduardo José Bordignon
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: Schio, Sônia Maria
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5895
• topic: Filosofia; Hannah Arendt; Política

O pensamento político de Hannah Arendt (1096-1975) é marcado pela experiência dos Totalitarismos , considerados por ela como a primeira forma de governo apolítica da História Humana. Diante disso, Arendt afirma a necessidade de compreendê-los em suas origens, para que eventos similares não ocorram. Depois dos Totalitarismos, no século XX, do “ponto de vista do senso comum”, percebe-se que se vive “em um mundo desordenado, um mundo em que não podemos nos orientar seguindo as regras do que um dia já foi o senso comum” (ARENDT, 2002, p. 45). Para desenvolver sua concepção de política, Arendt identificou no juízo estético de Kant, uma “filosofia política não escrita”, receptiva às suas concepções acerca da espontaneidade da ação, do “aparecimento público” e da pluralidade política. Assim, objetiva-se demonstrar que a estética de Kant (na Crítica do Juízo, de 1790) é uma fonte importante do pensamento político de Arendt, no qual repercute em conceitos fundamentais, como sensus communis e mentalidade alargada.