Desempenho e comportamento de larvas e alevinos de jundiá (Rhamdia quelen) em confinamento
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10846 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho e o comportamento de larvas e alevinos de jundiá em condições de confinamento. O primeiro experimento avaliou o crescimento e o comportamento de larvas de jundiá criadas em duas densidades (D100: 1913 larvas/m2 e D400: 7655 larvas/m2 ) por 56 dias. Foi verificado que a densidade afetou o comportamento das larvas, principalmente no momento em que deixaram de ser pelágicas e tornaram-se bentônicas, de modo que a área de fundo ocupada foi fator determinante no desempenho. Embora as larvas do D100 tenham permanecido mais pesadas ao final do experimento (D100 = 607,1 ± 24,6 mg; D400 = 465,4 ± 16,3 mg) o comprimento total foi semelhante (D100 = 39,3 ± 0,6 mm; D400 = 37,1 ± 0,7 mm). Por isso um segundo experimento foi realizado para avaliar o ganho compensatório utilizando alevinos de 666 ± 66 mg provenientes do D100 e de 630 ± 33 mg provenientes do D400. Com esse estudo concluiu-se que o atraso no crescimento causado pela elevada densidade no período da larvicultura não é recuperado no período de 45 dias. Um terceiro experimento foi realizado para avaliar o comportamento canibal de alevinos de jundiá em lotes heterogêneos e alimentados com diferentes tamanhos de partícula de ração. Nesse estudo os alevinos foram divididos em três classes de tamanho chamadas de predadores (Pd) com 389,31± 89,13 mg e 34,47 ± 3,36 mm, presas médias (Pm) com 101,59 ±32,38 mg e 20,76 ± 2,66 mm e presas pequenas (Pp) com 28,13 ± 13,09 mg e 13,51 ± 1,75 mm. A fim de criar lotes heterogêneos, cada unidade experimental foi composta por duas Pd, cinco Pm e cinco Pp e 20 desses grupos foram formados. Para esses grupos foram fornecidos cinco tamanhos de partícula de ração (P: partículas menores que 200 µm; M: partículas entre 200 – 400 µm; G: partículas entre 400 – 600 µm; PG: partículas menores que 200 µm e entre 400 – 600 µm; e MG: ração com partículas entre 200 – 600 µm) a fim de verificar alterações no comportamento canibal. Durante 42 horas foram realizadas observações comportamentais e ao final do estudo o comprimento total (CT) e abertura da boca dos predadores e CT e altura da cabeça das presas foram mensuradas. Foi verificado que a taxa de canibalismo não foi afetada pelos tamanhos de partícula e que de 82,71 a 100% das presas que possuíam a altura da cabeça menor ou igual à abertura da boca dos predadores foram ingeridas, as quais pesavam 11,63 ± 4,30% do peso vivo dos predadores. Além disso, foi verificado que diferença no CT dos indivíduos do lote deve ser menor que 13,7 mm para evitar que os peixes menores sejam engolidos pelos maiores. Assim concluiu-se que o canibalismo persiste mesmo com o uso de partículas energeticamente mais viáveis e que a classificação permanece sendo a melhor forma de evitá-lo no cultivo de jundiás provenientes de reprodutores selvagens. |
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2023-12-04T19:12:55Z2023-12-04T19:12:55Z2016COSTENARO-FERREIRA, C. Desempenho e comportamento de larvas e alevinos de jundiá (Rhamdia quelen) em confinamento. 2016. 69 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2016.http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10846O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho e o comportamento de larvas e alevinos de jundiá em condições de confinamento. O primeiro experimento avaliou o crescimento e o comportamento de larvas de jundiá criadas em duas densidades (D100: 1913 larvas/m2 e D400: 7655 larvas/m2 ) por 56 dias. Foi verificado que a densidade afetou o comportamento das larvas, principalmente no momento em que deixaram de ser pelágicas e tornaram-se bentônicas, de modo que a área de fundo ocupada foi fator determinante no desempenho. Embora as larvas do D100 tenham permanecido mais pesadas ao final do experimento (D100 = 607,1 ± 24,6 mg; D400 = 465,4 ± 16,3 mg) o comprimento total foi semelhante (D100 = 39,3 ± 0,6 mm; D400 = 37,1 ± 0,7 mm). Por isso um segundo experimento foi realizado para avaliar o ganho compensatório utilizando alevinos de 666 ± 66 mg provenientes do D100 e de 630 ± 33 mg provenientes do D400. Com esse estudo concluiu-se que o atraso no crescimento causado pela elevada densidade no período da larvicultura não é recuperado no período de 45 dias. Um terceiro experimento foi realizado para avaliar o comportamento canibal de alevinos de jundiá em lotes heterogêneos e alimentados com diferentes tamanhos de partícula de ração. Nesse estudo os alevinos foram divididos em três classes de tamanho chamadas de predadores (Pd) com 389,31± 89,13 mg e 34,47 ± 3,36 mm, presas médias (Pm) com 101,59 ±32,38 mg e 20,76 ± 2,66 mm e presas pequenas (Pp) com 28,13 ± 13,09 mg e 13,51 ± 1,75 mm. A fim de criar lotes heterogêneos, cada unidade experimental foi composta por duas Pd, cinco Pm e cinco Pp e 20 desses grupos foram formados. Para esses grupos foram fornecidos cinco tamanhos de partícula de ração (P: partículas menores que 200 µm; M: partículas entre 200 – 400 µm; G: partículas entre 400 – 600 µm; PG: partículas menores que 200 µm e entre 400 – 600 µm; e MG: ração com partículas entre 200 – 600 µm) a fim de verificar alterações no comportamento canibal. Durante 42 horas foram realizadas observações comportamentais e ao final do estudo o comprimento total (CT) e abertura da boca dos predadores e CT e altura da cabeça das presas foram mensuradas. Foi verificado que a taxa de canibalismo não foi afetada pelos tamanhos de partícula e que de 82,71 a 100% das presas que possuíam a altura da cabeça menor ou igual à abertura da boca dos predadores foram ingeridas, as quais pesavam 11,63 ± 4,30% do peso vivo dos predadores. Além disso, foi verificado que diferença no CT dos indivíduos do lote deve ser menor que 13,7 mm para evitar que os peixes menores sejam engolidos pelos maiores. Assim concluiu-se que o canibalismo persiste mesmo com o uso de partículas energeticamente mais viáveis e que a classificação permanece sendo a melhor forma de evitá-lo no cultivo de jundiás provenientes de reprodutores selvagens.The goal of this study was to evaluate the performance and the behavior of larvae and fry of jundiá in confinement. The first test evaluated the growth and behavior of jundiá larvae reared on two stocking densities (D100: 1,913 larvae/m2 e D400: 7,655 larvas/m2) for 56 days. It was verified that behavior was affected by densities, mainly at the moment of the change to the benthic habit, when the bottom area occupied was determinant on performance. Although D100 larvae have remained heavier at the end of the test (D100 = 607.1 ± 24.6 mg; D400 = 465.4 ± 16.3 mg ), the total length was similar (D100 = 39.3 ± 0.6 mm; D400 = 37.1 ± 0.7 mm). For this a second test was performed to evaluate the compensatory growth, by using jundiá fry of 666 ± 66 mg from D100 and of 630 ± 33 mg from D400 treatment. From this work, it was concluded that the growth delay due to high stocking density in the larviculture is not recovered in 45 days. A third study was made to evaluate the cannibal behavior of jundiá fry in heterogeneous batches fed on food with different particle sizes. In this experiment jundiá fry were divided into three size classes referred to as predators (Pd) of 389.31 ± 89.13 mg weight and 34.47 ± 3.36 mm total length (TL), medium-sized prey (Mp) of 101.59 ± 32.38 mg weight and 20.76 ± 2.66 mm TL, and small-sized prey (Sp) of 28.13 ± 13.09 mg weight and 13.51 ± 1.75 mm TL. In order to create heterogeneous batches 20 of these groups were made composed of two Pd, five Mp, and five Sp. To these groups were offered a food with five particle sizes (S: <200 µm; M: 200-400 µm; L: 400-600 µm; SL: <200 µm and 400-600 µm; ML: 200-600 µm) in order to verify changes in cannibal behavior. During 42 hours the behavior was observed and at the end of the study the total length (TL), mouth gape of the predators, and TL and head height of the prey were measured. It was found that CR was unaffected by the different food particle sizes and that 82.71%–100% of the prey with head height smaller than or equal to the predator‟s mouth gape were ingested which weighed around 11.63% ± 4.30% of the predator weight. Moreover, it was verified that if the difference in the TL of the individuals of the batch is >13.7 mm, then the smaller fish may be eaten by the larger ones. Thus, it is concluded that cannibalism persists despite the supply of more energetically favorable rations and that size grading remains the only practical method to reduce cannibalism in the hatchery of jundiá fry obtained from a wild pair.Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaUFPelBrasilCC BY-NC-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessCIENCIAS AGRARIASZOOTECNIANUTRICAO E ALIMENTACAO ANIMALZootecniaPeixesJundiáDensidade de estocagemCanibalismoBagre prateadoPeixe bentônicoStocking densitiesCannibalismFishSilver catfishBenthic fishDesempenho e comportamento de larvas e alevinos de jundiá (Rhamdia quelen) em confinamentoPerformance and behavior of larvae and fry of jundiá (Rhamdia quelen) in confinementinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPiedras, Sérgio Renato NoguezCostenaro-Ferreira, Cristianoreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELORIGINALTESE_CRISTIANO_COSTENARO_FERREIRA.pdfTESE_CRISTIANO_COSTENARO_FERREIRA.pdfapplication/pdf674407http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10846/1/TESE_CRISTIANO_COSTENARO_FERREIRA.pdfdc226413054d2a9e3c92ce4faed68d86MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-867http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10846/2/license.txtfbd6c74465857056e3ca572d7586661bMD52open accessTEXTTESE_CRISTIANO_COSTENARO_FERREIRA.pdf.txtTESE_CRISTIANO_COSTENARO_FERREIRA.pdf.txtExtracted texttext/plain115436http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10846/3/TESE_CRISTIANO_COSTENARO_FERREIRA.pdf.txtdc489b475f9c9dccbac4fc01e0cc65d6MD53open accessTHUMBNAILTESE_CRISTIANO_COSTENARO_FERREIRA.pdf.jpgTESE_CRISTIANO_COSTENARO_FERREIRA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1251http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10846/4/TESE_CRISTIANO_COSTENARO_FERREIRA.pdf.jpg5152ff8c578f0b8d3d0bbf07a973e56aMD54open accessprefix/108462023-12-05 03:02:14.253open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/10846VG9kb3Mgb3MgaXRlbnMgZGVzc2EgY29tdW5pZGFkZSBzZWd1ZW0gYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-12-05T06:02:14Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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