Excesso de peso e mortalidade em estados brasileiros e argentinos

• Autor(a) principal: Amann, Valeria Romina
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4897
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO; Nutrição; Índice de massa corporal; Mortalidade; Estudo observacional; Body mass index; Mortality; Observational study

O excesso de peso atinge mais da metade da população adulta no mundo, sendo um forte fator de risco para doenças crônicas não trasmissíveis, que são a principal causa de morte, principalmente em pessoas com idade inferior a 70 anos. No que se refere a relação entre excesso de peso e mortalidade, os estudos têm mostrado resultados controversos. Nesse sentido, o presente trabalho investigou a associação entre as prevalências de excesso de peso e obesidade com as taxas de mortalidade total e específica no Brasil e na Argentina por meio de um estudo ecológico. As prevalências de excesso de peso e obesidade foram obtidas do inquérito telefônico Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas), no Brasil, e da ENFR (Encuesta Nacional de Factores de Riesgo para Enfermedades No Transmisibles) na Argentina, enquanto as taxas de mortalidade geral e específicas (por cânceres dependentes de hormônios e por doenças cardiovasculares) foram obtidas do Sistema de Informações sobre Mortalidade do DATASUS para o Brasil e da Direção de Estatísticas e Informações de Saúde do Ministério da Saúde da Argentina. Resultados da análise de regressão linear mostraram associações negativas para todas as exposições e desfechos na Argentina, as quais foram atenuadas, após o ajuste para os potenciais fatores de confusão. No Brasil, a análise bruta não encontrou associação entre as prevalências de excesso de peso e obesidade com as taxas de mortalidade geral e específica. Por outro lado, após o ajuste, observou-se uma associação positiva entre a proporção de indivíduos classificados com IMC normal e a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares (β= 5,14; IC95% 0,84 e 9,45) e negativa entre a prevalência de excesso de peso e essa taxa de mortalidade (β= -4,03; IC95% -8,05 e 0,02). Conclui-se que os resultados das associações entre as prevalências de excesso de peso e obesidade com as taxas de mortalidade geral e específica foram inconsistentes, tanto no Brasil quanto na Argentina.