O EMPREENDEDOR DE SI MESMO E A FLEXIBILIZAÇÃO NO MUNDO DO TRABALHO
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Sociologia e Política |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31671 |
Resumo: | A existência social dos indivíduos, para muitos de seus intérpretes, pela via de discursos religiosos, dediscursos políticos ou até mesmo pela via de algumas correntes do pensamento sociológico, parece não serpossível sem a existência de metanarrativas que lhes confira sentido. Este artigo tem como objetivo fazeruma discussão teórica sobre a construção discursiva do empreendedor de si mesmo como o indivíduo aptoa enfrentar as rápidas e drásticas mudanças ocorridas no mundo do trabalho com o advento da flexibilizaçãoprodutiva. Advogamos em favor da hipótese de que essa construção discursiva não apresenta um tipo deindivíduo potencialmente acessível a todos, pois ele pressupõe a construção de si mesmo sem os suportes deum projeto comum de sociedade. Em outras palavras, estamos diante de um tipo de indivíduo desvinculadode pertenças coletivas e desprovido de qualquer tipo de proteção social fornecida pelo Estado e, por isso,inviável de ser pensado como padrão universal de comportamento em uma sociedade que busca a diminuiçãodas desigualdades sociais. |
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O EMPREENDEDOR DE SI MESMO E A FLEXIBILIZAÇÃO NO MUNDO DO TRABALHOSociologiaprodução flexível; precarização; insegurança social e ontológica; empreendedor de si mesmoA existência social dos indivíduos, para muitos de seus intérpretes, pela via de discursos religiosos, dediscursos políticos ou até mesmo pela via de algumas correntes do pensamento sociológico, parece não serpossível sem a existência de metanarrativas que lhes confira sentido. Este artigo tem como objetivo fazeruma discussão teórica sobre a construção discursiva do empreendedor de si mesmo como o indivíduo aptoa enfrentar as rápidas e drásticas mudanças ocorridas no mundo do trabalho com o advento da flexibilizaçãoprodutiva. Advogamos em favor da hipótese de que essa construção discursiva não apresenta um tipo deindivíduo potencialmente acessível a todos, pois ele pressupõe a construção de si mesmo sem os suportes deum projeto comum de sociedade. Em outras palavras, estamos diante de um tipo de indivíduo desvinculadode pertenças coletivas e desprovido de qualquer tipo de proteção social fornecida pelo Estado e, por isso,inviável de ser pensado como padrão universal de comportamento em uma sociedade que busca a diminuiçãodas desigualdades sociais.UFPRBarbosa, Attila Magno e Silva2011-02-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31671Revista de Sociologia e Política; v. 19, n. 38 (2011)1678-98730104-4478reponame:Revista de Sociologia e Políticainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31671/20195info:eu-repo/semantics/openAccess2013-04-28T03:09:16Zoai:revistas.ufpr.br:article/31671Revistahttps://revistas.ufpr.br/rspPUBhttps://revistas.ufpr.br/rsp/oai||editoriarsp@ufpr.br1678-98730104-4478opendoar:2013-04-28T03:09:16Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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