A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASIL
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Sociologia e Política |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/28741 |
Resumo: | De acordo com alguns autores, a volatilidade eleitoral é um dos indicadores da institucionalização de umsistema partidário sob um regime democrático. Graus baixos ou moderados de oscilação da preferênciaeleitoral indicam que os partidos políticos participantes das disputas eleitorais são exitosos na tarefa deefetivamente canalizar as preferências do eleitorado de um país. Níveis elevados de volatilidade eleitoral,por outro lado, são vistos como evidência do precário enraizamento dos partidos na sociedade. O objetivoprimordial deste artigo é verificar se a tendência de declínio da volatilidade eleitoral no Brasil, observadano plano nacional em vários estudos, (a) também se repete no plano estadual e (b) em eleições outras queas disputas presidenciais. O artigo abrange o período de 1982 a 2006 e examina os cinco tipos de pleitos dosistema eleitoral brasileiro: as eleições presidenciais, para os governos estaduais, Senado, Câmara dosDeputados e Assembléias Legislativas. Sua principal inovação consiste na análise da volatilidade eleitoralno âmbito dos distritos estaduais, o que nos permite começar a mapear e a entender o impacto das peculiaridadesda política subnacional sobre a dinâmica eleitoral. A principal conclusão desse artigo é a de queo Brasil vem experimentando, embora com importantes exceções, uma tendência geral de declínio davolatilidade tanto no plano nacional quanto estadual, o que, da perspectiva da institucionalização dosistema partidário, representa uma boa notícia. Salientamos também, no entanto, que, como essa tendênciadeclinante não é acompanhada pela melhora dos níveis de satisfação dos brasileiros com os partidospolíticos e nem pelo aumento da taxa de identificação partidária, a poliarquia brasileira parece estardiante de um grave problema de representação política. |
id |
UFPR-10_28777ea24156ec42e7a6fb25c2623ac3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.ufpr.br:article/28741 |
network_acronym_str |
UFPR-10 |
network_name_str |
Revista de Sociologia e Política |
repository_id_str |
|
spelling |
A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASILCiência Políticavolatilidade eleitoral; sistema partidário; democracia; política subnacionalDe acordo com alguns autores, a volatilidade eleitoral é um dos indicadores da institucionalização de umsistema partidário sob um regime democrático. Graus baixos ou moderados de oscilação da preferênciaeleitoral indicam que os partidos políticos participantes das disputas eleitorais são exitosos na tarefa deefetivamente canalizar as preferências do eleitorado de um país. Níveis elevados de volatilidade eleitoral,por outro lado, são vistos como evidência do precário enraizamento dos partidos na sociedade. O objetivoprimordial deste artigo é verificar se a tendência de declínio da volatilidade eleitoral no Brasil, observadano plano nacional em vários estudos, (a) também se repete no plano estadual e (b) em eleições outras queas disputas presidenciais. O artigo abrange o período de 1982 a 2006 e examina os cinco tipos de pleitos dosistema eleitoral brasileiro: as eleições presidenciais, para os governos estaduais, Senado, Câmara dosDeputados e Assembléias Legislativas. Sua principal inovação consiste na análise da volatilidade eleitoralno âmbito dos distritos estaduais, o que nos permite começar a mapear e a entender o impacto das peculiaridadesda política subnacional sobre a dinâmica eleitoral. A principal conclusão desse artigo é a de queo Brasil vem experimentando, embora com importantes exceções, uma tendência geral de declínio davolatilidade tanto no plano nacional quanto estadual, o que, da perspectiva da institucionalização dosistema partidário, representa uma boa notícia. Salientamos também, no entanto, que, como essa tendênciadeclinante não é acompanhada pela melhora dos níveis de satisfação dos brasileiros com os partidospolíticos e nem pelo aumento da taxa de identificação partidária, a poliarquia brasileira parece estardiante de um grave problema de representação política.UFPRBohn, Simone R.Paiva, Denise2009-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/28741Revista de Sociologia e Política; v. 17, n. 33 (2009)1678-98730104-4478reponame:Revista de Sociologia e Políticainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/28741/18848info:eu-repo/semantics/openAccess2012-08-30T20:53:03Zoai:revistas.ufpr.br:article/28741Revistahttps://revistas.ufpr.br/rspPUBhttps://revistas.ufpr.br/rsp/oai||editoriarsp@ufpr.br1678-98730104-4478opendoar:2012-08-30T20:53:03Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASIL |
title |
A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASIL |
spellingShingle |
A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASIL Bohn, Simone R. Ciência Política volatilidade eleitoral; sistema partidário; democracia; política subnacional |
title_short |
A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASIL |
title_full |
A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASIL |
title_fullStr |
A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASIL |
title_full_unstemmed |
A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASIL |
title_sort |
A VOLATILIDADE ELEITORAL NOS ESTADOS SISTEMA PARTIDÁRIO E DEMOCRACIA NO BRASIL |
author |
Bohn, Simone R. |
author_facet |
Bohn, Simone R. Paiva, Denise |
author_role |
author |
author2 |
Paiva, Denise |
author2_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bohn, Simone R. Paiva, Denise |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ciência Política volatilidade eleitoral; sistema partidário; democracia; política subnacional |
topic |
Ciência Política volatilidade eleitoral; sistema partidário; democracia; política subnacional |
description |
De acordo com alguns autores, a volatilidade eleitoral é um dos indicadores da institucionalização de umsistema partidário sob um regime democrático. Graus baixos ou moderados de oscilação da preferênciaeleitoral indicam que os partidos políticos participantes das disputas eleitorais são exitosos na tarefa deefetivamente canalizar as preferências do eleitorado de um país. Níveis elevados de volatilidade eleitoral,por outro lado, são vistos como evidência do precário enraizamento dos partidos na sociedade. O objetivoprimordial deste artigo é verificar se a tendência de declínio da volatilidade eleitoral no Brasil, observadano plano nacional em vários estudos, (a) também se repete no plano estadual e (b) em eleições outras queas disputas presidenciais. O artigo abrange o período de 1982 a 2006 e examina os cinco tipos de pleitos dosistema eleitoral brasileiro: as eleições presidenciais, para os governos estaduais, Senado, Câmara dosDeputados e Assembléias Legislativas. Sua principal inovação consiste na análise da volatilidade eleitoralno âmbito dos distritos estaduais, o que nos permite começar a mapear e a entender o impacto das peculiaridadesda política subnacional sobre a dinâmica eleitoral. A principal conclusão desse artigo é a de queo Brasil vem experimentando, embora com importantes exceções, uma tendência geral de declínio davolatilidade tanto no plano nacional quanto estadual, o que, da perspectiva da institucionalização dosistema partidário, representa uma boa notícia. Salientamos também, no entanto, que, como essa tendênciadeclinante não é acompanhada pela melhora dos níveis de satisfação dos brasileiros com os partidospolíticos e nem pelo aumento da taxa de identificação partidária, a poliarquia brasileira parece estardiante de um grave problema de representação política. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-06-30 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/28741 |
url |
https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/28741 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/28741/18848 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UFPR |
publisher.none.fl_str_mv |
UFPR |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista de Sociologia e Política; v. 17, n. 33 (2009) 1678-9873 0104-4478 reponame:Revista de Sociologia e Política instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
instname_str |
Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
instacron_str |
UFPR |
institution |
UFPR |
reponame_str |
Revista de Sociologia e Política |
collection |
Revista de Sociologia e Política |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
repository.mail.fl_str_mv |
||editoriarsp@ufpr.br |
_version_ |
1799761025394802688 |