Globalização e macrossociologia histórica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Sociologia e Política |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/3629 |
Resumo: | O artigo discute como o fenômeno que se convencionou chamar de "globalização" afetou e afeta dois ramos da Macrossociologia Histórica - a Sociologia Histórica e Comparativa (SHC) e a Economia Política dos Sistemas-Mundo (EPSM) -, ao mesmo tempo em que procura determinar os limites da própria "globalização". Inicialmente, indica-se que a globalização representa a constituição de um sistema econômico mundial, em detrimento dos estados nacionais - o que reforçaria a EPSM e debilitaria a SHC. Em seguida, procura-se indicar que as características da "globalização" justificam sua novidade: a partir de uma perspectiva de longa duração, considera-se que estamos em um período de expansão das relações econômicas em nível mundial, da mesma forma como em outras ocasiões no passado. O artigo se encerra considerando que muitas das limitações da SHC e da EPSM devem-se à centralidade que conferem ao construto caracteristicamente ocidental do Estado-nação, embora a atual onda de globalização deva muito de sua importância à atividade de países não-ocidentais, em especial os do Leste Asiático. Abstract This article looks at how the phenomenon that we are accustomed to refer to as "globalization" has affected and continues to affect two branches of Historical Macrosociology - Historical and Comparative Sociology (HCS), and the Political Economy of World Systems (PEWS) - while at the same time considering the limits of globalization itself. First, globalization is seen as constituting a world economic system, in detriment of nation states,- which would in fact strengthen PEWS and weaken HCS. Next, it is argued that the characteristics of "globalization" justify its novelty: from the point of view of the long duration, we are undergoing a period of expansion of economic relations at the world level, as in other moments in the past. The article concludes with the consideration that many of the limitations of HCS and PEWS are due to the centrality that they confer to the characteristically Western construct of the nation state, whereas the current wave of globalization owes much of its importance to the activity of non-Western countries, East Asia in particular. Résumé L'article réfléchit sur comment le phénomène qu'on appelle «globalisation» a atteint et atteint toujours deux branches de la Macrosocilogie Historique - la Sociologie Historique et Comparative (SHC) et l'Economie Politique des Systèmes-Monde (EPSM) -, tout en cherchant à définir les limites de la «globalisation» elle-même. D'abord, on montre que la globalisation représente la constitution d'un système économique mondial au détriment des Etats nationaux - ce qui conforterait l'EPSM et rendrait fragile la SHC. Ensuite, on essaie de montrer que les caractéristiques de la «globalisation» expliquent son caractère inédit: a partir d'une perspective à long terme, on considère qu'on se trouve dans une période d'expansion des relations économiques sur le plan mondial comme il s'est produit par le passé. L'article se termine par l'idée que les limites de la SHC et de l'EPSM sont dues à la centralité fournie par la construction typiquement occidentale de l'Etat-nation, bien que l'actuelle vague de mondialisation doive son importance notamment à l'activité des pays non occidentaux, surtout ceux de l'est de l'Asie. |
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