A ARGENTINA ENTRE AS REFORMAS ECONÔMICAS NEOLIBERAIS E A REDEFINIÇÃO DAS NEGOCIAÇÕES COM O FMI (1989-2007)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Sociologia e Política |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/28729 |
Resumo: | Este artigo tem por objetivo analisar a influência da crise econômica sobre a formação de novas coalizõespolíticas na Argentina dos anos 2000, as quais levaram a uma ruptura em relação à política econômicaadotada pelos governos Menem e De la Rúa. Essas transformações permitiram uma mudança na estratégiado governo Kirchner nas relações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), levando a uma posiçãomais dura do governo argentino em rechaço às posições do Fundo. A política econômica sustentada pelosgovernos Duhalde e Kirchner teve como base o regime cambial competitivo, em substituição ao regime deconversibilidade vigente nos anos 1990, e contou com o apoio dos grupos empresariais voltados para omercado doméstico, favorecidos pela desvalorização do peso. A proposta desses governos para a promoçãodo crescimento econômico excluiu atores com vínculos externos, que faziam parte das coalizões de apoionas gestões Menem e De la Rúa. Entre os excluídos estavam os credores que detinham papéis da dívida emmoratória desde 2001 e empresas prestadoras de serviços públicos privatizadas na década de 1990, querecebiam apoio do FMI. Essas razões explicam o fato das negociações com o Fundo durante o governoKirchner terem sido marcadas por impasses e pela postura firme dos negociadores argentinos. Transformaçõesno contexto internacional também tiveram impacto sobre as negociações do governo Kirchner com oFMI. Com a eleição de George W. Bush nos Estados Unidos, em 2000, enfraqueceu-se o apoio norte-americanoà concessão de empréstimos do Fundo a países em desenvolvimento. O governo republicano defendeuainda a redução do papel do FMI na intermediação das negociações entre países devedores e credoresprivados. O governo argentino sentia que já poderia, nessa altura, dispensar a intermediação de instituiçõesfinanceiras internacionais nas negociações referentes à dívida pública. |
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A ARGENTINA ENTRE AS REFORMAS ECONÔMICAS NEOLIBERAIS E A REDEFINIÇÃO DAS NEGOCIAÇÕES COM O FMI (1989-2007)Sociologia; Relações InternacionaisArgentina; coalizões; neoliberalismo; Kirchner; FMI.Este artigo tem por objetivo analisar a influência da crise econômica sobre a formação de novas coalizõespolíticas na Argentina dos anos 2000, as quais levaram a uma ruptura em relação à política econômicaadotada pelos governos Menem e De la Rúa. Essas transformações permitiram uma mudança na estratégiado governo Kirchner nas relações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), levando a uma posiçãomais dura do governo argentino em rechaço às posições do Fundo. A política econômica sustentada pelosgovernos Duhalde e Kirchner teve como base o regime cambial competitivo, em substituição ao regime deconversibilidade vigente nos anos 1990, e contou com o apoio dos grupos empresariais voltados para omercado doméstico, favorecidos pela desvalorização do peso. A proposta desses governos para a promoçãodo crescimento econômico excluiu atores com vínculos externos, que faziam parte das coalizões de apoionas gestões Menem e De la Rúa. Entre os excluídos estavam os credores que detinham papéis da dívida emmoratória desde 2001 e empresas prestadoras de serviços públicos privatizadas na década de 1990, querecebiam apoio do FMI. Essas razões explicam o fato das negociações com o Fundo durante o governoKirchner terem sido marcadas por impasses e pela postura firme dos negociadores argentinos. Transformaçõesno contexto internacional também tiveram impacto sobre as negociações do governo Kirchner com oFMI. Com a eleição de George W. Bush nos Estados Unidos, em 2000, enfraqueceu-se o apoio norte-americanoà concessão de empréstimos do Fundo a países em desenvolvimento. O governo republicano defendeuainda a redução do papel do FMI na intermediação das negociações entre países devedores e credoresprivados. O governo argentino sentia que já poderia, nessa altura, dispensar a intermediação de instituiçõesfinanceiras internacionais nas negociações referentes à dívida pública.UFPRMarques da Silva, Roberta Rodrigues2009-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/28729Revista de Sociologia e Política; v. 17, n. 33 (2009)1678-98730104-4478reponame:Revista de Sociologia e Políticainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/28729/18837info:eu-repo/semantics/openAccess2012-08-30T20:53:03Zoai:revistas.ufpr.br:article/28729Revistahttps://revistas.ufpr.br/rspPUBhttps://revistas.ufpr.br/rsp/oai||editoriarsp@ufpr.br1678-98730104-4478opendoar:2012-08-30T20:53:03Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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