MINIMALISMO SCHUMPETERIANO, TEORIA ECONÔMICA DA DEMOCRACIA E ESCOLHA RACIONAL
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Sociologia e Política |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31666 |
Resumo: | A democracia é um dos temas mais discutidos na Ciência Política. Existe uma unanimidade em torno dalegitimidade do regime democrático vis-à-vis seus opositores. Contudo, se a defesa da democracia éconsensual, não há a mesma concordância sobre o que ela significa. O debate sobre o tema ressurge comoconseqüência da crise da representação política nos países de democracia consolidada, da falência dosregimes autoritários nos países do Leste Europeu, Ásia e América Latina e das incertezas quanto àconsolidação dos regimes democráticos. O artigo analisa alguns pontos de inflexão existentes na teoriademocrática, mormente as questões envolvendo a relação entre democracia, lógica da ação coletiva,representação política, interesse e accountability. Inicia-se apresentando a influência de Max Weber sobrea teoria da democracia de Joseph Schumpeter, depois apresenta-se os fundamentos do minimalismo, suainfluência sobre o pluralismo de Robert Dahl, os paradoxos da lógica da ação coletiva e a teoria econômicada democracia, discorrendo-se também sobre alguns aspectos dos conceitos de representação política,responsabilização, interesse, formação de preferências e vontade geral. Afirma-se que o sentido darepresentação política tem tornado-se cada vez mais complexo, especialmente porque a sua prática não temcoadunado-se com o “ideal da representação popular na política”, característico da utopia democrática.Existe um hiato claro entre a exigência de mais representação e como ela efetiva-se nas sociedades.Contudo, o artigo defende que, apesar de todas as críticas que recebe, a democracia como sistema degoverno sobrevive sob diversas condições sociais e históricas diferentes, e isto ocorre porque existe algocomum a todos os regimes democráticos: instituições representativas. Sem elas, não há como existirdemocracias. |
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MINIMALISMO SCHUMPETERIANO, TEORIA ECONÔMICA DA DEMOCRACIA E ESCOLHA RACIONALCiência Políticademocracia; minimalismo; representação política; accountability; escolha racionalA democracia é um dos temas mais discutidos na Ciência Política. Existe uma unanimidade em torno dalegitimidade do regime democrático vis-à-vis seus opositores. Contudo, se a defesa da democracia éconsensual, não há a mesma concordância sobre o que ela significa. O debate sobre o tema ressurge comoconseqüência da crise da representação política nos países de democracia consolidada, da falência dosregimes autoritários nos países do Leste Europeu, Ásia e América Latina e das incertezas quanto àconsolidação dos regimes democráticos. O artigo analisa alguns pontos de inflexão existentes na teoriademocrática, mormente as questões envolvendo a relação entre democracia, lógica da ação coletiva,representação política, interesse e accountability. Inicia-se apresentando a influência de Max Weber sobrea teoria da democracia de Joseph Schumpeter, depois apresenta-se os fundamentos do minimalismo, suainfluência sobre o pluralismo de Robert Dahl, os paradoxos da lógica da ação coletiva e a teoria econômicada democracia, discorrendo-se também sobre alguns aspectos dos conceitos de representação política,responsabilização, interesse, formação de preferências e vontade geral. Afirma-se que o sentido darepresentação política tem tornado-se cada vez mais complexo, especialmente porque a sua prática não temcoadunado-se com o “ideal da representação popular na política”, característico da utopia democrática.Existe um hiato claro entre a exigência de mais representação e como ela efetiva-se nas sociedades.Contudo, o artigo defende que, apesar de todas as críticas que recebe, a democracia como sistema degoverno sobrevive sob diversas condições sociais e históricas diferentes, e isto ocorre porque existe algocomum a todos os regimes democráticos: instituições representativas. Sem elas, não há como existirdemocracias.UFPRGama Neto, Ricardo Borges2011-02-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31666Revista de Sociologia e Política; v. 19, n. 38 (2011)1678-98730104-4478reponame:Revista de Sociologia e Políticainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31666/20190info:eu-repo/semantics/openAccess2013-04-28T03:09:15Zoai:revistas.ufpr.br:article/31666Revistahttps://revistas.ufpr.br/rspPUBhttps://revistas.ufpr.br/rsp/oai||editoriarsp@ufpr.br1678-98730104-4478opendoar:2013-04-28T03:09:15Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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