MINIMALISMO SCHUMPETERIANO, TEORIA ECONÔMICA DA DEMOCRACIA E ESCOLHA RACIONAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gama Neto, Ricardo Borges
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Sociologia e Política
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31666
Resumo: A democracia é um dos temas mais discutidos na Ciência Política. Existe uma unanimidade em torno dalegitimidade do regime democrático vis-à-vis seus opositores. Contudo, se a defesa da democracia éconsensual, não há a mesma concordância sobre o que ela significa. O debate sobre o tema ressurge comoconseqüência da crise da representação política nos países de democracia consolidada, da falência dosregimes autoritários nos países do Leste Europeu, Ásia e América Latina e das incertezas quanto àconsolidação dos regimes democráticos. O artigo analisa alguns pontos de inflexão existentes na teoriademocrática, mormente as questões envolvendo a relação entre democracia, lógica da ação coletiva,representação política, interesse e accountability. Inicia-se apresentando a influência de Max Weber sobrea teoria da democracia de Joseph Schumpeter, depois apresenta-se os fundamentos do minimalismo, suainfluência sobre o pluralismo de Robert Dahl, os paradoxos da lógica da ação coletiva e a teoria econômicada democracia, discorrendo-se também sobre alguns aspectos dos conceitos de representação política,responsabilização, interesse, formação de preferências e vontade geral. Afirma-se que o sentido darepresentação política tem tornado-se cada vez mais complexo, especialmente porque a sua prática não temcoadunado-se com o “ideal da representação popular na política”, característico da utopia democrática.Existe um hiato claro entre a exigência de mais representação e como ela efetiva-se nas sociedades.Contudo, o artigo defende que, apesar de todas as críticas que recebe, a democracia como sistema degoverno sobrevive sob diversas condições sociais e históricas diferentes, e isto ocorre porque existe algocomum a todos os regimes democráticos: instituições representativas. Sem elas, não há como existirdemocracias.
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