PROBLEMATIZAÇÃO DOS ATRIBUTOS ESTEREOTIPADOS E GORDOFÓBICOS PRESENTES NA OBRA CINEMATOGRÁFICA SHALLOW HAL (O AMOR É CEGO): UMA ANÁLISE FÍLMICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Da Silva, Jadisson Gois
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Mezzaroba, Cristiano
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Livre de Cinema
Texto Completo: https://www.relici.org.br/index.php/relici/article/view/374
Resumo: O estudo ora apresentado versa sobre os atributos estereotipados e, sobretudo, gordofóbicos presentes na sociedade. Desse modo, tendo em vista a potencia que os filmes têm enquanto ferramenta pedagógica inovadora para discussão de temáticas que são pertinentes acerca do processo formativo de sujeitos críticos e reflexivos, principalmente quando inclina para o horizonte das realidades sociais e educacionais, como é o caso da falta de um ambiente escolar que reconheça, valorize e respeite as diversidades existentes, objetivou-se Identificar e problematizar os atributos estereotipados e gordofóbicos presentes na obra cinematográfica Shallow Hal – “O amor é cego” (EUA, 2001), como ferramenta pedagógica sob o viés da análise fílmica. Trata-se de uma pesquisa de cunho descritivo-exploratório, de caráter qualitativo. Contudo, teve como percurso metodológico a análise de conteúdo segundo a proposta de Manuela Penafria (2009). Além disso, ancorou-se na Teoria Histórico-Cultural de Vigotsky. Embora os estudos de Vigotsky não tematizaram a gordofobia, sua construção teórica se torna crucial no sentido de percorrer o caminho histórico para entender as concepções atuais do corpo e suas compreensões. Outro suporte teórico utilizado nas análises é o de Georges Vigarello, que discorre sobre a história da obesidade em “As metamorfoses do gordo” e Erving Goffman frente a questão do estigma social. Desse modo, foi passível de constatação diversos atributos estereotipados e gordofóbicos presentes na obra cinematográfica investigada, em que o corpo gordo é depreciado e visto como anormal/inadequado e que não corresponde aos paradigmas da sociedade vigente. Assim, a película em questão possibilita pertinentes discussões acerca da “epidemia do culto ao corpo” que a sociedade e a mídia têm reconhecido e valorizado, além de oportunizar análises críticas acerca das realidades sociais concretas sobre o processo de estigmatização e exclusão que as pessoas gordas experienciam nos diversos contextos sociais e, inclusive, na própria instituição escolar.PALAVRAS-CHAVE: Gordofobia. Obesidade. Cinema. Estigma social. Escola.
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