A 'EUROPA' À DERIVA NO MUNDO DO CRIME SISTÉMICO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Faculdade de Direito UFPR (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/direito/article/view/34557 |
Resumo: | O A. analisa o processo de integração europeia, assinalando o défice democrático que o caracteriza, com a consequente desvalorização da Europa social, em proveito da Europa do capital, especialmente depois do Tratado de Maastricht, aspectos que foram reforçados com o Tratado de Lisboa e, mais recentemente, com o chamado Tratado Orçamental (2012). Analisa depois o significado da criação da União Económica e Monetária (entrado do euro em circulação, início da atividade do Banco Central Europeu e aplicação das regras monetaristas/neoliberais do Pacto de Estabilidade e Crescimento) e põe em relevo os desequilíbrios por ela introduzidos no seio da União Europeia: a Alemanha surge como o único país que ganha com o deutsche euro, que lhe garantiu saldos positivos da sua balança de pagamentos correntes, alimentados à custa do défice da balança dos pagamentos correntes de outros países, nomeadamente os chamados países do sul. Esta é, segundo o A., uma das explicações da dívida externa destes países, que as políticas impostas pela UE, sob o ‘comando’ da Alemanha, têm agravado, ao mesmo tempo que provocam o empobrecimento da grande maioria dos cidadãos destes países.Objeto de especial atenção é o Tratado Orçamental, peça importante do novo Leviathan que está a construirse na Europa, Tratado que o A. considera um novo pacto colonial. O A. comenta também o projecto em curso de União Monetária e a hipótese de saída do euro, por pate de Portugal e, eventualmente, de outros países do ‘sul’, e também as propostas de mais Europa Política (maior grau de federalização), a caminho de um futuro estado federal europeu. Na parte final, o texto chama a atenção para a gravidade do que está em jogo nas negociações com vista à criação de uma zona de comércio livre que inclua a UE e os EUA (Acordo de Parceria Estratégica), agravando os perigos para a democracia e para a paz inerentes ao capitalismo do crime sistémico que marca a realidade actual na Europa e no mundo, hegemonicamente dominado pelo grande capital financeiro. |
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A 'EUROPA' À DERIVA NO MUNDO DO CRIME SISTÉMICOAcordo da Parceria Estratégica. Banco Central Europeu. Crime sistémico. Deutsche euro. Estado Federal Europeu. Estado Social. “Fascismo de mercado”. Novo Leviathan. Pacto de Estabilidade e Crescimento. Tratado Orçamental. União Económica e Monetária.O A. analisa o processo de integração europeia, assinalando o défice democrático que o caracteriza, com a consequente desvalorização da Europa social, em proveito da Europa do capital, especialmente depois do Tratado de Maastricht, aspectos que foram reforçados com o Tratado de Lisboa e, mais recentemente, com o chamado Tratado Orçamental (2012). Analisa depois o significado da criação da União Económica e Monetária (entrado do euro em circulação, início da atividade do Banco Central Europeu e aplicação das regras monetaristas/neoliberais do Pacto de Estabilidade e Crescimento) e põe em relevo os desequilíbrios por ela introduzidos no seio da União Europeia: a Alemanha surge como o único país que ganha com o deutsche euro, que lhe garantiu saldos positivos da sua balança de pagamentos correntes, alimentados à custa do défice da balança dos pagamentos correntes de outros países, nomeadamente os chamados países do sul. Esta é, segundo o A., uma das explicações da dívida externa destes países, que as políticas impostas pela UE, sob o ‘comando’ da Alemanha, têm agravado, ao mesmo tempo que provocam o empobrecimento da grande maioria dos cidadãos destes países.Objeto de especial atenção é o Tratado Orçamental, peça importante do novo Leviathan que está a construirse na Europa, Tratado que o A. considera um novo pacto colonial. O A. comenta também o projecto em curso de União Monetária e a hipótese de saída do euro, por pate de Portugal e, eventualmente, de outros países do ‘sul’, e também as propostas de mais Europa Política (maior grau de federalização), a caminho de um futuro estado federal europeu. Na parte final, o texto chama a atenção para a gravidade do que está em jogo nas negociações com vista à criação de uma zona de comércio livre que inclua a UE e os EUA (Acordo de Parceria Estratégica), agravando os perigos para a democracia e para a paz inerentes ao capitalismo do crime sistémico que marca a realidade actual na Europa e no mundo, hegemonicamente dominado pelo grande capital financeiro..Avelãs Nunes, António José2013-12-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/direito/article/view/3455710.5380/rfdufpr.v57i0.34557Revista da Faculdade de Direito UFPR; v. 57 (2013)2236-72840104-331510.5380/rfdufpr.v57i0reponame:Revista da Faculdade de Direito UFPR (Online)instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/direito/article/view/34557/21419info:eu-repo/semantics/openAccess2014-06-27T17:12:33Zoai:revistas.ufpr.br:article/34557Revistahttp://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direitoPUBhttp://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/direito/oai||revistadireito@ufpr.br2236-72840104-3315opendoar:2014-06-27T17:12:33Revista da Faculdade de Direito UFPR (Online) - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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