Economic liberalism and security practices: The “reverse” of liberal democracies
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Revista da Faculdade de Direito UFPR (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/direito/article/view/53720 |
Resumo: | Este artigo tem por objetivo analisar alguns dos paradoxos relacionados ao liberalismo econômico e os discursos de segurança a ele subjacentes que, embora neguem os princípios basilares das democracias modernas, passam a fazer parte delas. Neste exame o principal eixo teórico será o pensamento de Foucault. Primeiramente será apontado que o liberalismo econômico, na análise foucaultiana, tem como premissa uma essência antropológica de ser humano, pois assume como ponto de partida que a liberdade só floresce na ausência de constrangimentos. Na medida em que esta premissa metafísica se impõe às instituições das democracias modernas, alguns desdobramentos se colocam. Surge a noção de que o papel das instituições democráticas é o de proporcionar liberdade. Entretanto, só pode haver liberdade se houver segurança. Assim, impõe-se um paradoxo: as democracias têm como telos a liberdade, mas a liberdade pressupõe medidas de segurança (na guerra ao terror, por exemplo) que negam tanto os preceitos democráticos quanto a própria liberdade. |
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Economic liberalism and security practices: The “reverse” of liberal democraciesO liberalismo econômico e as práticas de segurança: o “avesso” das democracias liberaisLiberalismo econômico. Segurança. Liberdade. Democracias liberais.Economical liberalism. Security. Freedom. Liberal democracies.Este artigo tem por objetivo analisar alguns dos paradoxos relacionados ao liberalismo econômico e os discursos de segurança a ele subjacentes que, embora neguem os princípios basilares das democracias modernas, passam a fazer parte delas. Neste exame o principal eixo teórico será o pensamento de Foucault. Primeiramente será apontado que o liberalismo econômico, na análise foucaultiana, tem como premissa uma essência antropológica de ser humano, pois assume como ponto de partida que a liberdade só floresce na ausência de constrangimentos. Na medida em que esta premissa metafísica se impõe às instituições das democracias modernas, alguns desdobramentos se colocam. Surge a noção de que o papel das instituições democráticas é o de proporcionar liberdade. Entretanto, só pode haver liberdade se houver segurança. Assim, impõe-se um paradoxo: as democracias têm como telos a liberdade, mas a liberdade pressupõe medidas de segurança (na guerra ao terror, por exemplo) que negam tanto os preceitos democráticos quanto a própria liberdade.This article aims to analyze some of the paradoxes related to economic liberalism and the underlying security discourses that, although denying the basic principles of modern democracies, become part of them. In this exam the main theoretical axis will be Foucault’s thought. First, it will be pointed out that economic liberalism, in Foucaultian analysis, has as its premise an anthropological essence of being human, since it assumes as its starting point that freedom only flourishes in the absence of constraints. As this metaphysical premise imposes itself on the institutions of modern democracies, some developments are posed. Arises the notion that the role of democratic institutions is to provide freedom. However, there can be freedom only if there is security. Therefore, a paradox is imposed: democracies have freedom as their telos, but freedom presupposes security measures (in the war on terror, for example) that deny both democratic precepts and freedom itself.Revista da Faculdade de Direito UFPR2017-12-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/direito/article/view/5372010.5380/rfdufpr.v62i3.53720Revista da Faculdade de Direito UFPR; v. 62 n. 3 (2017); 221-2422236-72840104-331510.5380/rfdufpr.v62i3reponame:Revista da Faculdade de Direito UFPR (Online)instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporenghttps://revistas.ufpr.br/direito/article/view/53720/34355https://revistas.ufpr.br/direito/article/view/53720/35768Copyright (c) 2017 Revista da Faculdade de Direito UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessMorais, Ricardo Manoel OliveiraSilva, Adriana Campos2018-07-30T14:02:09Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/53720Revistahttp://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direitoPUBhttp://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/direito/oai||revistadireito@ufpr.br2236-72840104-3315opendoar:2018-07-30T14:02:09Revista da Faculdade de Direito UFPR (Online) - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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Este artigo tem por objetivo analisar alguns dos paradoxos relacionados ao liberalismo econômico e os discursos de segurança a ele subjacentes que, embora neguem os princípios basilares das democracias modernas, passam a fazer parte delas. Neste exame o principal eixo teórico será o pensamento de Foucault. Primeiramente será apontado que o liberalismo econômico, na análise foucaultiana, tem como premissa uma essência antropológica de ser humano, pois assume como ponto de partida que a liberdade só floresce na ausência de constrangimentos. Na medida em que esta premissa metafísica se impõe às instituições das democracias modernas, alguns desdobramentos se colocam. Surge a noção de que o papel das instituições democráticas é o de proporcionar liberdade. Entretanto, só pode haver liberdade se houver segurança. Assim, impõe-se um paradoxo: as democracias têm como telos a liberdade, mas a liberdade pressupõe medidas de segurança (na guerra ao terror, por exemplo) que negam tanto os preceitos democráticos quanto a própria liberdade. |
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