A pedagogia artística como normação da vida: tecnologias do eu e produção do génio musical em Portugal (final do século XIX a início do século XX)
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educar em Revista |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/53649 |
Resumo: | Esta discussão sobre educação e ensino musical português, entre finais do século XIX e inícios do século XX, uma época em que a procura das aprendizagens musicais foi rarefeita, procura introduzir a hipótese de uma leitura biopolítica a partir da tecnologia do génio. Esse conceito atravessou diversos ramos de ensino, embora através de diferentes modalidades – o que permite perguntar se a regulação artística das populações se daria por uma mesma tecnologia. A pergunta surge a partir da identificação dos diversos contextos educativos, práticas pedagógicas e incidências artísticas que parecem bifurcar o génio em nacional e individual. A educação musical (ensino primário, secundário e normal) foi incentivada pelo Estado através das práticas de canto coral, então também designado por canto escolar, e com possibilidade de abranger toda a população. Para a grande massa, agilizou-se a incorporação do génio nacional – com suas manifestações públicas de repertório musical, linguístico, emocional e corporal. O ensino musical especializado (conservatórios) dirigia-se, porém, a uma pequena parcela da população, a qual seria capacitada para a execução e criação musical. O incentivo do génio musical (individual) repercutiu uma produtividade global da rarefação das oportunidades, sendo possível identificar algumas destas técnicas a partir da pedagogia de instrumentos de grande procura, como o piano. Currículos e práticas escolares remetem, apesar desta diferenciação, para o génio como tecnologia unívoca, agilizada por diferentes técnicas pedagógicas de normação dos sujeitos. |
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A pedagogia artística como normação da vida: tecnologias do eu e produção do génio musical em Portugal (final do século XIX a início do século XX)Educação; Ensino-Aprendizagem; Currículoensino musical; canto coral; currículo, tecnologias do eu; génio7.08.05.02-4 Currículos Específicos para Níveis e Tipos de EducaçãoEsta discussão sobre educação e ensino musical português, entre finais do século XIX e inícios do século XX, uma época em que a procura das aprendizagens musicais foi rarefeita, procura introduzir a hipótese de uma leitura biopolítica a partir da tecnologia do génio. Esse conceito atravessou diversos ramos de ensino, embora através de diferentes modalidades – o que permite perguntar se a regulação artística das populações se daria por uma mesma tecnologia. A pergunta surge a partir da identificação dos diversos contextos educativos, práticas pedagógicas e incidências artísticas que parecem bifurcar o génio em nacional e individual. A educação musical (ensino primário, secundário e normal) foi incentivada pelo Estado através das práticas de canto coral, então também designado por canto escolar, e com possibilidade de abranger toda a população. Para a grande massa, agilizou-se a incorporação do génio nacional – com suas manifestações públicas de repertório musical, linguístico, emocional e corporal. O ensino musical especializado (conservatórios) dirigia-se, porém, a uma pequena parcela da população, a qual seria capacitada para a execução e criação musical. O incentivo do génio musical (individual) repercutiu uma produtividade global da rarefação das oportunidades, sendo possível identificar algumas destas técnicas a partir da pedagogia de instrumentos de grande procura, como o piano. Currículos e práticas escolares remetem, apesar desta diferenciação, para o génio como tecnologia unívoca, agilizada por diferentes técnicas pedagógicas de normação dos sujeitos.UFPRFundação para a Ciência e Tecnologia (Portugal)Paz, Ana Luísado Ó, Jorge Ramos2017-11-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/educar/article/view/53649Educar em Revista; v. 33, n. 66 (2017); p. 19-36Educar em Revista; v. 33, n. 66 (2017); p. 19-36Educar em Revista; v. 33, n. 66 (2017); p. 19-361984-04110104-4060reponame:Educar em Revistainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/educar/article/view/53649/33970Direitos autorais 2017 Educar em Revistainfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-11-27T13:05:46Zoai:revistas.ufpr.br:article/53649Revistahttps://revistas.ufpr.br/educarPUBhttps://revistas.ufpr.br/educar/oaieducar.ufpr2016@gmail.com||educar@ufpr.br0104-40601984-0411opendoar:2017-11-27T13:05:46Educar em Revista - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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