O paradoxo social-eugênico, genes e ética
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1995 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educar em Revista |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/35182 |
Resumo: | O modelo de herança utilizado pela Eugenia tomava como premissa a Pangênese de Darwin. Os modelos matemáticos desenvolvidos por Francis Galton, seu fundador, dependiam desse modelo plástico de herança, onde as partículas hereditárias podiam ser modificadas pelas circustâncias ambientais. No início do século o mendelismo e, logo em seguida, a teoria cromossômica da herança, abalaram profunda e difinitivamente as premissas do modelo de herança da Eugenia. na década de 20, no entanto, a Eugenia ressurgiu com vigor nunca visto, ao ponto de nortear políticas públicas em vários países, passando de um simples conjunto de conjecturas matemético-biológicas para a condição de suporte ideológico para práticas sociais discriminatórias que incluiam a perseguição, a esterilização, o confinamento e o aniquilamento de tipos humanos “inferiores”. Com o argumento da “salvação nacional” a eugenia seduziu intelectualmente cientistas de um amplo espectro político, inclusive de militantes de partidos comunistas na Inglaterra e nos Estados Unidos, o que ocultou a falta de consistência científica das políticas eugênicas. A postura ética dos cientistas volta a ser discutida hoje, com as novas possibilidades de manipulação genética propiciada pelos recentes avanços tecnológicos. |
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