Novos rumos do trabalho. Mudanças nas formas de controle e qualificação da força de trabalho brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educar em Revista |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2197 |
Resumo: | Esta tese trata das importantes mudanças verificadas no perfil técnico, comportamental e político da força de trabalho como resultado da reestruturação produtiva da indústria brasileira. A análise se baseia numa revisão de pesquisas de diversos autores, assim como em pesquisas próprias, realizadas nas décadas de 80 e 90, abordando seis setores industriais: automobilístico, de eletrodomésticos de linha branca, químico-petroquímico, têxtil, de calçados e de equipamentos para telecomunicações. O novo perfil técnico ou de qualificação da força de trabalho, que responde às exigências colocadas pela modernização tecnológica e organizacional do processo de trabalho, caracteriza-se por diversas formas de polivalência, pela elevação dos requisitos de escolaridade e pela associação da tradicional formação na prática com instâncias formalizadas de treinamento dentro e/ou fora da empresa. O novo perfil comportamental, aspecto mais evidente de uma reformulação das estratégias de controle no chão de fábrica, enfatiza a cooperação e o envolvimento dos trabalhadores com as metas da empresa. Enfim, o novo perfil político evidencia uma mudança significativa nas relações de classe, o que foi de fundamental importância para o aprofundamento do processo de reestruturação. Um relacionamento crescentemente individualizado entre capital e trabalhadores tende a ocupar o espaço dos sindicatos, marginalizando-os. Todos esses aspectos convergem no desenvolvimento de uma nova estrutura de controle gerencial, a qual difere notoriamente daquela associada com os regimes fabris tayloristas-fordistas e assegura a subordinação do trabalho ao capital no contexto da chamada produção flexível. |
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Novos rumos do trabalho. Mudanças nas formas de controle e qualificação da força de trabalho brasileirareestruturação produtiva; inovações tecnológicas; qualificação profissional; controle da força de trabalho; escolarização de trabalhadores; polivalência; comportamento dos trabalhadores. Esta tese trata das importantes mudanças verificadas no perfil técnico, comportamental e político da força de trabalho como resultado da reestruturação produtiva da indústria brasileira. A análise se baseia numa revisão de pesquisas de diversos autores, assim como em pesquisas próprias, realizadas nas décadas de 80 e 90, abordando seis setores industriais: automobilístico, de eletrodomésticos de linha branca, químico-petroquímico, têxtil, de calçados e de equipamentos para telecomunicações. O novo perfil técnico ou de qualificação da força de trabalho, que responde às exigências colocadas pela modernização tecnológica e organizacional do processo de trabalho, caracteriza-se por diversas formas de polivalência, pela elevação dos requisitos de escolaridade e pela associação da tradicional formação na prática com instâncias formalizadas de treinamento dentro e/ou fora da empresa. O novo perfil comportamental, aspecto mais evidente de uma reformulação das estratégias de controle no chão de fábrica, enfatiza a cooperação e o envolvimento dos trabalhadores com as metas da empresa. Enfim, o novo perfil político evidencia uma mudança significativa nas relações de classe, o que foi de fundamental importância para o aprofundamento do processo de reestruturação. Um relacionamento crescentemente individualizado entre capital e trabalhadores tende a ocupar o espaço dos sindicatos, marginalizando-os. Todos esses aspectos convergem no desenvolvimento de uma nova estrutura de controle gerencial, a qual difere notoriamente daquela associada com os regimes fabris tayloristas-fordistas e assegura a subordinação do trabalho ao capital no contexto da chamada produção flexível. UFPR2001-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2197Educar em Revista; v. 17, n. 17 (2001); p. 226-226Educar em Revista; v. 17, n. 17 (2001); p. 226-226Educar em Revista; v. 17, n. 17 (2001); p. 226-2261984-04110104-4060reponame:Educar em Revistainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2197/1849https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2197/31195Invernizzi, Noelainfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-06-29T00:57:02Zoai:revistas.ufpr.br:article/2197Revistahttps://revistas.ufpr.br/educarPUBhttps://revistas.ufpr.br/educar/oaieducar.ufpr2016@gmail.com||educar@ufpr.br0104-40601984-0411opendoar:2017-06-29T00:57:02Educar em Revista - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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