A PROSTITUIÇÃO PARA ALÉM DO TROTTOIR NO ZERO KM EM VÁRZEA GRANDE-MT
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Geografar |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/68409 |
Resumo: | Este artigo apresenta resultados da pesquisa desenvolvida como dissertação de mestrado na cidade de Várzea Grande/MT, na localidade denominada Zero Km, conhecida por constituir uma área permanente de prostituição, com atividades desenvolvidas 24 horas por dia. Analisamos como se desenvolve a prostituição para além da prática efetiva do trottoir das agentes pesquisadas, refletindo sobre questões como o fenômeno social da Revolução Sexual ocorrida no século XX e as suas reverberações para as mulheres, especialmente, as agentes pesquisadas. Outra importante problemática discutida neste artigo diz respeito à compreensão que as entrevistadas têm a respeito da prostituição em suas vidas, refletindo sobre os papéis relevantes da autoafirmação e da autorreflexão. No decorrer do texto evidenciamos a importância do poder à presente discussão, sendo abordado em relação às territorialidades das prostitutas no cotidiano de trabalho e da formação do território do Zero e em relação ao empoderamento, entendido como a capacidade de compreender a prostituição para além de seus estigmas morais e como um instrumento útil à ascensão econômica/social. As territorialidades que desenvolvem no Zero estão intrínsecas às espacialidades de suas vidas cotidianas; a complementaridade de suas territorialidades e espacialidades ocorre por meio da inter-relação das escalas geográficas global e local, fenômeno que se concretiza ora explícita, ora implicitamente nas práticas espaciais que efetivam. As agentes desta pesquisa não devem ser reduzidas ao espectro da prostituição. Para além do trottoir no Zero, existem mulheres com uma identidade própria, com trajetórias distintas, com diferentes utilizações e considerações acerca da prostituição. Para a realização da pesquisa, utilizamos os resultados obtidos em algumas questões específicas do roteiro de entrevistas, assim como revisão bibliográfica que nos orientou a questionamentos que competiam a nossa problemática e também a complementaridades, como em alguns aspectos enunciados em trabalhos de pesquisadores experientes em temas afins. |
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A PROSTITUIÇÃO PARA ALÉM DO TROTTOIR NO ZERO KM EM VÁRZEA GRANDE-MTPROSTITUTION BEYOND TROTTOIR IN THE LOCALITY CALLED ZERO KM IN VÁRZEA GRANDE-MTProstituição; Território; Territorialidade; Empoderamento.Este artigo apresenta resultados da pesquisa desenvolvida como dissertação de mestrado na cidade de Várzea Grande/MT, na localidade denominada Zero Km, conhecida por constituir uma área permanente de prostituição, com atividades desenvolvidas 24 horas por dia. Analisamos como se desenvolve a prostituição para além da prática efetiva do trottoir das agentes pesquisadas, refletindo sobre questões como o fenômeno social da Revolução Sexual ocorrida no século XX e as suas reverberações para as mulheres, especialmente, as agentes pesquisadas. Outra importante problemática discutida neste artigo diz respeito à compreensão que as entrevistadas têm a respeito da prostituição em suas vidas, refletindo sobre os papéis relevantes da autoafirmação e da autorreflexão. No decorrer do texto evidenciamos a importância do poder à presente discussão, sendo abordado em relação às territorialidades das prostitutas no cotidiano de trabalho e da formação do território do Zero e em relação ao empoderamento, entendido como a capacidade de compreender a prostituição para além de seus estigmas morais e como um instrumento útil à ascensão econômica/social. As territorialidades que desenvolvem no Zero estão intrínsecas às espacialidades de suas vidas cotidianas; a complementaridade de suas territorialidades e espacialidades ocorre por meio da inter-relação das escalas geográficas global e local, fenômeno que se concretiza ora explícita, ora implicitamente nas práticas espaciais que efetivam. As agentes desta pesquisa não devem ser reduzidas ao espectro da prostituição. Para além do trottoir no Zero, existem mulheres com uma identidade própria, com trajetórias distintas, com diferentes utilizações e considerações acerca da prostituição. Para a realização da pesquisa, utilizamos os resultados obtidos em algumas questões específicas do roteiro de entrevistas, assim como revisão bibliográfica que nos orientou a questionamentos que competiam a nossa problemática e também a complementaridades, como em alguns aspectos enunciados em trabalhos de pesquisadores experientes em temas afins.This article presents results of a research developed as a master’s dissertation in the city of Várzea Grande/MT, in a locality called Zero Km, known as a permanent prostitution area, where activities are performed 24 hours a day. We analyze how prostitution unfolds beyond the effective practice of the researched agent trottoir, reflecting on issues such as the Sexual Revolution social phenomenon, occurred in the twentieth century and its reverberations for women, particularly the researched agents. Another important issue discussed in this article concerns the interviewees’ understanding of prostitution in their lives, reflecting on the relevant roles of self-affirmation and self-reflection. Throughout the text we highlight the importance of power to the present discussion. We approach it in relation to the prostitutes’ territorialities in their daily work and development of the Zero territory. In addition, we discuss empowerment, understood as a capacity to perceive prostitution beyond its moral stigma and as a useful tool for economic/social ascent. The territorialities which develop in the Zero are intrinsic to spatialities of their daily lives. The complementarity of their territorialities and spatialities occurs through the inter-relationship between the global and local geographic scales, a phenomenon which sometimes is realized explicitly and sometimes implicitly in the spatial practices that they perform. Beyond the trottoir in the Zero, there are women with their own identity, with distinct trajectories, different uses and considerations about prostitution. To conduct the research, we used the results obtained from some specific questions of the interview script, as well as bibliographic review.UFPRCAPESRomancini, Sonia ReginaAraújo, Radamés Quadros2020-12-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/6840910.5380/geografar.v15i2.68409REVISTA GEOGRAFAR; v. 15, n. 2 (2020); 314-3351981-089X10.5380/geografar.v15i2reponame:Revista Geografarinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/68409/41088https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/68409/42307Direitos autorais 2020 REVISTA GEOGRAFARhttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2020-12-24T22:23:17Zoai:revistas.ufpr.br:article/68409Revistahttps://revistas.ufpr.br/geografarPUBhttps://revistas.ufpr.br/geografar/oai||geografar@ufpr.br1981-089X1981-089Xopendoar:2020-12-24T22:23:17Revista Geografar - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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