Detecção de vírus respiratórios em pacientes do serviço de transplante de medula óssea do HC-UFPR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stelmatchuk, Alzira Maria
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/57094
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Ricardo Pasquini
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spelling Stelmatchuk, Alzira MariaUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePasquini, Ricardo, 1938-2018-08-24T18:48:42Z2018-08-24T18:48:42Z2017https://hdl.handle.net/1884/57094Orientador: Prof. Dr. Ricardo PasquiniDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa : Curitiba, 04/12/2017Inclui referências: p.77-90Área de concentração: Hemato-Oncologia e Genética PediátricaResumo: O Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH) é um procedimento terapêutico, complexo, para o tratamento de adultos e crianças com doenças hematológicas e algumas doenças hereditárias e autoimunes. As infecções são a causa mais comum e significativa de morbimortalidade após o TCTH, dentre as quais as virais respiratórias, que podem acontecer em qualquer fase do processo (ORTEGA et al., 2004; MACHADO, 2009; WEIGT et al., 2011). O objetivo deste estudo foi identificar a frequência dos vírus respiratórios (VR), as características demográficas e clínicas dos pacientes e as estações do ano em que as viroses respiratórias ocorreram. Os pacientes, menores de 15 anos, foram submetidos ao TCTH alogênicas, entre janeiro de 2004 e dezembro de 2013. Nesse período, foram avaliados todos os que apresentaram rinorreia, desde quatro semanas antes da internação para o transplante, durante sua permanência na unidade de internação e depois, no acompanhamento ambulatorial. De um total de 387 crianças analisadas, 192 (49,6%) nunca apresentaram rinorreia, mas foram mantidas como grupo de comparação. Para 108 (27,9%) pacientes todas as amostras foram negativas e 87 (22,5%) tiveram resultados positivos para VR nas amostras coletadas. Dos 87 pacientes com vírus positivos, 61 (70,1%) eram do sexo masculino, 66 (76,0%) receberam condicionamento mieloablativo, 59 (67,8%) medula óssea e 28 (32,2%) sangue de cordão, como fonte de células e 61 (70,1%) tiveram doador não aparentado. Trinta (34,5%) pacientes pertenciam ao grupo da Falência Medular e 23 (26,4%) ao grupo de pacientes com Síndrome de Imunodeficiência Combinada Grave+Síndrome de Wiskott Aldrich. Quatorze (16,1%) pacientes tiveram amostras coletadas no período pré-internamento. Mas para 42 (48,3%) pacientes as amostras foram coletadas enquanto ainda internados. Para 68 (78,2%) pacientes, houve detecção de VR na primeira amostra coletada. Entretanto para 9 (10,3%) pacientes, somente a partir da 3ª ou 4ª amostras coletadas houve detecção de VR. Na Fase I do estudo, os vírus mais frequentes foram Parainfluenza (34%), Vírus Sincicial Respiratório (28,3%) e Influenza A (16,9%) detectados por Imunofluorescência Indireta (IFI). Na Fase II, Rinovírus Humano (40,4%), Coronavírus (6,4%) e Enterovírus (6,4%) foram os mais frequentemente detectados, pela PCR Multiplex. As viroses respiratórias ocorreram mais frequentemente nos meses de outono e inverno. Este estudo mostrou que a detecção dos VR entre as crianças submetidas ao TCTH no STMO-HC-UFPR é relativamente alta e grande parte dessas viroses foi adquirida durante a hospitalização. Embora nos últimos anos, as infecções graves e os óbitos associados aos VR tenham diminuído, ainda são motivo de grande preocupação para os profissionais envolvidos, visto que as vacinas e o tratamento com agentes antivirais efetivos ainda são escassos para a maioria dos VR. Estes achados reforçam sobremaneira a importância das estratégias de prevenção, como meio de evitar novas infecções e reduzir a transmissão durante os surtos comunitários ou nosocomiais e a enfermagem deve contribuir na prevenção, perceber os sinais e sintomas, orientar equipe, pacientes, acompanhantes e visitantes quanto à necessidade e importância dos cuidados para evitar disseminação e surtos virais, especialmente nas unidades de internação. Palavras-chave: Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas. Vírus Respiratórios. Crianças. Enfermagem.Abstract: Hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) is a complex therapeutic procedure for treatment of adults and children with hematological diseases and some inherited and autoimmune diseases. Infections are the most common and significant cause of morbidity and mortality after HSCT. Among these infections are the respiratory viruses that can occur at any stage of the process. The objective of this study was to identify the respiratory virus (RV) frequency, the demographic and clinic characteristics of the patients and the seasons of the year in which respiratory viruses occurred in patients under 15 years old who underwent allogeneic HSCT between January 2004 and December 2013. During this period, children who presented rhinorrhea from 4 weeks prior to admission to the transplant, during their hospitalization and then in the outpatient follow-up were evaluated. Of a total of 387 children analyzed, 192 (49.6%) children never presented rhinorrhea, but were maintained as a comparison group. For 108 (27.9%) patients all samples were negative and for 87 (22.5%) there were positive results for RV in the samples collected. Of the 87 patients with positive virus, 61 (70.1%) were male, 66 (76.0%) patients received myeloablative conditioning, 59 (67.8%) bone marrow and 28 (32.2%) cord blood as a source of cells and 61 (70.1%) had unrelated for transplantation. Thirty (34.5%) patients were included in the "Medullary Failure" group and 23 (26.4%) to the group of patients with Severe Combined Immunodeficiency Syndrome (SCID)+Wiskott Aldrich Syndrome. Fourteen (16.1%) patients had samples collected in the pre-hospitalization period, but 42 (48.3%) during the conditioning and up to 4 weeks after HSCT, while still hospitalized. For 68 (78.2%) patients, there was detection of RV in the first sample collected. However, for 9 (10.3%) patients, only from the 3rd or 4th samples there were RV detection. In Phase I of this study, the most frequent viruses were Parainfluenza (34%), Respiratory Syncytial Virus (28.3%) and Influenza A (16.9%) detected by Indirect Immunofluorescence (IFI). In Phase II, Human Rhinovirus (40.4%), Coronavirus (6.4%) and Enterovirus (6.4%) were the most frequently viruses detected by Multiplex PCR. Respiratory viruses occurred more frequently in the fall and winter months. This study showed that the detection of respiratory viruses among children undergoing HSCT in STMO-HC-UFPR is relatively high and most of these viruses were acquired mainly during hospitalization. Although serious infections and deaths associated with RV have decreased in recent years, they are still a cause of great concern to the professionals because there are few options of vaccines and effective antiviral agents for the most RVs. These findings reinforce the importance of prevention strategies to avoid new infections and to reduce transmission during community or nosocomial outbreaks. Nursing should contribute to prevent, to guide staff patients, caregivers and visitors about the need and importance to avoid dissemination and viral outbreaks, especially in the hospitalization units. Key words: Hematopoietic stem cell transplantation. Respiratory Viruses. Children. Nursing.104 p. : il. (algumas color.), tabs.application/pdfTransplante de células-tronco hematopoéticasInfecções respiratoriasEnfermagem pediátricaDetecção de vírus respiratórios em pacientes do serviço de transplante de medula óssea do HC-UFPRinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - ALZIRA MARIA STELMATCHUK.pdfapplication/pdf5839529https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/57094/1/R%20-%20D%20-%20ALZIRA%20MARIA%20STELMATCHUK.pdf6847ed4057394e695260a0ea62bce586MD51open access1884/570942018-08-24 15:48:42.567open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/57094Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082018-08-24T18:48:42Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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