Uma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/27427 |
Resumo: | Orientador: Prof. Dr. Lucio Souza Lobo |
id |
UFPR_1d14e04f27f0a4c4708a989cb460cd57 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:acervodigital.ufpr.br:1884/27427 |
network_acronym_str |
UFPR |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPR |
repository_id_str |
308 |
spelling |
Pereira, Diego FragosoUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em FilosofiaLobo, Lúcio Souza, 1965-2020-04-15T18:01:13Z2020-04-15T18:01:13Z2012https://hdl.handle.net/1884/27427Orientador: Prof. Dr. Lucio Souza LoboAutor não autorizou a divulgação do arquivo digitalDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa: Curitiba, 27/02/2012Bibliografia: fls. 139-144Área de concentraçao: Metafísica e epistemologiaResumo: A pesquisa pretende apresentar uma investigação acerca da caracterização do célebre "argumento ontológico" de Anselmo de Cantuária. Dito de outro modo, o argumento de Anselmo é de fato um argumento ontológico? Embora haja comentadores que afirmam não ser correto chamar de ontológico o argumento anselmiano, poucos se dedicaram a tentar tornar clara tal sutileza conceitual. G. E. M. Anscombe, em 1982, por exemplo, propôs uma nova tradução de uma das premissas do argumento de Proslogion 2, precisamente aquela que seria responsável por tornar um argumento ontológico o argumento de Anselmo. Assim, a nova tradução seria responsável pela interpretação não-ontológica do mesmo. A tradução alternativa de Anscombe foi criticada por Jasper Hopkins em 1986. Segundo Hopkins, a reconstrução do argumento anselmiano por parte de Anscombe não apenas é impossível, bem como Anselmo era, ao contrário da tese de Anscombe, adepto da doutrina da existência como perfeição. Jean-Luc Marion, em 1992, também defendeu de que o argumento de Anselmo não é ontológico. De acordo com Marion, o ponto inicial do argumento anselmiano não é um conceito, mas um não-conceito, visto que não se refere à essência de Deus, mas à incapacidade humana de conceber algo maior que Deus. Além disso, Anselmo não pressupõe qualquer noção ou conceito de essência. Para Marion, o argumento de Proslogion 2 se ocupa com a noção de bem, e não com a de ser, condição esta que, para Marion, tornaria um argumento ontológico. Um estudo de Sandra Visser/Thomas Williams, de 2009, se aproxima da proposta inicial de Anscombe. Novamente há a afirmação de que o argumento de Anselmo não é corretamente interpretado. Porém, diferentemente de Anscombe, Visser/Williams não propõem uma nova tradução do texto anselmiano. Para eles, o argumento de Proslogion 2 é corretamente lido e interpretado se considerado em relação com o Responsio, a resposta de Anselmo a Gaunilo. Quando posto em relação com o Responsio, o argumento anselmiano revela que não há nele qualquer pressuposição da doutrina da existência como perfeição, condição esta para um argumento ser ontológico.Abstract: This research intends to present an investigation about the characterization of the famous "ontological argument" of Anselm of Canterbury. Said in another way, is Anselm's argument indeed an ontological argument? Although there are comentators who affirm that it is not correct to say that Anselm's argument is ontological, few tried to make clear such conceptual subtlety. G. E. M. Anscombe, in 1982, for instance, proposed a new translation of one premise from the Proslogion 2 argument, precisely the one that would be responsible to turn Anselm's argument ontological. This way, the new translation would be responsible for the non-ontological interpretation of the argument. The alternative translation of Anscombe was criticized by Jasper Hopkins in 1986. According to Hopkins, the reconstruction of Anselm's argument by Anscombe was not only impossible, as also Anselm was a follower of the doctrine of the existence as a perfection. Jean-Luc Marion, in 1992, also said that Anselm's argument is not ontological. According to Marion, the initial point of Anselm's argument is not a concept, but it is a non-concept, considering that it does not refer to the essence of God, instead it refers to the human incapacity to conceive something greater than God. Furthermore, Anselm does not presuppose any notion or concept of essence. According to Marion, the Proslogion 2 argument discusses the notion of good, and not the being, condition that would make an argument ontological. A Sandra Visser/Thomas Williams study in 2009 is closest to the inicial proposal of Anscombe. Again, there is the affirmation that Anselm's argument is not correctly understood. In a different way, Visser/Williams do not proppose a new translation of Anselm's text. According to them, the argument of Proslogion 2 is correctly read and interpreted considering the relation with the Responsio, the answer of Anselm to Gaunilo. When related to the Responsio, Anselm's argument reveals that there is not any pressuposition about the doctrine of the existence as a perfection, what is the condition for an argument to be ontological.144f.application/pdfDisponível em formato digitalDissertações - FilosofiaDeus - Prova ontologicaExistencialismoFilosofiaUma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - PEREIRA, DIEGO FRAGOSO.pdfapplication/pdf1110838https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/27427/1/R%20-%20D%20-%20PEREIRA%2c%20DIEGO%20FRAGOSO.pdfe1bb402c7aaef444af62145439286751MD51open accessTEXTR - D - PEREIRA, DIEGO FRAGOSO.pdf.txtExtracted Texttext/plain397377https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/27427/2/R%20-%20D%20-%20PEREIRA%2c%20DIEGO%20FRAGOSO.pdf.txte10b08ffd47b408eccca8f4cf8dc0a8dMD52open accessTHUMBNAILR - D - PEREIRA, DIEGO FRAGOSO.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1285https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/27427/3/R%20-%20D%20-%20PEREIRA%2c%20DIEGO%20FRAGOSO.pdf.jpg6629c83e1e03e144e596c444d16ffb15MD53open access1884/274272020-04-15 15:01:13.479open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/27427Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082020-04-15T18:01:13Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Uma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2 |
title |
Uma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2 |
spellingShingle |
Uma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2 Pereira, Diego Fragoso Dissertações - Filosofia Deus - Prova ontologica Existencialismo Filosofia |
title_short |
Uma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2 |
title_full |
Uma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2 |
title_fullStr |
Uma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2 |
title_full_unstemmed |
Uma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2 |
title_sort |
Uma interpretação não-ontológica do argumento Anselmiano de Proslogion 2 |
author |
Pereira, Diego Fragoso |
author_facet |
Pereira, Diego Fragoso |
author_role |
author |
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv |
Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pereira, Diego Fragoso |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Lobo, Lúcio Souza, 1965- |
contributor_str_mv |
Lobo, Lúcio Souza, 1965- |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Dissertações - Filosofia Deus - Prova ontologica Existencialismo Filosofia |
topic |
Dissertações - Filosofia Deus - Prova ontologica Existencialismo Filosofia |
description |
Orientador: Prof. Dr. Lucio Souza Lobo |
publishDate |
2012 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-04-15T18:01:13Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-04-15T18:01:13Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://hdl.handle.net/1884/27427 |
url |
https://hdl.handle.net/1884/27427 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.pt_BR.fl_str_mv |
Disponível em formato digital |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
144f. application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
instname_str |
Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
instacron_str |
UFPR |
institution |
UFPR |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPR |
collection |
Repositório Institucional da UFPR |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/27427/1/R%20-%20D%20-%20PEREIRA%2c%20DIEGO%20FRAGOSO.pdf https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/27427/2/R%20-%20D%20-%20PEREIRA%2c%20DIEGO%20FRAGOSO.pdf.txt https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/27427/3/R%20-%20D%20-%20PEREIRA%2c%20DIEGO%20FRAGOSO.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e1bb402c7aaef444af62145439286751 e10b08ffd47b408eccca8f4cf8dc0a8d 6629c83e1e03e144e596c444d16ffb15 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801860266265149440 |