Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Kelly Geronazzo, 1977-
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/31820
Resumo: Orientador : Prof. Dr. Renato Marques
id UFPR_2259b9b99017b92bca01b105c8d4297b
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/31820
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Martins, Kelly Geronazzo, 1977-Marques, Renato, 1961-Marques, Márcia Cristina Mendes, 1968-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal2021-10-08T17:09:46Z2021-10-08T17:09:46Z2012https://hdl.handle.net/1884/31820Orientador : Prof. Dr. Renato MarquesCoorientadora : Profa. Dra. Márcia Cristina Mendes MarquesTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Defesa: Curitiba, 30/08/2012Inclui BibliografiaÁrea de concentração : Conservação da NaturezaResumo: O presente estudo fez parte do projeto teuto-brasileiro SOLOBIOMA II, o qual tinha como objetivo avaliar a qualidade de ecossistemas de florestas secundárias e de seu potencial para conservação da biodiversidade. Neste contexto, este documento é formado por um conjunto de três estudos que versam sobre temas complementares e que tentam explicar as mudanças que ocorrem durante a sucessão secundária na Floresta Ombrófila Densa do Paraná. Primeiramente, efetuou-se uma classificação das parcelas escolhidas para o estudo de fitossociologia mediante a análise de TWINSPAN; o objetivo foi comprovar que as áreas compunham cronossequências de estabelecimento e extinção de espécies dominantes. Posteriormente foram relacionados atributos pedológicos e as trajetórias sucessionais do componente arbóreo. A terceira pesquisa investigou a interferência do estádio sucessional na decomposição da serapilheira. Para tanto, 21 sítios, 12 em Cambissolo (CA) e 9 em Gleissolo (GL) que perfazem 4 períodos após o distúrbio (e.g. 9- 11; 15-20; 40-55 e >100 anos), cada qual representado por três repetições, foram selecionados mediante o mapeamento da vegetação sobreposto ao mapa de solos e aerofotos de diferentes períodos (1952, 1980 e 2002), além de entrevistas com antigos moradores. Todas as áreas sofreram corte raso da vegetação e uso do solo para pastagem e agricultura, antes do abandono e início da regeneração. Em cada sítio foram alocadas 10 parcelas justapostas de 100m2, onde todos os indivíduos com DAP ?4,8cm foram identificados e tiveram seus diâmetros registrados. Paralelamente, análises de solo em três profundidades (0-5; 5-10 e 10-20cm), foram realizadas para determinação de atributos pedológicos (Areia, Silte, Argila, pH, Alumínio, Fósforo, Potássio, Cálcio, Magnésio, Nitrogênio e Carbono). Foi também instalado um ensaio com bolsas de decomposição (litterbags), confeccionadas com dois tamanhos de abertura de malha (5 mm e 0,02 mm). Estas bolsas foram preenchidas com serapilheira recém depositada nas áreas de estudo. Para a análise fitossociológica foram amostrados 2,1ha de floresta, onde 3355 indivíduos foram classificados em 151 espécies e 44 famílias. A síndrome de dispersão mais comum foi a zoocoria (46%); as famílias mais representativas foram Myrtaceae e Lauraceae. A classificação das parcelas mediante a TWINSPAN se mostrou compatível com a idade estimada das mesmas após o distúrbio. No segundo estudo, os resultados comprovaram que na Floresta Atlântica a composição florística e suas trajetórias ao longo do gradiente sucessional são fortemente influenciadas pelo solo, em especial pela textura e pelo hidromorfismo, onde florestas sobre solos arenosos e hidromórficos apresentaram uma resiliência menor. Portanto, estes atributos devem ser levados em consideração nas medidas de conservação, restauração e manejo dos remanescentes da Floresta Atlântica. Finalmente, no último trabalho, os resultados mostraram que não existe influência pronunciada dos estágios sucessionais na decomposição da serapilheira devido a uma baixa especificidade entre macro e meso-decompositores e a serapilheira produzida, além da aparente elevada capacidade da microbiota do solo adaptar-se a diferentes tipos de substratos.Abstract: The present study was part of the SOLOBIOMA II project, a German-Brazilian cooperation aiming to evaluate the ecosystem quality of Atlantic secondary rainforests and its potential to the biodiversity conservation. The present document is composed by a set of three studies carried out to explain the changes that can occur during the secondary succession in the Ombrophilous Dense Forest of Paraná. Firstly, a classification was made from the chosen forest plots for the phytosociology study through a TWINSPAN analysis. The goal was to prove that plot areas compose chronosequence of settlement and extinction of dominant species. Afterwards, soil attributes were related to the successional phases of the arboreous component. The third research was performed aiming to understand the interference of the successional stage in the litter decomposition. Therefore, 21 sites, 12 on Cambisol (CA) and 9 on Gleysol (GL) representing 4 periods after disorder. (e.g. 9-11; 15-20; 40-55; and >100 years), were selected with the help of vegetation and soil maps overlapping as well as by the help of aerial photos(different periods - 1952, 1980 e 2002) and also by old residents interviews. All the study areas suffered clear cut and were used for grassland and agriculture before the abandonment and regeneration. On each site were allocated 10 subplots where all individuals with DAP ? 4,8cm were identified and their diameter recorded. Simultaneously, soil analysis in three depths (0-5; 5-10 e 10-20cm) were made to determine the soil attributes (Sand, Silt, Clay, pH, Aluminum, Phosphorus, Potassium, Calcium, Magnesium, Nitrogen and Carbon). It was also carried out a litterbag trial, which two different mesh sizes (5mm e 0,02mm). These litterbags were filled up with recent felt litter and allocated in the study areas. For the vegetation study it was sampled 2,1ha of forest, and 3355 individuals were classified into 151 species and 44 families. The dispersion syndrome more common was zoochory (46%), and the most representative families were Myrtaceae e Lauraceae. The section's classification with TWINSPAN seemed to be compatible with the estimated age after the disturbing. On the second study the results showed that in Atlantic Rain Forest the floristic composition and its phases along the successional gradient were strongly influenced by the soil, specially by texture and by hydromorphic conditions, where forests on sandy and hydromorphic soils presented lower resilience. Thus, these attributes must be taken into consideration for conservation measures, restoration and conservation of the Atlantic Rain Forest remnants. On the last research, the results showed no influence of the successional phases over litter decomposition due to a low specificity between macro- and meso-decomposers and the litter, and also due to an apparent high adaptation capacity of the soil microbiota to different substrates.109f. : il. [algumas color.], grafs., tabs.application/pdfDisponível em formato digitalTesesSucessão ecologicaComunidades vegetaisResiliência da florestaSerapilheiraSolos florestaisDinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - KELLY GERONAZZO MARTINS.pdfapplication/pdf2782849https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/31820/1/R%20-%20T%20-%20KELLY%20GERONAZZO%20MARTINS.pdf3676ebc6536d21843d0542ccc8dd251aMD51open accessTEXTR - T - KELLY GERONAZZO MARTINS.pdf.txtExtracted Texttext/plain217124https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/31820/2/R%20-%20T%20-%20KELLY%20GERONAZZO%20MARTINS.pdf.txt8057ffc7ca8504887ff76b3ebfce56a3MD52open accessTHUMBNAILR - T - KELLY GERONAZZO MARTINS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1201https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/31820/3/R%20-%20T%20-%20KELLY%20GERONAZZO%20MARTINS.pdf.jpgf627a5033c934a8cfce79384c0a0579fMD53open access1884/318202021-10-08 14:09:46.535open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/31820Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082021-10-08T17:09:46Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasil
title Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasil
spellingShingle Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasil
Martins, Kelly Geronazzo, 1977-
Teses
Sucessão ecologica
Comunidades vegetais
Resiliência da floresta
Serapilheira
Solos florestais
title_short Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasil
title_full Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasil
title_fullStr Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasil
title_full_unstemmed Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasil
title_sort Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do Brasil
author Martins, Kelly Geronazzo, 1977-
author_facet Martins, Kelly Geronazzo, 1977-
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Marques, Renato, 1961-
Marques, Márcia Cristina Mendes, 1968-
Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, Kelly Geronazzo, 1977-
dc.subject.por.fl_str_mv Teses
Sucessão ecologica
Comunidades vegetais
Resiliência da floresta
Serapilheira
Solos florestais
topic Teses
Sucessão ecologica
Comunidades vegetais
Resiliência da floresta
Serapilheira
Solos florestais
description Orientador : Prof. Dr. Renato Marques
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-10-08T17:09:46Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-10-08T17:09:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/1884/31820
url https://hdl.handle.net/1884/31820
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.pt_BR.fl_str_mv Disponível em formato digital
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 109f. : il. [algumas color.], grafs., tabs.
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/31820/1/R%20-%20T%20-%20KELLY%20GERONAZZO%20MARTINS.pdf
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/31820/2/R%20-%20T%20-%20KELLY%20GERONAZZO%20MARTINS.pdf.txt
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/31820/3/R%20-%20T%20-%20KELLY%20GERONAZZO%20MARTINS.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 3676ebc6536d21843d0542ccc8dd251a
8057ffc7ca8504887ff76b3ebfce56a3
f627a5033c934a8cfce79384c0a0579f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801860505298534400