Vulnerabilidade no desenvolvimento da criança segundo o enfermeiro da estratégia saúde da família
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/29958 |
Resumo: | Resumo: Trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa, com objetivo de compreender a vulnerabilidade no desenvolvimento da criança segundo o enfermeiro da Estratégia Saúde da Família(ESF). Foi desenvolvido em unidades básicas de saúde com ESF localizadas em cinco distritos sanitários da cidade de Curitiba-PR com Indicadores de Inserção Social e de Qualidade do Domicílio iguais ou inferiores à média do Município. Os distritos sanitários escolhidos conforme os critérios acima estabelecidos foram: Cajuru, Boqueirão, Bairro Novo, Pinheirinho e CIC. Os sujeitos da pesquisa foram 39 enfermeiros que compunham as equipes das unidades referidas e atenderam aos critérios de inclusão: lotação na área de maior risco social e epidemiológico da unidade e dois anos completos de atuação na ESF. A coleta dos dados ocorreu no período de fevereiro a março de 2012, por meio de entrevistas semiestruturadas. As falas do sujeitos foram analisadas de acordo com a hermenêutica dialética. Os resultados foram agrupados em 13 categorias de acordo com as dimensões da vulnerabilidade: Vulnerabilidade Individual: elos familiares fracos, toxicodependência e violência, juventude materna, doença materna e dificuldades de prover cuidado. Vulnerabilidade Social:precariedades na inserção social da família, iniquidades na ocupação do solo e dificuldades de acesso àproteção e promoção social.Vulnerabilidade programática:falhas no investimento do estado, fragilidades nas articulações intersetoriais, debilidades na infraestrutura dos serviços, insuficiência de implementação programática e lacunas no modelo assistencial. Esta pesquisa evidenciou que o enfermeiro da ESF compreende a vulnerabilidade da criança para além da dimensão biológica e individual, reconhecendo os elementos contextuais e estruturais que influenciam o desenvolvimento infantil. Ao utilizar o conceito de vulnerabilidade em seu cotidiano profissional, o enfermeiro e a equipe de Saúde podem analisar criticamente as suas práticas com vistas à integralidade da atenção e à complexidade da concepção de saúde. E sua aplicação no cuidado à criança permite a reorientação do modelo assistencial, com a superação do conceito biologicista e fragmentado de desenvolvimento infantil. O produto final da operacionalização da vulnerabilidade deve ser a superação do modelo probabilístico de diagnóstico em saúde para um olhar direcionado às necessidades específicas dos sujeitos e comunidades. Contudo, depreende-se, que além desta mudança assistencial, o Estado deve investir na proteção e promoção social das famílias, na diminuição das desigualdades sociais e na garantia da proteção integral da criança. |
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